sábado, 8 de novembro de 2014

Professor, o senhor acha que um motivo para a enorme quantidade de relacionamentos amorosos falhos se baseia no fato de uma visão incorreta sobre o amor?Ou nossas idiossincrasias são realmente a fonte dos problemas nos relacionamentos?‎

O fracasso de alguns relacionamentos se deve a concepções errôneas do que venham a ser. Diferenças não necessariamente os abalam se se entender que um relacionamento amoroso não envolve nenhuma "juntidade" em todos os aspectos da vida. Parceiros amorosos têm que entender que cada um é uma pessoa distinta e livre, tendo suas características próprias que podem diferir, em vários aspectos, das que o outro tenha. E isso tem que ser respeitado e, até, admirado. Claro que, não tendo nada em comum, dificilmente a relação se manterá. Mas cada um tem que ter o seu espaço. Outra questão é a da exclusividade. Uma pessoa pode, perfeitamente, amar a mais de uma outra. Isso não é incomum e, muitas vezes. com sofrimento, a pessoa renuncia a outros amores para ficar com um só. Mas, dependendo do caso, o outro é mais forte. Então o primeiro se desfaz. Só que não precisava. Poderiam prosseguir todos, com a maximização da felicidade para os envolvidos. Claro que de forma conhecida e consentida. Não se admitir isso é fonte de tristeza amorosa. O ciúme, que advém do desejo de posse do ser amado é algo abominável e não significa, absolutamente, prova de amor e sim de egoísmo. O verdadeiro amor é altruísta e que o bem do ser amado acima do próprio. Isso significa admitir que o ser amado possa amar a outrem e se alegrar com isso, se isso for a felicidade dele. É preciso uma total revisão das concepções amorosas, pois elas não correspondem à realidade do que seja o amor e sim a uma idealização social e romântica falsa. Não que o romantismo não seja algo bom. Mas que um amor seja exclusivo e perene não é verdade.

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