quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Ernesto, sobre o enigma da consciência. Eu desconfio que sempre que perdemos a consciência, nós morremos, isto é, nossa consciência desaparece. No dia seguinte quando acordamos, nasce uma consciência inteiramente nova que tem a ilusão de ser a mesma de ontem graças as memorias herdadas. O que acha?‎

Nada disso. A consciência não é uma coisa. É uma situação, um estado. É uma ocorrência mental. Ela é um aspecto do funcionamento do cérebro, anexos, do sistema nervoso, dos órgãos dos sentidos, das glândulas endócrinas, enfim, de todo o organismo, mas, especialmente, do cérebro. Durante o sono, desmaios, anestesia ou outras condições, essa ocorrência fica desligada, sem funcionar. Mas a capacidade de funcionar continua presente e é ligada no despertar. Mas não mais quando se morre. É como uma lâmpada acesa, que se apaga e depois acende, exceto quando queima. Todavia, a maior parte do processamento mental, tanto dos raciocínios quanto das emoções, do registro e da organização das memórias e tudo o mais acontece de forma inconsciente, mesmo durante o sono. Por exemplo, a transferência da memoria circadiana do hipocampo para a de longa duração, no córtex se dá no sono, de forma inconsciente. O trabalho inconsciente do cérebro é responsável pela maior parte do funcionamento do cérebro.

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