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Em relação ao comportamento sexual sadio na sociedade, faço as seguintes propostas:
1) Toda mulher, ao nascer, deveria ter seu hímen perfurado pelo obstetra ou o pediatra que assiste ao parto. Assim não haveria nenhuma virgem e a questão careceria completamente de significado.
2) Que seja abolido em definitivo a instituição legal do matrimônio, permanecendo a união consensual dos amantes para amparo e prazer mútuo mas sem nenhuma obrigação econômica recíproca, com a total responsabilidade individual pelo próprio provimento. Quanto à prole gerada, a responsabilidade é compartilhada pelos dois genitores.
3) Que as uniões sejam livres e abertas, entre pessoas de sexos opostos ou do mesmo sexo, incluindo a possibilidade das uniões plurais (poligamia e poliandria), temporárias ou permanentes, com ou sem cohabitação.
Tais proposições em absoluto caracterizam comportamente licencioso ou devasso, mas apenas liberto de qualquer coerção à manifestação livre e franca do amor, de forma respeitosa, dedicada e responsável.
A primeira proposta, realmente, eu coloquei como provocação. É claro que não vejo necessidade disto, como também considero a circuncisão e até mesmo o batismo em uma religião, que a criança não tem como escolher livremente se deseja aderir, um abuso. Mas eu a coloquei para, justamente, mostrar que a exigência de virgindade é uma coisa inteiramente descabida. Pelo contrário, é extremamente saudável que as jovens tenham experiência sexual pré-matrimonial, o mesmo acontecendo com os rapazes, num clima de companheirismo, amor e amizade entre colegas. Tal atitude deveria até fazer parte de uma educação sexual integrada e não hipocritamente centrada na biologia da reprodução. Educação sexual é uma educação não só cientificamente ginecológica, mas, principalmente, afetiva. Ensinar a namorar, a transar, a dar e receber prazer nesta atividade que é uma das mais básicas e fundamentais da existência, só superada, pela pressurização, respiração, alimentação, excreção, proteção contra o frio e segurança contra os predadores. Isto estando satisfeito, a finalidade da vida é a perpetuação da espécie, que se dá pelo sexo (por enquanto). Então, ensinar como fazer sexo e bom sexo, inclusive com aulas práticas, deve ser um programa institucional da escola. Como também ensinar a cozinhar, a costurar, a dirigir, a fazer consertos hidráulicos, mecânicos e elétricos, a ter um planejamento econômico, a falar em público. A escola não ensina nada disso, que é importante para a vida prática, além do conhecimento acadêmico de matémática, física, química, biologia, geografica, história, sociologia, economia, psicologia, português, inglês, espanhol, francês, chinês, literatura universal, artes plásticas, música et coetera.
Quanto às religiões, enquanto elas não sejam inteiramente abolidas, naquilo em que suas prescrições forem de encontro à maximação da felicidade e criem constrangimentos à liberdade individual, desde que esta liberdade não fira a liberdade o direito e a felicidade do outro (não se pode ter a liberdade de roubar e de matar, mesmo em nome de deus ou do estado), que sejam revogadas. Não é possível, em nome da tradição e da cultura de um povo, preservar costumes preconceituosos ou opressivos. Se alguma religião os prescreve, ela está errada, de um ponto de vista ético (mas não moral) e tal prescrição deve ser removida da doutrina, pois a ética é superior à moral. Isto é, um preceito moral só pode ser mantido se também for ético, caso contrário não.
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