terça-feira, 15 de julho de 2014

Heidegger, aliás, na Destruktion, discorre muito bem sobre esse assunto da "ontoteologia". Fundamentalmente, nenhum Ser necessita ou tem qualquer fundamento substancial, portanto a cosmologia cientificista fala do que não sabe. É só conversa.

Heidegger está completamente equivocado. Não há ser que não tenha conteúdo substancial. Senão não é um ser, que é um ente que existe de fato. Mesmo um ente não existente só pode ser considerado assim, isto é, possível de ser um ser, se seu conceito admitir conteúdo substancial. Caso contrário são abstrações puras, ações, valores ou outra categoria. Quanto a esse conteúdo, pode ser considerado em diferentes níveis de profundidade, se for um ser natural. Pode ser que existam seres não naturais, ou sobrenaturais, como espíritos, dentre os quais almas, deuses, anjos, gênios e outros do tipo. Todavia estes também teriam uma constituição substancial não física. Só que, pelo que sei, não existem realmente, sendo apenas entidades abstratas (existem só no mundo das idéias, que deixa de existir se não houver mentes que as concebam - quando digo existência real quero dizer que seja independente de mentes que as concebam). A cosmologia científica (e não cienticifista), bem como a física, a biologia, a astronomia, a geologia tratam de seres reais, isto é, independentes de mentes que os concebam. Não é só conversa não.

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