segunda-feira, 15 de julho de 2013

http://www.youtube.com/watch?v=elJ5o2lPMis este vídeo confrontaria o que o senhor diz?

De modo nenhum. Acontece que, se comunismo for, como ele considera que seja, bem como a maioria das pessoas, o socialismo marxista, eu sou totalmente contra e concordo com ele. Porque é totalitário, estatal, ditatorial, dogmático, anti-libertário, cruel, ineficaz, ineficiente. Porque possibilita a corrupção, não aceita a diversidade de opiniões, controla completamente a vida pessoal e social e muitas outras características malsãs que acabaram por fazer ruir os seus projetos estabelecidos na União Soviética e em seus satélites. Mas isso, em minha concepção da palavra, não tem nada a ver com o comunismo. Comunismo é outra coisa e, de fato, nunca aconteceu, exceto, parcialmente em poucas situações, como nos kibutzim de Israel. Comunismo é um sistema econômico em que a posse dos meios de produção e de serviços e distribuída pelos trabalhadores, que não são empregados de ninguém, muito menos do estado. Não é um regime político, mas pode existir num regime totalitário, bem como num democrático. Mas, para mim, o verdadeiro comunismo tem que ser anárquico, isto é, comunista na economia e anarquista na política. Com plenitude de liberdades, mas controle da sociedade, diretamente e não por nenhum governo, dos abusos de qualquer espécie, como crimes, mas também qualquer tipo de exploração de uns por outros. E um tipo de exploração é a indolência e inépcia. Preguiça e cobiça são crimes para uma sociedade anarco-comunista. Essa situação, contudo, não pode ser imposta. Ela tem que ser alcançada, organicamente, como a culminância de um processo gradual de ampliação e aprofundamento da democracia, das liberdades, da prosperidade, da globalização, do comunitarismo, do cooperativismo, do voluntarismo, da diluição do capital, com a transformação de todos os trabalhadores de empregados para sócios de suas empresas, da abolição da criminalidade e, principalmente, da erradicação, pela educação, da ignorância, dos preconceitos, da intolerância. Não por meio de nenhuma revolução cruenta. É uma mudança de cosmovisão. Uma mudança da concepção egoísta para a altruísta, de competitiva para colaborativa e solidária, de mercantilista para compartilhista. E essa é uma tendência que a humanidade vem mostrando nos últimos milênios que levará, em alguns séculos, a ocorrer. Mas isso pode ser abreviado para poucos séculos se se agir positivamente nesse sentido, especialmente por meio de uma educação para tal.

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