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segunda-feira, 15 de julho de 2013
“Deus, porém, é ‘o ser do qual não é possível pensar nada maior’, e quem compreende bem isso sem dúvida compreende, também, que Deus é um ser que não pode encontrar-se [somente] no pensamento. Quem, portanto, compreende que Deus é assim, não consegue sequer imaginar que ele não exista.”
Exatamente essa concepção é que leva a considerar a implausibilidade da existência de tal ser. Em que sentido está sendo usada a palavra "maior"? Se Deus não é físico, não tem volume, logo não é extensamente maior e nem menor do que nada, nem o próprio Universo. Se se pensar em maior em virtude, como bondade, sabedoria, inteligência e outras qualidades similares, supondo, ainda, que ele seja o responsável por tudo o que existe, então as inúmeras imperfeições do Universo e a existência do mal atestam, inequivocamente, que ele, se existir, é bem incompetente e malvado. Imaginar a sua inexistência é, portanto, totalmente natural e plausível, pelo menos segundo essa noção.
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