segunda-feira, 15 de julho de 2013

Cristianismo: monoteísmo ou monolatria?‎

A concepção cristã de trindade divina, não compartilhada pelo judaísmo nem pelo islamismo, as outras religiões abrahãmicas, de certa forma o torna uma religião "triteísta", por mais que se diga que pai, filho e espírito santo sejam pessoas de um só Deus. Nesse caso, haveria, também, uma "trilatria". Alguns cristãos não consideram que Jesus seja Deus, como as "Testemunhas de Jeová" ou os espíritas, que gostam de se considerar cristãos. Mesmo supondo que, realmente, o cristianismo seja monoteísta, ele também seria monólotra, no sentido de que adora apenas a um deus. Como teísta, ele considera que Deus, além de criador, é provedor continuado do Universo. A principal característica do cristianismo é a suposição de que a morte de Jesus, como uma pessoa hibrida de homem e Deus, tenha sido o sacrifício que redimiu a humanidade do pecado original, possibilitando que as almas dos justos mortos pudessem ir para o céu. Tal concepção contradiz o caráter benevolente que ele pretende atribuir a Deus, uma vez que sua satisfação só se deu pelo ato reparatório extremamente cruel da morte de Jesus. Um Deus onibenevolente, simplesmente, perdoaria o pecado e não se regozijaria com tal sacrifício. Trata-se de uma maldade de Deus e não de uma bondade para a humanidade. A corrente calvinista do cristianismo, que inclui os presbiterianos, considera, também, que a salvação não seja pelo mérito da pessoa, mas por uma escolha de Deus (predestinação).

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