Nas atuais circunstâncias sim, pois grande parte de minha limitações se devem à falta do dinheiro. Não que eu ganhe mal, mas tenho muitos encargos. Mas em uma sociedade ideal, a anarquista, em que a propriedade e o dinheiro não existem, todos podem ser felizes e terem tudo o que quiserem, pois nada é de ninguém e tudo é de todos. Todo mundo trabalharia e daria o máximo de si, de graça, para o bem de todos. Ninguém seria nem rico nem pobre. Tudo distribuído comunitariamente. Este é o meu ideal. Sei que não o verei realizado mas confio que a humanidade caminhará para ele em poucos milhares de anos. Atualmente, contudo, sinto muito desconforto em ser mais rico do que a maior parte das pessoas e acabo distribuindo meu dinheiro em ações para o benefício geral, não acumulando nada para mim. Não tenho nenhuma propriedade e nenhum investimento e nem pretendo ter. Gasto tudo o que ganho. Mas, às vezes, acho que todo o trabalho que faço em benefício do mundo poderia me render alguma recompensa, como ter algum dinheiro para viajar, por exemplo, o que nunca tenho. Todavia acho que se pode ser feliz sem ser rico, se se sentir realizado e, o que é mais importante: amado. Só que, às vezes, o dinheiro pode ser um requisito para a conquista do amor. Porém, antes pobre com amor do que rico sem amor.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Como seria o mundo se as pessoas deixassem de tentar agradar aos outros e seguissem seus próprios sonhos?
Incrivelmente melhor. Essa mania de cada um querer se conformar ao que os outros esperam dele é extremamente prejudicial à realização pessoal e acaba prejudicando inclusive a sociedade como um todo, pois as pessoas não dão o máximo de si para o grupo. Aprendi com meu pai e ensinei a meus filhos que não se deve pedir opinião nem permissão para fazer nada que se queira e se resolva fazer. Faça e arque com as consequências. Assim eu sempre agi e recomendo a todos. Essa de se preocupar com o que os outros vão dizer e achar é atitude de quem não tem personalidade e nem segurança no que pensa e no que quer. É claro que eu excluo as ações maléficas do leque de possibilidades, mas, fora isso, todo mundo tem a liberdade de fazer o que quiser, mesmo que seja motivo de reprovação. Geralmente essa reprovação não é pelo caráter maléfico da ação, mas porque incomoda as concepções mesquinhas e acomodadas de muita gente pequena. Nesse caso é que eu recomendo mesmo fortemente que a ação seja feita, para sacudir as estruturas podres e derrubar esse edifício tosco que é o arcabouço das relações sociais baseadas em trocas de favores e outros motivos menos nobres do que a construção de um mundo justo, harmônico, pacífico, fraterno, em que todos se realizem plenamente e possam ser felizes. Conclamo a todos a começar agora a mudar de atitude e consertar o mundo, escandalizando essa gente mesquinha toda.
Qual é a paisagem que só de olhar,te Acalma?-Praia?-Cachoeiras?-Jardins com pontes pequenas?-Montanhas?-Paisagens de determinados países?
Montanhas ao longe e um vale próximo com um rio serpenteando abaixo.
Estudo diz que quem dorme mal tem mais chances de engordar. E você, tem dormido bem ou anda com o sono ruim?
Durmo bem em relação à qualidade do sono, mas durmo pouco. Geralmente cinco horas por noite. Eu teria sono para dormir seis horas e meia, mas não o faço para ter mais tempo para me dedicar a meus afazeres. Realmente não gosto de dormir. Acho uma grandissíssima perda de tempo. Tem tanta coisa interessante para fazer que eu lamento quando o sono me vence. Milhares de leituras, textos a escrever, telas a pintar, fotos a tirar, assuntos interessantíssimos a estudar, conversas a entabular, filmes a assistir, músicas a ouvir e a cantar, um mundo de coisas a organizar, consertos a fazer, enfim, nem que eu vivesse a minha vida centenas de vezes eu daria conta de fazer tudo o que quero. Sem contar o tempo para namorar e curtir a beleza de existir, do mundo, das paisagens. Se eu dormir muito, então... Realmente preciso emagrecer, mas prefiro passar fome do que dormir mais.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
A existencia de almas/espiritos implica necessariamente na existencia de um Deus? Poderia almas existirem e Deus não? E poderia Deus existir e almas não?
Sim, tanto um caso quanto o outro. Os conceitos não são ligados por uma relação de necessidade. Poderia haver Deus, como criador do Universo e o Universo ser puramente físico. Aliás esta é uma das concepções deístas. Também há a concepção da existência de almas sem que haja Deus, como é o caso do Budismo. No entanto, a maior parte de quem admite a existência de Deus também o admite de espíritos e vice versa, do mesmo modo que quem não admite a existência de Deus não admite de espíritos e vice versa.
Por que o primeiro requisito p os homens quererem se 'casar" com uma mulher é que ela seja "gostosa" e não companheira e inteligente?
Porque o sexo é o fator primordial de uma relação amorosa, mesmo que não seja o único. É a atração erótica que dá início ao desejo de viver amorosamente com a pessoa, mesmo que isto tenha surgido a partir de uma amizade que se baseou em outros critérios, como companheirismo e inteligência. Mas só isso não faria a relação passar de uma amizade. Para que ela se torne amor, há que se associar a atração física. A atração física, sozinha, pode levar um homem a se unir a uma mulher, mas se os outros fatores não existirem a relação não perdurará. Uma verdadeira e completa relação evolve admiração, amizade, amor e sexo, em conjunto. A questão da inteligência pode até ser um fator negativo, se o homem também não for inteligente. Mas o companheirismo sempre favorece o fortalecimento dos laços da ligação amorosa.
Não ter quimica é o fim de um relacionamento?
Depende. O sexo é um dos ingredientes mais importantes de um relacionamento amoroso e o fim da atração fará o sexo, se ainda houver, se tornar, até, tedioso, levando ao desinteresse pela manutenção da relação. Mas há outros fatores que podem preservar a relação, mesmo sem atração erótica, como uma grande admiração, amizade, afeto, carinho ou, por outro lado, uma grande dependência, que pode ser psicológica, intelectual ou, até mesmo, financeira. Todos esses fatores podem colaborar para que a relação não se rompa apesar da inexistência da "química". No meu entendimento, contudo, uma relação amorosa sem o componente erótico perde uma parte extremamente relevante do seu sentido, inclusive porque o bom entrosamento sexual é um fator que alavanca os outros fatores e lhes confere relevo na relação. As afinidades estéticas, culturais, esportivas, as preferências por atividades de lazer ou outras que sejam compartilhadas, que fazem a relação ganhar significado para a vida da pessoa, são muito mais fortes quando o entrosamento sexual está presente, ou seja, quando o sexo é algo extremamente prazeroso e gratificante para os participantes.
Professor entre os cursos técnicos de Química, Automação Industrial e Eletrotécnica oferecidos pela escola federal da minha cidade, por qual você optaria. Estou indeciso. Desde já, obrigado.
Automação Industrial. É o mais desafiante e onde se pode ter mais chance de inventar coisas novas e dar asas à imaginação. É fantástico e nem um pouco monótono.
part 2: Me pergunto se na nossa espécie faz sentido afirmar que somos biologicamente monogâmicos ou poligâmicos. Espécies monogâmicas são exclusivamente assim, como também as poligâmicas. Se há exceções, perde o poder explicativo o 'biologicamente', não?
Há sentido sim. Porque a monogamia é um comportamento restritivo. Note que, mesmo as espécies monogâmicas, biologicamente falando, só o são em termos comportamentais, não havendo impedimento genético de cruzamento múltiplo. A espécie humana adquiriu um outro nível comportamental acima do biológico que é o cultural. Sem o fator cultural, a espécie humana seria naturalmente polígama, tanto poligínica quanto poliândrica. A monogamia é uma imposição cultural, de modo que não se pode dizer que a espécie humana seja monógama. Ela pode perfeitamente ser chamada de polígama sim, sem ambiguidade, mesmo havendo casos de monogamia (e muitos), já que isso não é um condicionamento instintivo.
Part 1:''O fato disso não ser biológico é patente pela existência de casos extraconjugais tanto masculinos quanto femininos. '' Pelo raciocínio posso afirmar o contrário devido a existência de casais monogâmicos fieis e vitalícios.
Não, de forma nenhuma. A existência de casais monogâmicos fiéis e vitalícios só caracterizaria a espécie humana como biologicamente monogâmica se isso fosse uma regra incontornável. Tanto em nível genético quanto comportamental, a espécie humana é capaz de acasalar-se com múltiplos parceiros, só não o fazendo por uma imposição cultural naquelas sociedades em que tal imposição se estabelece e para aqueles indivíduos que seguem as normas sociais. Mesmo em sociedades monogâmicas há pessoas, que, individualmente, agem em confronto com as normas sociais e estabelecem relacionamentos, permanentes ou meramente ocasionais, como outros parceiros.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Como podemos aprender a pensar? Como podemos aprender a pensar por nós mesmos ao invés de deixar que outros pensem por nós? Como evitar as crenças em coisas que cremos só porque nos foi ensinado a crer? Como se tornar um pensador independente?
Aprender a pensar só se aprende pensando. É como nadar ou andar de bicicleta. Antes de tudo tem que se dispensar a preguiça, que é a maior inimiga do pensamento. Pois pensar cansa. Para começar a se acostumar a pensar, o que se tem que fazer é duvidar de tudo o que se ouve e questionar sempre: como? porque? para que? Quem ainda é estudante tem uma ótima chance de treinar isso nas aulas, azucrinando os professores. É o que eu sempre pedi a meus alunos que fizessem comigo. Outra coisa importante é ler muito e ler opiniões diferentes sobre o mesmo assunto, para confundir a cabeça. No momento em que você se confunde é que você começa a raciocinar a respeito para ver qual é o lado certo. É dever de todo professor confundir a cabeça dos alunos, para que eles, por conta própria, tirem suas conclusões. Isso é que eu sempre fiz e meus alunos hoje me agradecem. Em minhas provas não havia uma resposta certa, mas várias possíveis que seriam consideradas certas se o aluno apresentasse os argumentos capazes de convencer. Agindo assim a pessoa vai conseguir se tornar um pensador independente. Nunca se aplique um rótulo, dizendo: sou marxista ou liberal, idealista, racionalista, positivista, nietzschiano, platonista, kantista ou seja o que for. Pode-se concordar com fulano ou beltrano nisso e não naquilo. É preciso fazer a sua escola pessoal de pensamento que, inclusive, não pode ficar engessada. À medida que se vive e mais conhecimentos se adquire, muda-se o modo de pensar e de ver o mundo. Quem não for assim, simplesmente não é um pensador.
Ernesto, acredita que nossa espécie seja predominante poligâmica, monogâmica or something in between?
Biologicamente nossa espécie é poligâmica mas a cultura restringiu a poligamia, especialmente por causa das questões de herança, de modo que, pelo menos oficialmente, somos monogâmicos. O fato disso não ser biológico é patente pela existência de casos extraconjugais tanto masculinos quanto femininos. Se a monogamia fosse biológica, eles não existiriam. Também não é verdade que só se ama (amor erótico-romântico) a uma pessoa de cada vez. Muitas pessoas já passaram pela tortura mental de ter que tomar uma decisão de abandonar um amor em favor de outro, por causa das expectativas sociais que não admitem a manutenção simultânea e aberta de mais de um relacionamento amoroso. Isto, contudo, é causa de muita infelicidade. Se o poliamorismo fosse admitido tranquilamente, o tipo de infelicidade provinda dos relacionamentos amorosos seria imensamente reduzida. Quando à instituição da família ela não seria dissolvida, pelo contrário, seria fortalecida pela ampliação para um grupo mais amplo de pessoas que amariam e cuidariam das crianças, isto é, os pais biológicos e os outros relacionamentos que esses pais poderiam ter. Essas pessoas dividiriam entre si os encargos e os trabalhos necessários para a criação das crianças, das quais seriam todos pais e a quem elas assim considerariam sem distinção. Isto criaria uma teia social extremamente fortalecedora dos laços de solidariedade e permitiria um compartilhamento muito mais amplo e frutuoso de bens e trabalhos que cada um faria por todos, gerando uma imensa economia para essas macro-famílias. Na verdade isto transformaria quase que a sociedade toda em uma única família. A propriedade também seria diluída, o que aceleraria a chegada do anarquismo, em que não existe propriedade nenhuma. Uma coisa, porém, é essencial: É necessário que toda pessoa adulta possa prover-se a si mesma e a todos os seus filhos (compartilhando a despesa, é claro, como o outro progenitor), de modo que ninguém dependa financeiramente de ninguém. As residências mono-familiares de hoje se transformariam em grandes lares para muitas pessoas, tendo, porém, uma cozinha só, um refeitório só, uma lavanderia só, uma biblioteca só e assim por diante. Todos os encargos e afazeres seriam distribuídos, por rodízio, entre todos os moradores, que sempre deveriam trabalhar fora em meio expediente, para ter o outro dedicado aos trabalhos domésticos. O que não poderia existir seriam as empregadas domésticas. Elas ganhariam dinheiro (até que o dinheiro deixe de existir) em outros trabalhos e fariam o trabalho doméstico apenas de seus próprios lares. Eu vislumbro um mundo ideal, com esse tipo de esquema social, como um sonho de harmonia e felicidade. Além do mais, com a redução das necessidades de consumo, a prosperidade se alastraria, abrangendo cada vez mais pessoas, até que não existisse mais pobre nenhum.
Estou disposta a ler tudo que o sr. tem a me dizer. :)
Vou elaborar um artigo de forma sistemática e consistente e publicá-lo em meus blogs. Por ora, você pode visitá-los e colocar as palavras "ateísmo", "anarquismo" e "poliamor" ou "poliamoreismo" nas caixas de busca e pesquisar tudo o que eu já disse a respeito. Tem bastante tópicos, já que cada um deles já passa de quatro mil postagens. São eles:
www.ruckert.pro.br/blog e www.wolfedler.blogspot.com .
O sr. acredita que um dia a ciência chegará a uma resposta sobre a origem do universo que a explique completamente, sem que crie ao mesmo tempo uma outra pergunta?
Pode ser, mas ainda demora muito. O desconhecimento a respeito da origem, estrutura e evolução do Universo ainda é muitíssimo superior do que o conhecimento. E veja-se que ele está avançando a passos largos. Mas penso que ainda vão ser necessárias algumas centenas de anos, com o ritmo de progresso que a ciência está tendo, para se ter uma noção mais segura a respeito de tudo isso. Todavia, essa ignorância não justifica, em absoluto, colocar a explicação na interveniência de algum ser extrínseco ao Universo. Isso não explica nada. É muito mais honesto reconhecer a ignorância e trabalhar duro para diminuí-la.
DESAFIO AOS AMIGOS: Fui convidado por um grande amigo para substituir um baterista em uma festa de igreja evangélica. Mesmo ele sabendo que sou ateu, ele disse que confia em mim para este evento. Ainda não respondi. O que vocês fariam no meu lugar?
Apesar de eu já ter comparecido a eventos religiosos em atenção a pessoas amigas que se casam ou batizam seus filhos, sempre estive como mero assistente. Tocar bateria na celebração litúrgica já é fazer parte integrante da comunidade que está produzindo aquele ato religioso. Eu não concordaria em participar e alegaria meu ateísmo como razão suficiente para a recusa.
Como identificar se um livro é comercial ou não? Quais são as caracteristicas?
Não sei bem dizer, pois tudo o que escrevo não tem nada de comercial, pois, ao que me parece, literatura comercial é a que deixa o leitor bem entretido e com a mente desanuviada. E tudo o que eu costumo escrever não é nada para entreter mas, justamente, para por a mente a trabalhar para analisar, refletir, cotejar, opinar e julgar o que está sendo dito. Em suma, eu esquento a cabeça do leitor. Isso não é nada comercial.
Professor, uma pergunta simples: Qual o sentido da vida?
Extrinsecamente a vida não tem sentido nenhum. Seu sentido é ela mesma. A vida surgiu para se manter a si mesma e se perpetuar na descendência. Isto não é um propósito previamente colocado, mas, simplesmente, o que aconteceu. Ao evoluir até o estágio em que estamos, houve o surgimento da consciência e, com ela essa indagação. O que acontece é que não nos sentimos apaziguados se não víssemos um propósito para a vida. Encarar a vida como ela é verdadeiramente, isto é, cujo propósito é apenas acontecer, nos deixa perplexos e angustiados. Mas podemos achar, cada um, o propósito de nossa vida e, assim, apaziguar nossa consciência. A princípio, podemos partir do fato que certas ocorrências nos trazem satisfação em viver e outras não. Não falo apenas no prazer imediato, mas numa satisfação permanente, de modo que nos sintamos felizes por estar vivendo fazendo o que fazemos. Sentimos que encontramos um sentido para estar vivendo e nos comprazemos nele. Façamos, pois, disto, a razão de ser de nossa vida. Cada um terá a sua. E, enquanto for levando a vida em consonância com essa razão, será feliz e se considerará uma pessoa realizada na vida. Mas essa razão tem que ser de tal ordem que permita que se superem as vicissitudes em nome dela. Para mim, por exemplo, dei-me como meta de vida esforçar-me por esclarecer as pessoas, tirando-lhes o véu da ignorância, dos preconceitos, dando-lhes uma visão aberta e uma mente arejada. Isso eu sempre fiz e continuo fazendo em meu trabalho de magistério, que agora se amplia pela internet. Também considero como parte do sentido de minha vida, difundir a ciência, as artes, a filosofia e a cultura, como uma bagagem valiosíssima para todos levarem em sua jornada pela vida, que lhes possibilitará, raciocinar e julgar com mais propriedade, tomando decisões mais acertadas e, assim, alcançando a felicidade. E, principalmente, usar o amor como a ferramenta mais eficaz para consertar todos os problemas que surgirem. Ser amado é uma das maiores condições para se sentir feliz e só consegue ser amado aquele que ama sem buscar retorno. Se você, pois, quiser resumir em uma só palavra o sentido que se precisa buscar na vida, a palavra é essa: amor.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Saudade
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Professor á algo na astrologia que seja relevante para você ?
Sinceramente, não. Tudo de relevante que possa haver na Astrologia, realmente pertence à Astronomia. A Astrologia é um conhecimento inteiramente destituído de qualquer significado. Tudo o que a astrologia diz (que não seja parte da Astronomia), é inteiramente gratuito e inventado por pessoas desconhecidas em um passado muito remoto que foram sendo transmitidas às gerações como se fossem verdades, mas nada mais é do que enganação.
Qual sua posição diante da corrente do Pirronismo?
Apesar de cético não concordo com o Pirronismo, pois considero que a verdade e o conhecimento são passíveis de serem acessados. A questão é a dificuldade de se saber se já foi obtido ou não. Daí o ceticismo como ferramente metodológica que, duvidando, procura os melhores meios de verificação da veracidade das assertivas. Chega-se assim a uma grande aproximação da verdade, desde que sempre se saiba que ela não é garantida é pode ser revogada face novas informações obtidas. Mas é o melhor que se pode ter. A grande superioriedade da ciência em relação às crenças religiosas é, justamente, a sua falta de certeza e a sua permanente busca da verdade, que nas religiões já é aprioristicamente estabelecida.
Professor o senhor não acha incoerente que o sentido da vida de uma pessoa seja baseado numa coisa que não existe? "Deus"
Total e completamente. Por isso é que passo a vida tentando mostrar para todo mundo: amigos, parentes, colegas, alunos e quem quer que seja, que tal crença é infundada e que não se pode basear a vida nisso. O significado da vida, sem a consideração da existência de Deus, ao contrário do que se pensa, é muito mais relevante do que com ele. Pensar que a vida é uma coincidência, um acaso raríssimo, especialmente a nossa, inteligente, nos confere uma singularidade ímpar de tal relevância que desperdiçarmos nossas vidas com firulas e querelas políticas, econômicas e religiosas é uma imbecilidade que não tem tamanho. Brigar pela posse de riquezas materiais ou do domínio cultural ou religioso é tão imbecil e tantas vidas são ceifadas por causa dessa baboseira que eu não consigo cogitar como podem as pessoas serem tão burras e ignorantes. Pensem na riqueza e na grandiosidade que não seria uma humanidade irmanada em fazer crescer a prosperidade para todos, de modo que todos alcancem a felicidade e, juntos, se dediquem a investigar os mistérios do cosmo e da vida, para construir uma civilização verdadeiramente civilizada, em que, por meio da ciência, deixando de lado todos os legados religiosos completamente irrelevantes, até, quem sabe, a morte seja vencida. As perspectivas de progresso e bem estar para nós e as próximas espécies que de nós evoluirão são alvissareiras, desde que deixemos de sermos bestas e paremos logos com essas picuinhas idiotas de guerras, de competição econômica, de desejo de domínio religioso, de preconceitos raciais e todos os outros. Que amadureçamos como espécie e valorizemos o que de fato precisa ser valorizado: a cooperação, a solidariedade, a justiça, a diligência para o trabalho, a fraternidade, o idealismo e o empenho em realizá-lo e os valores que seguem nessa linha.
Acha o halloween relevante no Brasil?
Não. Apenas nos grupamentos em que a influência americana é forte. O povo em geral não é ligado nessa comemoração. Pelo menos por enquanto.
Charles Darwin realmente se arrependeu em seu leito de morte?
Pelo que me conste, não. Penso que isso seja invenção de teístas para desacreditar suas propostas.
Professor: Que tipo de impacto a humanidade sofreria se fosse confirmada a existência de vida fora da Terra?
Considero que essa notícia não traria maiores consequências, pois, se for confirmada essa existência, então eles já existem e estamos vivendo sob a égide desse fato. Todavia, não se percebe interferência alguma desses seres. Isto significa que, se existirem, não nos perturbam.
É plausível afirmar que a matéria escura é uma espécie de ‘curvatura’ natural no espaço-tempo?
Não. A curvatura do espaço-tempo é uma propriedede intrìnseca dele determinada pelo conteúdo de massa e energia que se distribui através dele. De todas as procedências: da matéria luminosa, dos gases e poeira interespaciais, dos campos de força, da radiação, da matéria escura e da energia escura. Tudo que possuir massa e/ou energia, como matéria (normal ou escura), campos (como a energia escura) e radiação, contribuem para provocar curvatura no espaço-tempo, enquanto a existência de momento angular intrínseco (spin) nesse conteúdo, contribui para a torção do espaço-tempo. Assim a matéria escura não "é" curvatura, mas um dos ingredientes que produz a curvatura. E, sem dúvida, toda curvatura existente é natural, pois ainda não se conseguiu concentrar artificialmente uma quantidade suficiente de conteúdo que possua massa ou energia capazes de alterar significativamente a curvatura que o conteúdo natural provoca.
Avareza
Multiplicando o amor
Os robôs inteligentes tornar-se-ão a evolução final da espécie humana? Há uma teoria que defende que a vida como a conhecemos (a vida orgânica, fundamentada na síntese do DNA) é apenas um estágio intermediário para a vida mecânica autônoma.
No meu entendimento essa teoria é pura fantasia. Robôs serão desenvolvidos e aperfeiçoados cada vez mais, mas os seres biológicos continuarão sua evolução, inclusive induzida por eles mesmos. O problema é que robôs são artefatos, de modo que nunca possuirão a autonomia que a vida biológica possui. A diferença conceitual e estrutural, bem como toda a dinâmica e o funcionamento de um organismo biológico e de um eletromecânico são radicalmente distintas. O ser biológico cresce de dentro para fora e vai se formando organicamente desde o zigoto até o adulto. O robô já tem que ser construído, de fora para dentro, completamente pronto. E ele é feito inativo e depois ativado. O ser biológico está sempre ativo, à medida que vai sendo feito, por si mesmo e não por um fabricante. Essas e outras diferenças não farão como que artefatos, por melhor que sejam, substituam os seres vivos.
Se a teoria do "Universo Oscilante" estiver correta, isso significa que nós renascemos infinitas vezes? Se o universo for finito e cíclico, isso significa que o Big Bang se repete infinitas vezes em ciclos intermináveis.
Se a teoria do Universo Oscilante for correta isto significa que há ciclos, que, em cada um, o Universo se expande e depois volta a se contrair. Então se inicia um novo ciclo. Cada ciclo não repete o anterior. Não tem nada a ver. A estrutura do Universo pode ficar completamente diferente. As constantes e as leis físicas podem ser outras. Em uns podem haver átomos em outros não. Em uns pode haver vida, em outros não. Estruturas como galáxias e estrelas podem se formar ou não, mesmo que haja átomos. Além disso não é garantido que ao fim de um ciclo necessariamente surja outro. A única coisa que a teoria considera é que a atual expansão se reverterá em uma contração até que se retorne às condições iniciais desta expansão. Todavia esta teoria, atualmente, está descartada. Os dados observacionais apontam no sentido de que a atual expansão do Universo será indefinida, não havendo contração posterior nenhuma. Portanto, nada de ciclos.
domingo, 30 de outubro de 2011
Gênesis, cabe em menos que dez páginas da Bíblia. Não te parece que Deus foi omisso com esta parte tão importante na história do universo? Se para Gênesis bastam algumas páginas, uma frase só, poderia conter o Novo Testamento, não seria mais proporcional?
A Bíblia não tem o menor compromisso com a verdade, seja ela científica ou histórica. É um livro para ser lido apenas como curiosidade antropológica, como o Talmud, os Vedas, os Upanishads, os Pitakas, os Sutras, o Tao te Ching, a Ilíada, a Odisséia, os Zend Avesta, o Corão, os escritos da Allan Kardec e qualquer dessas outras escrituras sagradas. Muitas contêm prescrições éticas de valor, mas o aspecto histórico, metafísico, científico e filosófico desses livros é inteiramente desprovido de qualquer fundamento e significado. Revelam apenas a opinião de quem os escreveu, recolhida de tradições mitológicas, acrescidas de reflexões próprias do autor, que muitas vezes se diz portador da palavra divina, mas que foram feitas de forma inteiramente carecida de qualquer processo de verificação de sua veritabilidade. O melhor a fazer a respeito deles é deixá-los como peças de museu.
Câmara de gás, injeção letal, fuzilamento ou enforcado. Como preferiria morrer?
Em paz, de um infarto fulminante, durante o sono. Mas, se eu for condenado à morte, prefiriria a injeção letal.
A terra vai explodir. Seu filho foi escolhido para ser mandado para outro planeta(no estilo superman de ser).E como bagagem ele pode levar apenas um livro.Se tivese qe escolher entre um livro de ciencias e um livro de religião para deixar de herança.qual?
Sem dúvida nenhuma um livro de ciências. Religião não serve para nada.
Cite uma arma poderosa para combater o ateismo.
Se Deus se manifestasse explicitamente ou fizesse, de fato, algum milagre, o que, até hoje, não aconteceu. Então ele teria que explicar porque é tão burro de fazer um Universo tão cheio de imperfeições, porque, sendo a bondade absoluta, permita que o mal prolifere como o faz, porque é tão mesquinho a ponto de exigir o sacrifício atroz de seu próprio filho para aplacar sua ira pelo pecado original, porque não se manifestou igualmente a toda a humanidade e permitiu o surgimento de tantas religiões diferentes. Em suma, são tantas as incoerências da suposição da existência de Deus, que acho que ele passaria bem apertado para dar conta de explicar todas as suas burradas.
LinkWithin
