segunda-feira, 14 de julho de 2014

Boa noite. Vi que alguns pedem-lhe para ensiná-los a serem frios. a não sentirem, a serem mesquinhos, Ernesto. Use este espaço para fazer o contrário, oriente a todos como tornar-se uma pessoa mais calorosa, que sente, que vive, que ama:‎

Nunca ensinei ninguém a ser frio, insensível, mesquinho, calculista, ou mesmo, apenas racional. Sempre considerei que a emoção, os sentimentos e a intuição são componentes tão importantes quanto a razão e a lógica. Todos precisam estar presentes na vida para que ela possa ser levada com sabedoria. Especialmente nas tomadas de decisão. É preciso ponderar racionalmente os prós e contras de todas as opções, mas é preciso, também, atentar para o conselho do coração. Aliás, depois de se ter feito todas as ponderações lógicas e sensatas, deve-se deixar o inconsciente trabalhar sobre o problema em uma noite de sono e, só então, decidir. Acontece que o inconsciente é muito mais poderosos e capaz do que o processamento consciente. Ele consegue levantar e cotejar as razões de todas as ordens, tanto as lógicas quanto as emocionais. Assim, dado esse tempo, o que se tem que fazer é acolher o conselho interno da intuição, que nada mais é que o processamento inconsciente. Mas completamente autêntico e pessoal, pois considera todos os fatores inerentes à própria pessoa. É preciso entender que o inconsciente zela pelo bem estar da pessoa muito mais do que as considerações explícitas do raciocínio consciente são capazes. O raciocínio consciente é muito influenciado pelas expectativas externas e pela manutenção das aparências ou pela conquista do sucesso, que, nem sempre é a melhor opção em termos do bem estar e da felicidade da pessoa. Ser frio e lógico, como o Doutor Spock, não é nada bom. A humanidade sobreviveu mais por causa da intuição do que pela razão. Claro que a razão tem que ser considerada e há casos em que deve prevalecer. Mas não pode ser a dominante. Tudo tem que ser considerado em pé de igualdade. Do mesmo modo que não se deve deixar de lado a razão, não se deve considerar somente a razão.

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