sábado, 9 de julho de 2011

Um grande banco internacional entra na justiça para receber R$2500 de um pobre cliente inadimplente, como procederia se fosse o juiz da causa?

Perdoaria a dívida. A bondade é mais valiosa do que a justiça. Ponto final!

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Grandes invenções como a internet, avanços em pesquisas na astronomia, surgiram em contexto de guerra. Se o mundo adotasse um modelo anarquista, elas demorariam ou nunca iriam aparecer? Não haveria violência e desigualdade, porém menos avanço científico.

Pode ser. Mas o avanço científico também surge em tempos de paz e nenhuma guerra se justifica pelo avanço científico que possa produzir. Mais cedo ou mais tarde as invenções aparecerão, mesmo sem guerra. Guerra é um desastre, uma barbaridade. Algo inteiramente deplorável e sem justificativa, exceto a defesa contra agressores. Mas, na maior parte, não é um povo que quer agredir o outro, mas líderes que insuflam e obrigam o povo a entrar em guerra. Nenhuma agressão deve ser permitida. É preciso educar o povo no mundo inteiro para não embarcar na conversa de líderes belicosos e se recusar a participar de guerras. Sou a favor de um movimento de desobediência civil generalizado para que todos as forças armadas do mundo sejam extintas. Infelizmente isto não pode ser feito unilateralmente, porque não se pode garantir que um país, abolindo seus exércitos, não vá dominado por outro. A quantidade de esforços, tempo, energia e dinheiro desperdiçados no aparato militar do mundo é descomunal e poderia resolver inúmeros problemas, como fome, doenças, ignorância etc.

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Está correto pensar que quando se cria uma partícula material, simultaneamente um campo gravitacional emerge dela, curvando proporcionalmente o espaço para longe dali, à velocidade c?. Estou errado em estender este raciocínio ao Big Bang?

Nenhuma partícula material surge sem que provenha de algo pré-existente que já continha a energia que será a massa do par partícula e antipartícula que surgir. Como a curvatura do espaço provém do conteúdo de massa e energia, esse conteúdo já existia e, portanto, a curvatura. Assim o surgimento de matéria pode apenas alterar um pouco a distribuição da curvatura, pois as partículas, como quantizações de campo, são concentrações, enquanto o campo não quantizado é difuso. A única excessão se deu no surgimento do Universo, em que apareceu o conteúdo, em forma de campo, sem ter do que provir. Então a curvatura surgiu também, mas não a matéria, que apareceu depois, sempre em pares de partícula e antipartícula. Mas ambas têm massa positiva, provinda da energia do campo (não o gravitacional, mas o da matéria) e a curvatura que provocam é idêntica. A diferença entre elas é a carga. A carga total do Universo é nula (como também a energia, pois a energia da massa e do campo de matéria é positiva e a do campo gravitacional (curvatura) negativa). Ao surgir um par de partícula e antiparticula surge um campo elétrico que parte de uma e vai para a outra. As cargas são as fontes e sumidouros do fluxo de campo elétrico. Esse campo puxa as partículas uma para a outra para que se aniquilem e ele desapareça como campo virtual e se irradie nos dois fótons que são formados na aniquilação e que levam a energia da massa de repouso do par aniquilado. Isto é maravilhoso.

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O que vocês pensam do anarquismo? O que acham que seja? Bom? Ruim? Viável? Inviável? Porque?

O que vocês pensam do anarquismo? O que acham que seja? Bom? Ruim? Viável? Inviável? Porque?

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O senhor gosta de química? Por que?

Em verdade meu interesse por química é menor. Acho que é porque considero a química muito prática e eu gosto mais de teoria. A teoria que sustenta as regras químicas, de fato, é física. Na química meu maior interesse é em ligações. Já lecionei "Estrutura da Matéria" para alunos do Curso de Química da UFV. Trata-se de soluções da Equação de Schroedinger em vários casos, na determinação de orbitais moleculares e no estudo do estado sólido, das reações nucleares e das partículas elementares. Os alunos de química não gostavam muito da matéria porque tinha muita matemática avançada, como equações diferenciais. A maioria deles não quer ir além da matemática das proporções. Trigonometria, funções de Bessel, variáveis complexas não é a praia deles.

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Você pode me dizer como é que se faz na teoria do Big Crunch, para se "engatar uma ré" no campo gravitacional atual, que expande à velocidade c? Acho impossível informar alguém que se afasta de nós à velocidade c, que já está na hora de voltar. E você?

O campo gravitacional, isto é, o espaço, não se expande com a velocidade "c". Esta velocidade é relativa ao observador e varia proporcionalmente com a distância a ele pela constante de Hubble, que hoje vale 71 (+/- 7) km/s/Mpc. Isto significa que a uma distância de 4.225 Mpc (13.781.240.000 anos-luz) ela se tornará "c" e, a partir daí, excederá a "c". Como a luz só viaja à velocidade "c", tudo o que estiver além disso não será visível. Mas não significa que não exista. A velocidade de expansão pode exceder a "c", pois não é uma velocidade de deslocamento de nada que possua massa ou energia.
Quanto à teoria do Big Crunsh, o que impediria a expansão do Universo e a transformaria em contração é o próprio campo gravitacional. Note que o motor da expansão não é o campo gravitacional (curvatura do espaço-tempo). Ele, pelo contrário, é um fator de contração do espaço. Se o espaço está expandindo é porque, em algum momento, outra causa provocou tal ocorrência. Trata-se da chamada "energia escura", que, na verdade, seria um campo repulsivo, que atuou de forma intensíssima no período denominado "inflação". Se ela não atuar mais, então a gravitação está desacelerando a expansão, desde então. Dependendo do caso, esta desaceleração poderá se dar até que a expansão pare e, então, o espaço passe a se contrair. Num outro caso, mesmo sem a energia escura, a celeridade da expansão pode ser maior do que a desaceleração da gravidade consiga parar, e a expansão será interminável. Se a energia escura ainda estiver atuante, como se tem observado, as chances da gravidade reverter a expansão diminuem. É como se estivéssemos em um carro apertando o acelerador e o freio ao mesmo tempo. O freio é a gravidade e o acelerador é a energia escura. Dependendo de que for maior o carro parará ou não. Mas na analogia do carro não há o que o puxe de volta para trás.

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Não é plágio, é curiosidade: Quais são suas citações favoritas?

Certamente, as minhas próprias. Veja isto:

“Você sempre tem a ver com tudo aquilo de que toma conhecimento”

“A maior parte de tudo quanto vale a pena nesta vida é completamente inútil”

“Ser bom é mais valioso do que ser justo. O bom é sempre justo mas o justo pode não ser bom”

“Eu sempre acho que estou com a razão porque, no momento em que não achar, eu mudo de opinião”

“Só a loucura é capaz de dar sentido à vida”

“Na caminhada da vida o que importa menos é o destino da viagem. A própria caminhadada é que é importante. A sabedoria consiste em curtir a viagem, apreciar a paisagem e nunca deixar para ser feliz quando o futuro chegar”

“O sucesso não garante a felicidade. Persiga o bem e a virtude, esquecendo o sucesso e, mesmo, a felicidade. Então ela lhe será concedida”

“O valor de uma pessoa não está no que ela tem, nem no que ela pode, no que faz ou no que sabe, mas sim no que ela é”

“Inteligente é a pessoa que tem a humildade de fazer da sua inteligência uma alavanca para mudar o mundo”

“Se em nossos últimos momentos ainda tivermos instantes de lucidez, não será dos negócios perdidos ou do dinheiro não ganho que vamos nos lamentar, mas apenas do perdão não concedido e do amor não dedicado. Pautemos por isso, pois, desde hoje nossa vida, para que de nada possamos nos arrepender ao seu final”

“A arte não necessariamente exprime o belo, mas o feio, expresso pela arte, necessariamente é belo”

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ora, não há fundamentos pra se acreditar no anarquismo. nao existe nenhuma experiencia anarquista bem sucedida e nao há fundamento econômico tampouco. Mas é um belo ideal.

Os kibutiz foram bem sucedidos. O problema das outras tentativas anarquistas é que foram solapadas por interferências externas ou de dentro, por inimigos inflitrados. O anarquismo contraria os interesses das pessoas que querem se valer do trabalho dos outros para enriquecimento próprio e querem que as desigualdades e privilégios sejam mantidos, para que eles sejam os privilegiados. Todavia o anarquismo não precisa ser socialista. Uma vertente capitalista do anarquismo levará ao mesmo resultado final. Trata-se de uma pulverização do capitalismo que leve toda pessoa a ser capitalista e a propriedade seja sempre compartilhada por tantos até que não se justifique mais que exista. O mesmo acontecendo com o dinheiro.

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O que prefere, escrever ou verbalizar? Quer dizer, consegue se expressão melhor através da escrita em mídias sociais ou através de telefones ou, até mesmo, pessoalmente?

Gosto mais de escrever. Me expresso melhor assim. Mas também gosto de falar, tanto em aulas e palestras quanto em conversas. E tenho milhares de horas disso ao longo da vida. A conversa é boa pois é interativa. O que não gosto é de fofoca ou conversa fútil. Sempre acabo filosofando quando converso, pois é o que sempre está ocupando a minha mente. Não tenho dificuldade em me expressar e em desenvolver argumentos, mesmo oralmente. Mas por escrito fica melhor, pois, então, eu posso refletir mais sobre a argumentação e o melhor modo de expressá-la em palavras.

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A motivação para a amar seria obter prazer por outra pessoa nos considerar importante, ser amado por essa pessoa. Amamos porque somos egoístas então, para satisfazer o próprio ego ?

O tema não é tão simples. Amar envolve altruísmo e egoísmo. Amamos porque desejamos fruir o prazer de amar e a reciprocidade de ser amado. Mas também amamos de modo desinteressado, apenas por querermos o bem do ser amado, mesmo sem nenhum retorno. Amor não é apenas um sentimento. É, principalmente, um ato de vontade, que tem que ser expresso em ações. E essas ações, na maioria das vezes, são sacrifícios de nossos interesses e de nossos desejos. Quem ama de fato, não deixa de amar por causa dos dissabores, mesmo que nutra o desejo de viver o supremo prazer de amar e ser amado em plenitude espiritual e carnal.

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O que o senhor acha de pessoas que não querem ter filhos?

Cada qual tem a sua opção e eu respeito. Mas eu adoro ser pai. Quando eu era criança eu era católico e queria ser santo. Um padre amigo de meu pai disse para eu ser padre. Eu perguntei: um pai não pode ser santo? Hoje sou ateu, mas ainda acho que a santidade (no caso ateísta) é um estado de vida superior e desejável. E isto, para mim, inclui a paternidade. Meu modelo foi meu pai, um homem admirável pelo caráter, pela bondade, pela inteligência, pela dedicação ao trabalho, à família e à sociedade em muitas obras filantrópicas. Acho que abdicar da paternidade (e da maternidade), exceto situações muito especiais, revela uma atitude egoísta, que eu não posso admirar.

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Perguntar se deus é capaz de criar uma pedra tão pesada que ele próprio não conseguiria erguê-la seria o mesmo que perguntar se ele é capaz de desenhar um quadrado de 3 lados? Assim, essa é uma pergunta sem solução, logo ela não deveria ser feita.

De fato, é uma pergunta idiota, pois sua resposta já está contida nela mesma e não depende de nenhum poder que Deus possa ter ou não. Quem a faz não entende de lógica e nem de metafísica. Ela não prova a impossibilidade da inexistência de Deus, mas apenas de tal tipo de pedra.

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Fico feliz em saber que o Sr. também é um homem de Fé: o Sr. acredita no Homem.

Não acho que ter fé em qualquer coisa seja algo bom para se ficar feliz com isso. Porque fé é uma crença sem fundamento. Crenças não é possível evitar, mas que se baseiem em bons indícios de credibilidade, mesmo que não se possa comprová-las. Acreditar na bondade da humanidade seria uma crença fundamentada ou meramente uma fé? Há que se verificar. O caráter justo e bondoso ou malvado e desonesto de uma pessoa pode provir de uma propensão genética, da criação ou de ambos. A existência de genes do mal foi considerada por Barbara Oakley em seu livro "Evil Genes", que está em minha fila de espera para leitura. O que percebo é que, de modo geral, a maioria das pessoas é boa. Mesmo que se venha a provar que a maldade tenha origem genética, não acho que um programa eugênico para extirpá-la da humanidade, como a castração de crianças malvadas para que não se reproduzam, seja eticamente aceitável. Não tenho dados estatísticos de nenhum levantamento extenso que correlacione bondade e maldade com a criação das crianças pelos pais e, na verdade, nem sei como poderia ser feito, mas acho que seria possível fazer. Portanto, no meu caso, a consideração de que seja possível transformar a maior parte da humanidade em pessoas bondosas é, de fato, uma fé. Só que isto não me deixa feliz, pois gostaria de acreditar com bons fundamentos. É o que ando investigando. Por ora, em que pesem os questionamentos do meu perguntador Hans, continuo com essa fé. Assim proponho que o sistema educacional, inclua formalmente no currículo das escolas, a educação do caráter, para a formação de pessoas de bem, sinceras, honestas, justas, solidárias, colaboradoras, corteses, cordiais, educadas, gentís, generosas, desprendidas, diligentes, laboriosas, responsáveis, leais, além de estudiosas, inteligentes, curiosas, inventivas, expeditas, capazes, hábeis, lúcidas, reflexivas, cultas, contestadoras, de iniciativa (e finiciativa), bem como fortes, saudáveis, ágeis, espertas e possuidoras de todas as qualidades e virtudes de uma pessoa íntegra, nobre e honrada. Isto tem que perpassar a ministração de todas as disciplinas, pelo discurso e pelo exemplo dos professores, bem como fazer parte de uma disciplina específica, como a antiga "Educação Moral e Cívica", certamente expurgada dos vícios da época do regime militar. Assim educados para a vida, os jovens estão preparados para aceitar as propostas anarquistas, que requerem pessoas desse jaez.

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O que o senhor acha do paradoxo de Epicuro?

Já comentei sobre isso em muitas outras ocasiões. Considero inteiramente pertinente. Mas não prova que Deus não existe. Apenas que, se existir, não é bom. Vá em meus blogs e coloque a palavra "Epícuro" na caixa de busca:
www.ruckert.pro.br e www.wolfedler.blogspot.com .

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O que o senhor acha do paradoxo de Epicuro?

Já comentei sobre isso em muitas outras ocasiões. Considero inteiramente pertinente. Mas não prova que Deus não existe. Apenas que, se existir, não é bom. Vá em meus blogs e coloque a palavra "Epícuro" na caixa de busca:
ruckert.pro.br e wolfedler.blogspot.com.

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e, uma curiosidade, o que pensa da maçonaria e seus ideais de fraternidade universal?

Não simpatizo com a maçonaria, a fraternidade rosacruz e outras sociedades do tipo por várias razões. Para começar não gosto de entidades fechadas, que não se abrem para toda a sociedade. Se eles dizem possuir conhecimentos que são benéficos para a vida, que os divulguem para todos. Outra coisa é que eles fundamentam suas concepções em noções esotéricas que considero não terem validade nenhuma. Forças místicas e espirituais não existem. Além disso eles possuem um simbolismo e uma liturgia que considero inteiramente descabidos. Para mim a sociedade como um todo tem que se unir para apoio mútuo, sem restrições e sem filiação a clube nenhum. E o conhecimento é algo a ser sempre colocado à disposição de todos, sem reservas. Outra coisa é que o conhecimento deles é do tipo religioso, isto é, mítico. Não tem embasamento científico. Não que todo conhecimento precise ser científico. O conhecimento empírico também pode ser válido se, submetido a testes, se revelar proveitoso. Mas quem adota conhecimentos míticos, em geral, não os coloca à prova e considera que, por serem ancestrais, têm sua validade assegurada. Tipo medicina chinesa, astrologia, numerologia e outros que tais. Isto é inteiramente falso. Pode haver verdade em conhecimentos desse tipo. Mas é preciso duvidar e testar. Se passar no teste, é aceito. Mas não porque é milenar.

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Então, sem querer ser chato, o Sr. tem fé no ideal anarquista. Pois crê nele mesmo sem haver comprovação alguma de que é possível.

Exatamente. Estou convencido, sem provas, de que o anarquismo seja possível. Mesmo que não, todo esforço para alcançá-lo é proveitoso, pois ele se fundamenta em atitudes de virtude, de ordem, de solidariedade, de honestidade, de diligência, de colaboração, de tudo o que se pode considerar como benéfico a uma convivência harmônica, frutuosa, fraterna, proveitosa, pacífica, ordeira, em suma, excelente em todos os sentidos para o bem estar, a prosperidade e a felicidade das pessoas. Uma sociedade anarquista é uma sociedade em que as pessoas superaram suas deficiências e se tornaram dignas do epíteto de humanas. É uma sociedade de santos sem religião. Mas isto não significa ausência de alegria, prazer, de práticas lúdicas, de desfrute da vida, do amor. É o que considero o paraíso terrestre. E é algo perfeitamente possível, pois existem pessoas que já são assim e, até, são a maioria. É uma questão de educação transformar a mentalidade de todo mundo nesse tipo de mentalidade. Vencer o egoísmo, a ganância, a cobiça, a preguiça, a negligência, a inveja, a avareza, a pusilanimidade, a covardia, a velhacaria, a desonestidade, a mentira e todos os males da sociedade. É possível uma sociedade sem crimes, se todos forem uns pelos outros sem querer levar vantagem. Acho isso possível e quero ver realizado no futuro. E se forem feitos esforços, isto pode acontecer não daqui a dez mil anos, mas apenas em menos de mil anos.

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Você tem preconceito contra preconceito?

Sim, como também não tolero a intolerância.

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Direito é Ciência?

Direito, Medicina e Engenharia não são ciências. São atividades práticas (tecnologias, num sentido mais amplo), que fazem uso da ciência e de conhecimentos empíricos, bem como habilidades técnicas específicas para sua execução. Todas elas, no entanto, possuem uma ciência correlata. Assim, além da prática da engenharia, existe uma ciência da engenharia, da mesma forma que uma ciência da medicina e uma ciência do direito. Mas quem se dedica a essas ciências não está exercendo a atividade de engenheiro, médico ou advogado naquele momento e sim de um estudioso ou pesquisador dos conhecimentos e procedimentos para o exercício dessas atividades.

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Oi Tudo bem ? resuma, seu balanço da semana: Como foi a sua? Felicidades ☺

Muito trabalho. Esta está sendo a semana de provas do meu colégio e como eu sou quem coordena a aplicação e um sufoco. Além do mais, meu bolsista auxiliar saiu e eu fiquei por conta da digitação de notas também. Estou trabalhando das 7 da manhã à meia noite direto e reto.

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Voce tem alguma opinião que é politicamente incorreta pelos padrões atuais da sociedade? Qual?

Sim, várias: Acho que todos são iguais. Acho que dinheiro não devia existir, nem propriedade, nem países, nem governos. Acho que Deus não existe, nem almas, nem céu nem inferno, nem anjos nem demônios. Acho que o amor pode ser plurívoco. Acho que não devia existir famílias mononucleares nem casas familiares. Tudo coletivo e compartilhado, inclusive as mulheres, os maridos, os filhos e os pais. Acho que não deviam existir religiões nem partidos políticos. Acho que todo mundo devia trabalhar de graça e ter tudo de graça. Acho que não se devia falar mentira, enfim, uma porção de coisas que existem na sociedade eu acho errado e sempre procuro fazer do modo que acho certo. Mas nem sempre posso ou consigo, mesmo que eu trabalhe muito de graça, acabo precisando de dinheiro, pois os outros não dão as coisas de graça para mim. Mas não tenho propriedade nenhuma. Todo o dinheiro que ganho eu gasto. Não guardo nem um pouco.

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Num mundo capitalista onde ocorre uma constate troca de materiais com um consumismo exarcerbado, você acredita que esse fato reflete nos relacionamentos? Ou seja, a troca constante de parceiros (por enjoar da pessoa e querer trocar, como objetos).

Sim. É uma exacerbação do individualismo, da posse. É preciso reverter para o coletivismo comunitarista, sem propriedade. Tudo compartilhado. Assim a demanda por produtos seria muito menor e muitos poderiam tirar proveito dos bens e serviços, pois seria de todos e gratuítos. Inclusive acabaria com o problema de troca de parceiros amorosos, pois eles também seriam compartilhados, com a abolição da família mononuclear, da propriedade privada, do dinheiro, do governo e dos países. É o meu sonho anarquista, que confio que será alcançado em poucos milhares de anos.

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Voce tem alguma opinião que é politicamente incorreta pelos padrões atuais da sociedade? Qual?

Sim, várias: Acho que todos são iguais. Acho que dinheiro não devia existir, nem propriedade, nem países, nem governos. Acho que Deus não existe, nem almas, nem céu nem inferno, nem anjos nem demônios. Acho que o amor pode ser plurívoco. Acho que não deviam existir religiões nem partidos políticos. Acho que todo mundo devia trabalhar de graça e ter tudo de graça. Acho que não se devia falar mentira, enfim, uma porção de coisas que existem na sociedade eu acho errado e sempre procuro fazer do modo que acho certo. Mas nem sempre posso ou consigo, mesmo que eu trabalhe muito de graça, acabo precisando de dinheiro, pois os outros não dão as coisas de graça para mim. Mas não tenho propriedade nenhuma. Todo o dinheiro que ganho eu gasto. Não guardo nem um pouco.

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Você concorda que a ma'teria em sua essência, se parece muito mais com a idéia que temos de espírito, que efetivamente da noção que sempre tivemos da matéria?

Não. Apesar de matéria ser uma concentração de campo e campo ser algo difuso há uma grande diferença. A noção de espírito é de uma entidade e não de uma substância constitutiva de entidades. Note que, campo, radiação e matéria, são os "tipos" de constituintes que formam os seres naturais, mas não são entes. Um espírito é um ente, feito de alguma substância que não seria natural, isto é, não seria campo, nem matéria, nem radiação, que são os únicos constituintes substanciais dos sistemas naturais. Além disso um espírito teria uma individualidade pessoal, isto é, seria um "eu". A matéria, os campos e a radiação não são indivíduos pessoais. Como seres não pertencentes ao universo natural, os espíritos não teriam propriedades físicas, como localização, dimensão, extensão, massa, energia, carga elétrica, movimento, rotação, vibração, cor, odor, sabor, som, textura, nada que seja físico. Sendo assim, não vejo como poderiam interagir com o mundo físico. Como veriam e ouviriam algo se não possuem sensores para a detecção de luz ou som? E como pensariam, se o pensamento é o resultado de fenômenos fisiológicos na estrutura do cérebro, já que não têm cérebro? Não consigo entender como poderiam existir.

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Sabe de alguma experiência anarquista histórica de êxito e bem documentada e conhecida?

A experiência anarquista mais duradoura foi a dos kibutz em Israel. O primeiro foi fundado em 1909. Ainda existem mas não são mais tão anarquistas e socialistas. Outras experiências, inclusive a da Colônia Cecília, no Brasil, malograram por boicote de pessoas infiltradas com más intenções. O problema do anarquismo é que tem que surgir gradualmente e em todo o mundo em conjunto. É um projeto de mudança de mentalidade global, a ser conquistado com firmeza e perseverança, mas muita paciência. Não vejo como chegar lá em menos do que algumas centenas ou mesmo milhares de anos. Requer muito desprendimento e a aniquilação total do egoísmo, da cobiça, da preguiça. É um sistema para pessoas virtuosas e muito trabalhadoras. Não é impossível, mas é difícil e só será alcançado por um processo educativo denodado e constante por dezenas de gerações. A Escola da Ponte, em Portugal é um bom exemplo desse trabalho. Vale a pena conhecer. É interessante conhecer as idéias de Francisco Ferrer. Procure por "Educação Anarquista" no Google que você achará muitos artigos interessantes.

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acredita em vidas extraterrestres?

Creio que é possível que exista vida extraterrestre, especialmente procariota (bactérias). Vida eucariota e pluricelular é mais difícil. Inteligente, mais ainda. Mas acho que podem haver uns três planetas por galáxia com vida inteligente. Como o Universo é muito vasto, dificilmente esses seres conseguiriam se comunicar, vivendo cada um na sua, ou até colonizando a vizinhança. Não acho que nenhum extraterrestre já nos tenha visitado. As histórias que se contam, ou são equívocos de interpretação das visões ou são fraudulentas mesmo.

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Até que ponto a matemática é inquestionável?

As conclusões matemáticas são tiradas a partir de elementos definidos arbitrariamente para representar algo que possa correlacionar-se com entidades do mundo, como conjuntos, números, relações, funções e figuras. Uma vez que tudo esteja definido de forma precisa e que as conclusões tenham sido obtidas de modo logicamente correto, não há o que se questionar. O que se pode questionar é se o raciocínio não foi corretamente encaminhado, ou porque usou, de forma indevida, propriedades não contidas nas definições ou porque teve falhas lógicas de encadeamento. Nesse caso pode se chegar a conclusões errôneas. Outra questão que se pode levantar é sobre a propriedade ou não de tal ou qual definição ser de certa forma ou de outra. Mas definição não tem explicação. É só uma convenção. Alguém pode discordar de que seja apropriada e propor outra. Então o que se tenha deduzido a partir da primeira definição pode não valer para a segundo, ou ao contrário.É nisso que a matemática pode ser questionada. Note que a matemática não pode ser matematicamente questionada sobre a aplicabilidade de suas conclusões à vida real. Isto está fora do escopo da matemática. Ela não tem o compromisso de ser útil. Todavia, é claro, que só terão desenvolvimento apreciável as partes da matemática que puderem ser usadas no modelamento de fenômenos da realidade, quer física, biológica, social ou econômica.

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acha que hoje em dia sexo virou brincadeira e o ser humano transforma o que deveria ser puro e bonito, em algo sujo, feio, sem graça e sem valor algum?

(continuação da pergunta) o q acha disso no face? :"Sexo virou brincadeira, abraço é desculpa p se aproveitar, bjar na bca virou disputa, alianças vão para no bolso. Elogia é xamar de gostosa. Namoro é brega. Amor é perda de tempo... É, cada vz + o ser humano se perde em coisas tão simples, e transformam o que deveria ser puro e bonito, em algo sujo, feio, sem graça e sem valor algum.

Acho que sexo é algo muito bom e deve ser cultivado por todas as pessoas como uma coisa séria, mesmo que seja algo alegre, como tem que ser. Digo sério no sentido de que não é uma futilidade, algo sem valor. É importantíssimo para o relacionamento das pessoas. Não pode ser uma leviandade. Mas também não pode ser uma caretice. É claro que o sexo é picante, estimulante, inebriante e fonte de muito prazer e satisfação. E não pode ser objeto de regras de conduta e restrições moralistas sem sentido. Tem que ser vivido plenamente, com entrega, até com sofreguidão. Mas sem empáfia, sem ser considerado um troféu exibicionista. Pode até ser feito sem amor, mas sempre com prazer, entrega e consideração. Eu diria até, respeito. Respeito pelo parceiro como pessoa, isto é, não como simples objeto de satisfação ou de vaidade, mas como alguém a quem se tem o compromisso de retribuir o prazer. E se tiver envolvimento amoroso, então nem se fala. Aí é que o sexo se torna a maior maravilha do mundo. Mas é preciso não ficar com escrúpulos a respeito da "pureza" do sexo. Sexo envolve uma certa molecagem mesmo. a pureza está em que não se pode usar o sexo para outro fim a não ser ele mesmo e o amor. Sexo e amor com sexo e com amor se pagam, nada mais. Sexo impuro é o sexo usado como alavanca para fins outros, especialmente de ordem econômica. Não estou nem falando de prostituição, mas de pessoas que se valem do sexo para se fazer na vida. Isto, aliás, é pior do que prostituição. Traição e mentira, no sexo, são piores do que em outros assuntos, como negócios, por exemplo. Da mesma forma, o uso de artimanhas e estratagemas desleais de conquista. É preciso ir ao sexo de coração aberto, com generosidade e sinceridade. Mas uma coisa não vejo que tenha que ser exigida: a exclusividade. Acho que as pessoas podem perfeitamente amarem e fazer sexo com mais de um parceiro, desde que todos os envolvidos estejam cientes e de acordo. Amor mesmo, não é algo exclusivo. Se se admitir a pluralidade amorosa de forma tranquila o mundo será muito mais feliz. Amor sincero, verdadeiro, intenso e leal. Mas plural. Perfeitamente normal.

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Acho que agora o senhor terá sossego pois os fakes da Brenda ( Hans ) acabaram, he he he, bando de nóias, esses moleques né professor, beijo mestre até mais

Mas eu acho interessante refutar o que ele diz e até tenho aprendido muita coisa e me forçado a ponderar minhas convicções e reforçar minha argumentação. Seja ele mesmo o Hans ou a Brenda ou o Dave, é uma pessoa culta e inteligente, mesmo que eu discorde de seus pontos de vista. Mas nem todos. Alguns eu concordo.

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Que motivo poderia empurrá-lo ao suicídio?

A perspectiva de não poder fazer mais nada de proveitoso para os outros na vida. Quero sempre poder contribuir para que o mundo se torne melhor. Sem isso minha vida ficaria inteiramente sem objetivo e significado. E o que eu considero minha contribuição para o mundo é o esclarecimento a respeito das crenças infundadas sobre o sobrenatural, as noções equivocadas de competição e sucesso, bem como a disseminação do espírito anarquista de trabalho sem preguiça nem cobiça, uns pelos outros, sem governo e sem dinheiro. Disseminar a cultura, a ciência, a filosofia, estimular a inteligência, a reflexão, bem como o amor, a generosidade, a solidariedade. Isto é o que venho fazendo há décadas e por isso trabalho muito e até ganho bem, mas sou um pobretão, pois dou tudo para os outros. Sou um despossuído, como o Shevek do romance de Úrsula le Guin.

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vc já viu o argumento Cosmológico Kalam a Favor do Ateísmo de Quentin Smith? se sim o q achou?e qual a sua opinião sobre o Quentin Smith?

Peguei o argumento em http://dmurcho.com/docs/kalam.pdf, imprimi e vou ler. Para mim o argumento Kalam é falacioso e eu já desenvolvi isto em vários lugarem nos meus blogs. Vá em ruckert.pro.br/blog e coloque "Kalam" na caixa de busca. Ou então em wolfedler.blogspot.com. A propósito, gosto do Desidério Murcho. E também recomendo o livro:
Introdução à Filosofia da Religião, de William L. Rowe
Tradução de Vítor Guerreiro
Revisão científica de Desidério Murcho
Lisboa: Verbo, 2011, 304 pp.
A respeito do argumento Kalam, é interessante examinar o artigo http://www.fairlds.org/New_Mormon_Challenge/TNMC01.html.
De modo geral não concordo com ele, mas ainda não tive tempo de estudá-lo para contraargumentar.
Quanto ao Quentin Smith, acho um excelente filósofo e muito bom argumentador. Gosto do assunto que ele estuda, como tempo, metafísica, cosmologia, religião, linguagem e outros.

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Acusam o Stalin de ter causado a morte de milhões de seu próprio povo. Mas quando eu vi isso na escola (prof. comunista) me disse que milhões de russos morreram combatendo os nazistas, que eram muito superiores militarmente. Comunistas heróis ou vilões?

Há comunistas heróis e vilões. Stálin foi um facínora, como Pol Pot, Mao Tse Tung e como é o Fidel Castro. Foram ditadores cruéis, despóticos e sanguinários. Péssimos exemplos de líderes e de comunistas. Os russos que Stálin matou não são os combatentes da segunda guerra. Foram os assassinados por motivos políticos e os que morreram de fome nos campos de concentração da Sibéria. Não conheço bons nazistas nem bons fascistas. De modo geral, os bons comunistas são os democratas e os anarquistas libertários. Não acho que nenhum revolucionário seja uma pessoa boa. O comunismo de estado é uma ditadura como qualquer outra. Péssimo tanto quanto o nazismo, o fascismo e as monarquias absolutistas. Os males do capitalismo têm que ser derrotados de dentro do próprio capitalismo, de forma democrática, promovendo uma distribuição de oportunidades e de renda de modo que toda pessoa se torne capitalista e ninguém seja empregado de ninguém, mas todos sócios dos empreendimentos em que trabalham, sem patrões.

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terça-feira, 5 de julho de 2011

Qual área é mais dificil de ser compreendida e aprendida : Exatas, Humanas ou Saúde?

No meu entendimento a área de humanas é a mais complexa, porque envolve muitas considerações diferentes, e, para cada assunto, existem várias correntes de opinião. Sinto mais tranquilidade com as ciências exatas, pois nelas não há muita divergência de opinião. Nas biológicas a questão é intermediária. Há pessoas, contudo, que acham as exatas mais difíceis. Eu acho bem mais fácil, mesmo em assuntos mais avançados, como Teoria da Relatividade e Física Quântica que eu lecionava no Bacharelado em Física na UFV. Entre engenharia, medicina e direito, mais fácil é engenharia, medicina mais ou menos e direito, muito mais difícil.

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Qual é a grande pergunta que você mais quer ver respondida?

Como ocorreu o surgimento da vida na Terra?

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Existe refutação para o argumento do "Fine tuning" das constantes físicas que regem as leis do universo? É verdade que se algumas delas tivessem um valor um pouquinho diferente o universo não poderia existir?

Sim, é verdade. Valores, mesmo pouco diferentes das constantes de estrutura fina, da permissividade e permeabilidade do vácuo, da lei de Coulomb, da lei da Gravitação, de Planck e outras poderiam inviabilizar a formação de átomos e o Universo poderia ser apenas um plasma de quarks, gluons e léptons, sem nenhuma estrutura como estrelas, planetas, galáxias e, logo, vida. O argumento é que isto não pode ser coincidência e teria que ter sido planejado. O contra argumento é que, se nada mostra que foi planejado, a coincidência é a hipótese mais admissível. Pelo que me consta não há nada que prove que não foi coincidência. O que acontece é que pessoas não conseguem admitir a existência de coincidências por uma rejeição irracional. É claro que a probabilidade de não ter havido essa coincidência é enormemente maior do que a de ter havido. Mas a probabilidade de se ganhar na loteria é muitíssimo menor do que de não ganhar, e há pessoas que ganham. Nós ganhamos na loteria, só isso. Se não tivesse ocorrido essa coincidência, simplesmente não existiríamos e pronto. Não consigo ver porque nossa existência teria que ter uma razão especial. E não vejo porque a inexistência dessa razão tenha que ser provada, isto é, que preciso provar que foi por acaso. O acaso é capaz de qualquer coisa. O que se teria que provar é que não tenha sido por acaso. Isto sim, se for o caso, requer que se demonstre por que não foi.

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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Como você vê o pagamento de de fiança, como recurso para se livrar da prisão?

Um escândalo. Uma vergonha. Uma atitude inteiramente injusta e discriminatória. Não devia ser permitido tal barbaridade. Pior ainda do que a prisão especial para portadores de diploma superior, que foi abolida. Justiça tem que ser igualitária. A estátua da justiça tem os olhos vendados. Isto significa que não vê quem está cometendo o ato que está em julgamento. Não interessa se o réu e rico, pobre, importante ou não, branco, preto, honesto, desonesto, crente, ateu ou o que for. A justiça tem que agir do mesmo modo. Aceitar fiança é discriminar o pobre. Muito, muito errado mesmo.

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o que me irrita em vc é sua ingenuidade, tudo bem que vc tenha sua maneira de pensar, mas não pense que todos pensam como vc, pois a maioria nem pensar pensa...apenas repete o pensamento alheio que os forjou demagogicamente...vc é infantilizado ...

Ingênuo e infantilizado é quem não pensa e segue a boiada. É claro que nem todos pensam como eu. Mas eu considero que meu modo de pensar é o mais benéfico para a coletividade e, assim, procuro disseminá-lo para que, cada vez mais, aumente o número de pessoas que reflitam e possam concluir pela impropriedade e inadequação do espírito competitivo, egoísta e voraz e optem pela colaboração, pela solidariedade, pela compaixão, pela diligência. Assim o mundo se transformará em um lugar harmônico e fraterno para todos, em que vigorará a justiça, a paz e, em decorrência, a prosperidade igualmente distribuída. Sem ódios nem conflitos.

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e que me obriga a ser bom? leis?...feitas por quem não as segue? burladas por quem legisla em causa própria? te ocorre que se vc pensa de uma forma outros podem pensar diferente de você? se Deus não existe, tudo se pode fazer sim, e não vai haver punição

O que faz alguém ser bom não é nenhum deus e nenhuma lei, nenhum prêmio e nenhum castigo. É a consciência. Você sabe que o mal é algo que prejudica e causa sofrimento. Você tem empatia e compaixão. Você não quer causar dano nem dor. Você sabe o que é isto e não gosta de sofrer e nem ser prejudicado. Então você não provoca isto porque vê que a simetria dos relacionamentos é a única forma razoável e justa. Relações de poder e submissão, comando e obediência não são simétricas. Não são justas e nem razoáveis. Sua consciência lhe mostra o caminho da justiça e do bem. Se você não agir assim se sentirá desconfortável. O bem é um valor superior em si mesmo, pois é por ele que se alcança a alegria, a felicidade de forma disseminada por toda a sociedade. A existência de opressores e oprimidos não é fonte de paz e harmonia nem para os opressores. Uma vida serena e construtiva só acontece em uma sociedade em que o bem seja erigido como ideal de conduta e todos sejam incentivados a fazê-lo, independentemente de prêmio ou castigo. O prêmio do bem é a paz interior e a felicidade. O castigo do mal é a amargura e a apreensão.

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Grande mestre, Estava vendo em um documentário que não existe o vácuo absoluto, sem absolutamente nada, e sim um local onde flutuações quânticas ocorrem a todo instante. Poderia explicar melhor isso? Obrigado.

Esse vácuo absoluto é o que chamo de vazio, isto é, um espaço sem conteúdo. Isto, realmente, não existe no Universo. Todo o espaço existente é preenchido, pelo menos por campo e radiação. Quando não é preenchido por matéria chama-se vácuo. O campo existente no vácuo não é só gravitacional, mas também campo de todas as interações e partículas passíveis de existir, que se encontra em um estado virtual. Flutuações aleatórias ocorrem a todo momento, provocando o surgimento de pares de partícula e antipartícula que logo se aniquilam. Nos primórdios do Universo, quando a expansão era muito acelerada, esses pares poderiam se afastar antes de se aniquilarem e, então, o Universo ficou lotado de matéria e antimatéria, além dos fótons que eram produzidos pelas aniquilações que haviam. Mas esses fótons quase não podiam caminhar, de modo que todo o Universo era opaco, como o interior de uma estrela. Só quando a expansão atingiu um valor que possibilitou uma temperatura suficientemente baixa (uns três mil kelvins) é que essa troca cessou e os fótons se libertaram, tornando o Universo transparente (uns 380 mil anos após o Big Bang). Então cessaram as aniquilações de matéria e antimatéria, mas houve uma sobra de matéria, devido a uma assimetria na meia vida delas. Como cada par de partícula e antipartícula ao se aniquilar produz dois fótons e o número de fótons existente é um bilhão de vezes maior do que o de partículas materiais, isto significa que essa sobra é de apenas um bilionésimo do total de partículas e antipartículas antes existente. Mas é toda a matéria ordinária que existe hoje.

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domingo, 3 de julho de 2011

O que João Batista viu, foi o futuro, ele não tendo como descrever em palavras usuais em sua época descreveu o que viu em linguagem simples...o que viu e ouviu, e sentiu...os fantasmas são viajantes do tempo, dimensões paralelas, ele viajou no tempo !!!

Quem escreveu o Apocalipse não foi João Batista. Este foi morto por Herodes, a pedido de Salomé. João Evangelista é que escreveu o Apocalipse. E não tem nada de viagem no tempo. É possível se ir mais rapidamente ao futuro do que os outros se se viajar com uma grande velocidade. Mas isto ele não dispunha e nem hoje se dispõe. O problema é que, chegando lá, não se pode voltar para contar a história e ele teria voltado, pois contou a história no passado. Logo não foi a futuro nenhum, além do que sempre se vai ao passo de uma hora por hora. O que ele escreveu é fantasia pura.

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Nos primeiros momentos do Big Bang, tudo o que havia era apenas um intenso campo gravitacional. Portanto fez-se matéria unicamente a partir desse campo. Isto permite concluir que a "matéria prima" ou essência do universo é apenas campo gravitacional?

O campo que existia quando começou o Big Bang não era gravitacional apenas. Era um campo unificado de todas as interações e todas as formas de matéria possíveis, de forma indiferenciada. À medida que a expansão provocou a queda na densidade de energia desse campo as simetrias começaram a ser quebradas, uma por uma, e as interações foram se separando, bem como as quantizações dos constituintes da matéria, isto é, formaram-se os bósons e os férmions primordiais, como os glúons, quarks, fótons, W, Z, elétrons, neutrinos e as outras mais pesadas de meia vida curta. A matéria prima não é o campo gravitacional mas esse campo de tudo.

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Professor, trocar ideia por aqui é muito ruim. Não tens outro lugar na net onde eu tenha mais espaço pra eu escrever?

Vá para o orkut. Lá eu tenho uma comunidade chamada Wolf Edler para discutir qualquer coisa. Minha identidade no orkut também é Wolf Edler.

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O que o senhor acha da aposta de Pascal?

Medrosa e um insulto a Deus, caso exista. Se não se tem nenhuma prova de que Deus existe, mesmo que não se tenha de que não exista, deve-se considerar que não existe. Isto não dá à pessoa o direito de ser um malfeitor. Não é a existência de Deus que faz com que o bem deva ser feito e o mal rejeitado. É o próprio valor do bem. Se uma pessoa acha que Deus não existe e pauta sua vida pela prática do bem, não por medo de Deus, então, mesmo que Deus exista, não há como essa pessoa ser castigada, a não ser que Deus seja injusto. Não é preciso crer em Deus como salvaguarda de uma possível condenação por ateísmo. Isto seria uma atitude mesquinha e traiçoeira, esta sim, passível de punição.

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Eu escrevi um texto a respeito sobre sermos ateus e teístas ao mesmo tempo. Ele tá aqui. Algumas coisas precisam de revisão, admito, mas a mensagem básica ainda é compreensível. http://www.formspring.me/laerciomjr/q/184511232521301858 .

Lí o texto mencionado e comento. Certamente que para se dizer que se crê ou descrê em Deus há que se, primeiro, defini-lo. Cristãos não creem em Brahma, Shiva ou Vishnu. Mas nem o Deus abrahãmico, cultuado pelos judeus, cristãos e muçulmanos é um velho de barbas. Esta imagem é meramente pictórica e vale como forma divina apenas para os incultos (mesmo que sejam maioria). Nenhum teólogo dessas religiões considera que Deus tenha alguma forma, pois se trata de um espírito, mesmo que seja uma pessoa, isto é, que tenha personalidade, uma mente, inteligência, vontade sensibilidade. E, certamente, poder para intervir na natureza à revelia de sua leis. Isto é o que chamo de "mágico". Nesta entidade pessoal eu, absolutamente, não creio (e certamente nem no velho de barbas ou em qualquer outro deus antropomorfizado, zoomorfizado ou astromorfizado, como os do politeísmo greco-romano, germânico, escandinavo, celta, eslavo, egípcio, babilônico, persa, maia, asteca, hinduísta ou outros que tais). São todos invenções dos povos primitivos, mesmo que altamente refinadas e consubstanciadas em um corpo doutrinário tão complexo e sutil como as teologias judaica, cristã ou muçulmana.
E quanto a outra concepção de Deus? Para começar, Deus, se existir, não seria uma abstração, mas uma entidade concreta, no sentido ontológico e não físico do termo, ou seja, cuja existência não depende de mentes que a concebam. Mesmo que seja um ser não pessoal ou, até mesmo, que se confunda com o próprio Universo. Dizer que Deus não seja pessoal é dizer que ele não é um "eu", possuidor de mente e consciência e todas os atributos dessa condição.
Outra noção de Deus advém do honoteísmo hinduísta, que considera Brahman (não confundir com Brahma) como uma realidade tanto imanente quanto transcendente, mas não pessoal, o que leva ao panenteísmo, pois no panteísmo deus é apenas imanente, mas não transcendente. Brahman seria o poder transcedental de propiciar o surgimento, o crescimento e a transformação de tudo o que existe, que, então, passaria a fazer parte de Brahman (imanência). O ser humano teria uma consciência transcendental essencial, atman, que faria parte de Brahman. Nesta concepção, Brahman não seria um "eu", mas, como o conjunto unido de todas as consciências, teria uma consciência. Brahman seria o princípio de todas as leis que regem o funcionamento da natureza. O entendimento do significado de Brahman, para os hinduístas, foge da compreensão humana. Mas, certamente, trata-se de um conceito completamente diferente de Deus. Existiria isto?
No meu entendimento não há, também, como provar que sim ou que não. Apesar de ser mais plausível do que a noção abrahãmica do Deus pessoal, não vejo que seja necessário uma concepção assim para explicar a existência e a evolução do Universo e da vida. Para mim tudo pode ocorrer por conta própria, sem nenhum princípio regente e por mero acaso. Esta é a hipótese nula, isto é, a que se deve admitir como válida se nada houver em contrário. Então, para se considerar a existência de algum princípio transcendental que faz com que tudo ocorra como se dá, haveria que se achar um "diagnóstico diferencial", que indicasse que este seria, realmente, o caso. Ainda não conheço nenhum.
Para terminara quero dizer que essas concepções que defendo, absolutamente, não significam presunção, pretensão ou impaciência. Sou uma pessoa inteiramente aberta a dar o braço a torcer, tão logo seja convencido de meu engano e já fiz isto várias vezes na vida, inclusive quando deixei de ser católico e me tornei ateu. Tenho me dedicado ao estudo de todas as possibilidades, mas não tenho visto argumentos que me tirem do ateísmo. E veja que eu nutro o sincero desejo de estar equivocado. Porém não consigo admitir que a fé, no que quer que seja, possa ser usada como critério de verdade.

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Professor, o que pensa a respeito do conceito junguiano dos arquétipos e egrégoras?

Tenho para mim que o inconsciente coletivo, os arquétipos psicológicos e as egrégoras, simplesmente, não existem. Essas concepções junguianas se fundamentam em uma abordagem, eu diria mesmo, mística, do psiquismo, que não encontra suporte na realidade. Não há como nenhuma ocorrência experimentada pela humanidade, mesmo que ao longo de milhares de anos, possa ser incorporada à carga genética que é transmitida ao recém-nascido. Os instintos são formados, ao longo da cadeia evolutiva, por alterações aleatórias nos genes, que são transmitidas e preservadas pela seleção natural. Nenhuma experiência adquirida em vida é geneticamente transmitida, por mais reforçada que seja. Pode-se cortar a cauda de milhares de gerações de ratos que os novos ratinhos nascerão sempre com cauda. Em suma: não existe inconsciente coletivo. Quanto aos arquétipos, como fazem parte do conceito de inconsciente coletivo, como sendo os padrões de comportamentos a que a pessoa se veria induzida inconscientemente a imitar, não existem como algo inato. Mas tais modelos podem ser inculcados na mente por aprendizado, especialmente se forem associados a situações traumáticas. Finalmente, as egrégoras são noções completamente desprovidas de sentido. Seriam elas uma espécie de espírito coletivo que emergiria de uma coletividade de pessoas, sendo formado pela "energia" que delas emanaria quando reunidas para algum propósito, como os fiéis em uma igreja, os médicos, enfermeiros e doentes em um hospital, os torcedores em um estádio, os sócios de um clube ou coisa semelhante. Ora, isto advém de uma noção errônea do conceito de energia. O máximo que a energia de uma reunião de pessoas pode fazer é aquecer o ambiente. Energia não é uma entidade. O Universo não é feito de matéria e energia e sim de matéria, radiação e campos. Essas é que são entidades e elas podem possuir ou não energia, como um atributo, como massa, carga, localização, extensão, movimento, rotação, vibração ou outros. Não existe "energia pura", que não seja a propriedade de um sistema composto de matéria, radiação ou campos. Quando uma partícula de matéria se aniquila com a sua correspondente de antimatéria, o par não se transforma em energia, mas em fótons, que carreiam a energia correspondente à massa das partículas, de acordo com a equação E=mc² . Não se pode, pois, dizer que um espírito seja feito de energia, nem uma egrégora. A substância de que os espíritos são feitos (caso existam, é claro) seria uma outra espécie de substância, que não matéria nem radiação nem campos de interação. Isto se considerarmos os espíritos como entidades da natureza, como o quer o espiritismo, mas não como o concebem as religiões cristãs e muçulmanas. Ainda não tenho conhecimento de nenhuma comprovação cabal, inequívoca e independente de crença de que existam espíritos de qualquer espécie.

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Professor, o conceito mais sábio de Deus e deuses que eu me referia era o arcano. Só que aqui não tem espaço pra passar as referências pra conhecer esses conceitos...

Pelo que sei, arcanos são as cartas do Tarô. Não sou suficientemente versado em Teosofia, Esoterismo, Cabala, Astrologia, Rosacrucismo e esses assuntos para saber o significado de cada uma. Mas penso que o conceito de Deus seja de algo mais elevado do que as entidades arcanas.

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Os sábios que digo são os iniciados. Os Cultos de Mistério foram a origem das religiões, que mais tarde forma vulgarizadas pelas massas por uma minoria que queria controlá-las. Pq um Deus que não seja o das massas não pode ser Deus? Pq daí seria provável?

Nunca disse que uma concepção diferente da de Deus que o povo possui não possa ser chamada de Deus. Há que se ver que concepção seja esta, para saber se se encaixa naquilo que se exige para que algo seja considerado Deus. E o que é isso? Primeiro que o conceito de Deus se refere a um ser e não a princípios, por exemplo. Esse ser não precisa ser uma pessoa, isto é, pode não ter um psiquismo: mente, consciência, inteligência, vontade, sensibilidade, memória, personalidade, temperamento, caráter e todos os outros atributos psíquicos de um ser que seja uma pessoa, especialmente um "eu". Mas, para ser chamado de Deus, este ser tem que ter poderes de intervir na natureza à revelia de suas leis e promover alterações não naturais. Se não for assim ele é simplesmente um ser da natureza. Ele tem que ser a causa de fenômenos que a natureza, por si mesma, não seja capaz de realizar. Sem isto não é um Deus. Mas não precisa ser um espírito, seja lá o que isto for.

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