Veja isto:
http://wolfedler.blogspot.com/2008/07/homossexualismo-e-poliamor.html
Postagens do pensamento, textos, poemas, fotos, musicas, atividades, comentarios e o que mais for de interesse filosófico, científico, cultural, artístico ou pessoal de Ernesto von Rückert.
sábado, 29 de outubro de 2011
Eu fico triste em saber, Ernesto. Porquê pra mim vc é um ídolo, sempre acreditei nos seus ensinamentos e no seu jeito de vida, então eu percebo, que uns dos bens mais importantes (a felicidade, de acordo com Aristóteles), não parece te beneficiar. cont.
Mais triste fico eu. Agradeço sua preocupação, mas tenho duas alternativas. A primeira é superar, abafando e esquecendo. A segundo é ir à luta e botar tudo para quebrar. Estou muito propício a optar pela segunda, mesmo sabendo do estrago e das ruínas que vão sobrar, inclusive da incerteza de sucesso. Mas acho que a vida tem que ser levada é desse jeito. Se se acomodar muito por causa da paz, do conforto e do sossego, não se faz nada e vive-se amargurado. Antes ser derrotado na luta do que ser escravizado pela paz. Se der tudo errado, azar.
Qual o melhor argumento para quebrar aqueles que insistem que o homem nunca foi para a Lua, que tudo não passou de um embuste dos EUA superar a corrida espacial da Russia ?? tenho alguns amigos bem chatos que insistem ferrozmente contra isso, me ajude!
Os russos já tinham radares capazes de rastrear toda a viagem da nave americana, inclusive seu pouso e a volta até a nave que ficou orbitando a Lua e o retorno dessa à Terra. Se fosse tudo falso eles seriam os primeiros a por a boca no trombone, já que se estava na guerra fria.
Ele não atormenta só o sr. Ele enche o saco de todo mundo no FS. O conselho que dou é não se deixar afetar por um maluco que não tem mais o que fazer. Sua reputação não será destruída por uma pergunta de FS. Boa noite e obrigada. :)
Refleti melhor e resolvi seguir o seu conselho e deixar prá lá acusações falsas de pessoas sem caráter. Simplesmente as apago e bloqueio o autor. Quem me conhece, especialmente em pessoa, sabe que são mentira. Obrigado, caríssima. A propósito, mesmo sem ser o meu estilo, aprecio a sinceridade e objetividade de suas respostas no Formspring.
Olá professor! O senhor concorda que provas são a melhor forma de avaliação (levando em consideração todos os fatores)? Se não, quais seus métodos avaliativos? Se sim, costumava reprovar muitas pessoas em seus cursos?
Quando eu lecionava no Bacharelado de Física da UFV, minha avaliação era passar para os alunos escreverem um capítulo de apostila sobre o assunto, de forma que alguém, lendo, aprendesse. Eles tinham 5 horas para fazer isso e podiam consultar o que quisessem, menos o colega. Eu anotava toda a bibliografia consultada, para ver se não estava havendo simples cópia. Eles tinham que redigir um texto inédito e inventar problemas ilustrativos e resolvê-los de forma explicada, como em um livro. Já que seriam professores e pesquisadores, precisavam saber se comunicar. Naquela época era escrito à mão em papel almaço e gastava umas 25 páginas. E a gente fazia "ensaio de prova", sem valer ponto. Os alunos gostavam do processo e o índice de reprovação, em média, era de apensas 7%.
Veja isto: http://www.ruckert.pro.br/blog/?page_id=2379
A policia não deve prender, reprimir ou incomodar universitários, que estiverem fazendo uso de drogas no âmbito do campus universitário?
Eu considero que não se pode fazer distinção do comportamento da polícia em âmbito nenhum, seja dentro de uma universidade ou de uma igreja (Santo Daime). Mas acho que o consumo de drogas não deva ser motivo para prisão em nenhuma circunstância, mesmo que eu seja totalmente contra esse hábito. Mas se for determinação legal que consumidores sejam presos no ato de consumir, que o sejam em qualquer lugar.
Qual a origem do mito que o universo explodiu? Porque a história ficou tão popular?
Esta história foi inventada por Fred Hoyle, em 1949. Ele não concordava com a teoria de Lemaitre e Friedmann, pois estava propondo a sua do Universo Estacionário, então cunhou esse termo de forma pejorativa, querendo dizer que a expansão teria sido uma explosão. O termo pegou e as pessoas que não são versadas em cosmologia consideram que tenha sido, de fato, uma explosão.
Qual o limite da liberdade de expressão?
Quando ela fere a liberdade ou incita ao crime. Exceto se estiver descrevendo uma ocorrência histórica. Quanto à moralidade é preciso entender que moral é relativa à época, local e estrato social. Assim uma obra de arte pode representar uma situação considerada imoral por um grupo e não por outros. Mesmo a ética, que pretende ser universal, pode ser contrariada numa obra de arte, desde que o teor da obra seja descritivo e não incitativo à conduta anti-ética. Se for este o caso, em minha opinião, a obra não é válida, porque a ética perpassa toda atividade humana. A questão da pornografia, por exemplo, é muito sutil. Primeiro que não é fácil se estabelecer o limite entre o erotismo e a pornografia. E o erotismo é um tema perfeitamente aceitável para uma obra de arte, de qualquer natureza, uma vez que é parte integrante do comportamento humano. E o que seria a pornografia? Um erotismo exacerbado? Dentro de que limites? Para mim não vejo como distinguir e considero que a pornografia possa ser admitida como arte, exceto nos casos mencionados no início. O que se pode fazer é limitar o acesso a certas faixas de idade.
Em tudo, porém, quer na arte quer no jornalismo, há algo que impõe um limite à expressão: a verdade, Dizer deliberadamente mentiras passando-se como verdade é algo que não pode ser permitido. É claro que isto não está incluindo a ficção, em que mentiras são ditas sabendo-se que são mentiras.
Para você, a arte foi deturpada? por quem/pelo quê?
Principalmente por aqueles que viram a arte como instrumento de divulgação ideológica, para o que ela se presta muito bem. Mas a arte só tem valor quando não tem intenção nenhuma além de si mesma. É a "arte pela arte'', que muito ideólogos, especialmente de esquerda, condenam. No entanto e aí que está o seu valor e quem usa a arte para fins não artísticos a está deturpando. De certa forma a propaganda faz isso, mas é a política que mais a usa. Pode-se admitir tal coisa, mas, então, que se saiba bem distinguir o que é arte do que é mensagem extra artística no resultado final. Isto é que pessoas sem treino não conseguem ver e, muitas vezes, depreciam o valor artístico de uma obra em função da mensagem contida, que não concordam. Ou então enaltecem um valor artístico medíocre em função de uma mensagem de que são favoráveis. Isto foi terrível na época do Stalinismo, na Rússia.
Em sua opinião, a economia de uma sociedade deveria girar em torno de qual ideal?
A economia existe para promover o bem estar geral da sociedade. Mas ela foi apropriada por um grupo que passou a usá-la como meio de garantir o seu bem estar em detrimento do bem estar global. Essa inversão de valores é uma das características do atual capitalismo, mesmo que capitalistas garantam que ele é a forma mais eficaz de gerar e distribuir riquezas. Pode ser, mas não do modo como tem sido conduzido, isto é, sob as rédeas de um grupo reduzido de ricos cujo único objetivo é se tornarem cada vez mas ricos e que apenas toleram certa renda para os trabalhadores para que eles consigam trabalhar e para que haja alguém para consumir o resultado das atividades econômicas. Mas isso acontece também no socialismo de estado. Só que o grupo não são os plutocratas, mas os burocratas e os militares que tomaram o poder pela força, massacraram os ricos e agora os substituem no trabalho de explorar o povo. O pior é o que acontece no Brasil, em que os socialistas se uniram aos ricos para explorar o povo. Não é nada disso que tem que acontecer.
Antes que o dinheiro e a propriedade deixem de existir por absoluta falta de necessidade, é preciso que o capital seja pulverizado e distribuído para todos os trabalhadores, que passaram a ser todos patrões, desaparecendo os empregados. Então não haverão mais salários, só lucros. As empresas serão geridas por seus próprios trabalhadores que não mais serão preguiçosos e labutarão para aumentar a eficiência, a eficácia e a lucratividade de suas empresas. Então terão a visão dos dois lados e poderão agir com sabedoria para conduzir a economia para o seu fim fundamental: propiciar a maximização da felicidade para o maior número de seres.
Você não acha que as músicas ditas "românticas" limitaram muito o significado da palavra "romântico"?
Sem dúvida nenhuma. Para o povo menos afeto à cultura, o sentido da palavra "romântico" passou a ser associado a um comportamento meloso, sentimentalóide, frívolo, tíbio, servil, do exato feitio que Nietzsche deplora no cristão em seu Zarathustra, quando fala do "Übermensch". Mesmo não concordando em tudo com ele, deploro essa noção deturpada de romantismo. Romântica é a pessoa de sentimentos, que coloca a emoção no mesmo nível que a razão na tomada de decisões. Mas não que não use a razão nem que só tenha sentimentos frouxos. O romântico, no meu entendimento, é o ser humano completo, com todas as suas faculdades exercidas em plenitude, não sufocando nenhuma. É o homem equilibrado em suas qualidades ditas masculinas e ditas femininas, bem como a mulher. Nem é o homem machão e boçal, nem é o dândi afrescalhado, nem é a mulher dada a crises de histeria, nem é a generala de botas. É a pessoa de grande nobreza de caráter, gentil, cordial, solícito, prestativo, diligente, justo, integro, honesto, culto, educado e também valoroso, corajoso, destemido, firme. Em suma, nem humilde nem soberbo, mas assertivo, com modéstia sincera e sem frescura. Apreciador da beleza e da bondade, geralmente intelectual e erudito, sem ser pedante. Não tem preguiça e arregaça as mangas para ombrear-se a trabalhadores braçais, quando sua ajuda for necessária, É capaz de chorar sem teatralidade vulgar, mas é capaz de conter a dor para prestar assistência e consolo aos mais aflitos ainda. O romantismo revelou grandes artistas em todas as artes, especialmente na música, pintura e literatura. Mas não estou falando de Bruno e Marrone, estou falando de Brahms, Wagner, Goethe, Rachmaninoff, Bouguereau e outros luminares que, infelizmente, a juventude atual nem tem conhecimento da existência.
Para você, qual o papel principal da arte na sociedade contemporânea?
Continua o mesmo que sempre foi. A arte é uma manifestação do engenho e da sensibilidade humanas que, de uma forma inteiramente despida de intenção utilitária, é produzida apenas para o deleite de sua contemplação. É justamente esse aspecto supérfluo que dá à arte o seu valor. É claro que ela pode e deve ser fonte de renda para o artista, mas isso é subsidiário. A arte mostra que o homem é um ser de um nível de consciência bem mais elevado do que o resto dos animais, pois é capaz de fruir um prazer descompromissado com qualquer função utilitária.
Se o universo é infinito, isto significa que ele necessariamente tem que estar expandindo, e, a uma velocidade impossível de ser alcançada, que impede que a sua periferia seja alcançada. Faz sentido esta afirmação?
Sim, em relação a nós haverá um ponto a partir do qual o espaço se alargará mais rapidamente do que a luz possa caminhar através dele. Assim nada se poderá ver daí para a frente. A parte visível é o "Universo Observável" que é um subconjunto do Universo diferente para cada observador. Mesmo que o Universo seja finito, pode haver uma parte inobservável. A união de todos os Universos observáveis, de todos os observadores, será o Universo conectado. Se o Universo for infinito, a velocidade de recessão das partes longínquas tenderá ao infinito. Isto não contraria o principio da relatividade por não se tratar da velocidade do movimento relativo de nenhum sistema substancial mas apenas a velocidade geométrica do alargamento do espaço, sem nada sendo transportado. Seja o Universo finito ou infinito o que ele não possui é periferia. Isto é, não há uma fronteira do Universo a partir da qual não há mais Universo, mesmo que ele seja finito. Se se caminhar sempre para frente, sempre se terá Universo adiante, no caso finito, sendo feita uma circunavegação. Mas não se voltará ao mesmo ponto pois, enquanto isso, o Universo se expandiu.
Ernesto, aquela tristeza que te assolava há algum tempo, passou? Vc está feliz neste momento da sua vida?
De modo nenhum e nem estou vendo perspectiva de melhorar. Apenas mudou de um ataque agudo para um sintoma crônico. Ela advém de minha impotência face à estrutura da sociedade que impede que eu me realize como pessoa integral. A necessidade de sobrevivência material de todas as pessoas envolvidas em minha vida e minhas responsabilidades a esse respeito, a que, de modo nenhum me furto, além das convenções que impõem escolhas interexcludentes que, de forma alguma precisariam ser, não deixam que eu possa me realizar em todos os planos existenciais. Como eu sou uma pessoa que não admito para mim, nenhum comportamento desleal ou que fira a confiança que em mim é depositada, ou que contenha qualquer componente menos ético, vergo-me sob o peso de todas os meus deveres e responsabilidades e deixo minha felicidade para o segundo plano. Daí não conseguir mais estampar em minha face o sorriso que sempre me caracterizou, nem passar o tempo cantarolando óperas, como sempre fiz, nem fazer as brincadeiras de nerd que gostava de fazer com meus colegas. Parece que um espartilho apertou por dentro o meu peito, impedindo meu coração de bater em toda sua pujança, como sempre me foi costumeiro. O que alimenta, ainda, minha vontade de viver é o meu sonho de conseguir deixar para a humanidade uma contribuição para que, justamente, nenhum obstáculo de ordem social ou econômica possa atrapalhar a realização da felicidade de qualquer pessoa. Que o mundo se organize de tal forma que a prioridade seja o bem estar coletivo e de cada um, e não o cumprimento de convenções caducas, tão introjetadas na mente das pessoas que elas consideram que sua desobediência seja uma afronta irreparável aos costumes intocáveis e irrepreensíveis, respaldados pelas sacrossantas normas religiosas que promovem o inferno, em vez do céu, na vida das pessoas. Além das malfadadas futricas das comadres, que parecem ser a baliza ética da conduta social das pessoas de bem. O texto acima está um tanto quanto enigmático, mas é o mais esclarecido que posso externar.
Mesmo sabendo que o Universo sempre existiu, e que não existe alma. Ainda me parece estranho imaginar o mundo antes de que os primeiros seres conscientes habitem nele. Como o senhor vê isso? Acontece isso com você?
Não é provável que o Universo tenha sempre existido. Ele deve ter surgido em um dado momento, certamente muito antes de que houvesse qualquer ser consciente para percebê-lo. Mas não vejo nenhum problema nisso. Aliás a esmagadora maioria de tudo no Universo não está sendo percebida por ninguém atualmente. Seres conscientes são uma fração tão minúscula do conteúdo do Universo que nem precisam ser levados em consideração quando se estuda o Universo como um todo. É claro que são eles que fazem esse estudo, mas o estudo não os inclui. Sua existência (a nossa) é um acidente de extrema raridade. Por isso é que temos que ter um cuidado enorme conosco e com nossa preservação, acabando com esse negócio de guerras e crimes. Porque quando nos matarmos a todos, puff! acabou e nunca vai ter mais. Tudo perdido: o conhecimento, as civilizações, as obras de arte, a beleza, os amores, nada restará. Só se houver outros seres conscientes em outros lugares, mas eles podem ser coisa completamente diferente, com outros valores. Por isso é que se tem que acabar com a ignorância, especialmente religiosa, que é a fonte de todo esse comportamento idiota de conquista e dominação que prejudica a paz e o progresso. Até mesmo o ciúme é fator de deteriorização da humanidade. Os valores a serem cultivados para que consigamos nos preservar e construir um futuro aprazível e decente são a colaboração, a solidariedade, o compartilhamento, a compaixão, a generosidade, a bondade, o amor. Nesse ambiente é que se desenvolverá uma verdadeira civilização, que abolirá o crime, a maldade, a ganância, a preguiça, a cobiça, a corrupção, a mentira e possibilitará que construamos uma humanidade harmônica e fraterna que poderá se espalhar, quem sabe, pelo Universo todo.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Amor perdido
Quando o universo era apenas uma singularidade, não existindo o tempo e nem o espaço, o que poderia ter feito-o "explodir"?
O Universo nunca foi uma singularidade. Isso é só um resultado matemático que resulta de uma extensão das soluções da Relatividade Geral para uma situação em que ela não se aplica. Quando o Universo surgiu ele já surgiu ocupando um espaço e expandindo-se no tempo. Inclusive, se o Universo for infinito, como se considera que seja, ele sempre foi infinito, desde o surgimento. A singularidade cósmica não é física. É só matemática. Não existe nem existiu. Do mesmo modo que a singularidade no interior de um buraco negro. Antes que tivesse surgido o Universo, não havia conteúdo, tempo, espaço nem singularidade. Não havia Universo. Não havia nem "antes". Mas o Universo não "explodiu". O big bang é uma expansão muito rápida do espaço e não uma explosão. Uma explosão é um lançamento de matéria para um espaço circundante. No big bang o conteúdo do Universo não se moveu. O espaço é que inchou, ficando tudo no mesmo lugar. O que deu azo a essa expansão foi o próprio surgimento do Universo que se deu dessa forma, expandindo-se. Tal evento, o primeiro de todos, foi um evento sem causa. Não havia nada precendente que provocasse tal surgimento e nem de que proviesse o conteúdo que se expandiu.
Olá Professor Wolfedler, gostaria de lhe pergunta se sente algum tipo de angustia por não poder acompanhar tudo que acontece no mundo, no que tange os mais variados assuntos da humanidade, como: ciência, artes, política, economia, literatura, etc
Sem dúvida. Meus interesses são múltiplos e gosto de estar inteirado de tudo sobre ciência (matemática, física, biologia, neurociências, geologia, astronomia, cosmologia), filosofia (metafísica, epistemologia, lógica, ética, estética, política, religião), arte (literatura, música, pintura, cinema, escultura) e cultura em geral. Política, economia, negócios, esportes eu tenho pouco interesse. Infelizmente não dá para acompanhar tudo. Prefiro notícias pela internet, pois os jornais da televisão são mais populares e parciais.
Professor, já viu essa argumentação quanto a questão da internacionalização da amazônia: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1200611 ? O que achou?
Bravo! Magnífico! Sensacional! Vivas ao Buarque, em quem votei e em quem votaria se candidato fosse à Presidência.
Qual a sua opinião a respeito das crianças indigo?
Acho que sou uma delas, precocemente nascida há mais de 60 anos. Mas não vejo como uma questão espiritual, São características puramente genéticas que se manifestam em algum tipo de superdotados com uma propensão especial para a sensibilidade ética e artística, além das outras formas de inteligência que o superdotado normalmente possui. Não conheço estudos estatísticos de que a proporção dessas pessoas esteja em crescimento no mundo.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
acredita que o teletransporte será possível com o avanço tecnologico? Ou é mera utopia?
Esta é outra questão dificílima, quase impossível. Para haver teletransporte é necessário decodificar toda a estrutura molecular do corpo, átomo por átomo, em sua posição exata e transmitir essa informação por onda eletromagnética. Mas isso não é nem a décima parte do problema. O mais difícil é conseguir um modo dessa informação proceder a reconstrução do corpo, exatamente igual, com o material disponível no destino, possivelmente tendo que obter várias substâncias lá não existentes a partir das disponíveis, fazer isso tudo ser organizado exatamente como estava antes, sem ter lá um receptor para captar a onda e processar a construção do corpo com o material de lá a partir das informações da onda. E então por para funcionar, pois a vida não é só o corpo fielmente reconstruído, mas funcionando exatamente a partir do pondo em que parou. Só não digo que isso é impossível porque não acho que nada seja impossível. Mas que é mais difícil do que construir uma galáxia isto é.
mas acredita que há vida fora da terra?
Sim. Vida bacteriana pode haver até bastante. Vida evoluída, bem pouco. No nível humano, no máximo nuns três planetas por galáxia e nem em todas. Assim o contato entre eles é praticamente impossível, dada a grande distância. Os chamados "portais do tempo", nos quais uma nave penetra e sai instantaneamente em outro lugar longínquo são mera ficção. Viagens a outras estrelas são algo extremamente difícil, mesmo considerando o máximo progresso tecnológico que se puder conceber.
Ernesto, o medo da morte deve ser vencido ou diminuído?
Deve ser completamente eliminado. O único medo que se pode ter é do sofrimento que pode preceder a morte. A morte propriamente dita não é motivo para se ter medo nenhum, pois se trata, simplesmente da perda total da consciência, que ocorre todo dia quando se dorme ou quando se desmaia ou é anestesiado. Com a única diferença que não tem retorno. Mas, quem morreu nunca vai mais saber de nada a respeito de nada. Não há o que temer.
é possivel, na faculdade, ir muito mal em uma cadeira extremamente fácil e ir super bem em cálculo, que é muito mais difícil? é o que está acontecendo comigo e pareço não acreditar nisso.
Sim, é claro. Trata-se de uma questão de falta de afinidade com a matéria que pode ser resolvida facilmente dedicando-se com mais afinco a seu estudo, mesmo a contragosto. É só um problema de força de vontade, persistência e obstinação. Procure ler a respeito do assunto, mesmo que não seja o que vai ser exigido nas avaliações para tomar gosto pela matéria. Só se aprende para valer aquilo que se tem prazer em estudar e se estuda porque se quer e não porque se tem. Já que se tem que aprender a matéria, passe a gostar dela.
Me fale sobre os buracos negros... Oque são? Onde se encontram? Como são? Já chegaram a fazer algumas experiencias envolvendo os mesmos?
São estrelas que, ao fim de seu ciclo evolutivo, devido a sua grande massa, quando o combustível nuclear se esgotou e a pressão da radiação produzida pela reação de fusão não foi mais capaz de conter a pressão gravitacional, seu núcleo colapsou-se a um tamanho menor do que o raio de Schwarzschild, para o qual a velocidade de escape é a velocidade da luz. Então todo o conteúdo foi condensado em um caroço de altíssima densidade, provavelmente constituído de um único hiper-hiperon de massa igual à do caroço da estrela toda. A região entre esse caroço e o raio de Schwarzschild é o interior do buraco negro, de onde nada pode escapar, nem a luz. Encontram-se espalhados por todas as galáxias, especialmente na região de seus núcleos galáticos. Sua detecção é feita quando possuem uma estrela companheira, cuja matéria vai sendo sorvida espiralando para o buraco negro e, nesse processo, emite uma radiação característica que permite o fornecimento de muitas informações sobre ele.
Existe alguma possibilidade de neutrinos aquecerem algo ou é mera ficção?
Pelo que me consta não, pois os neutrinos possuem uma interação quase desprezível com a matéria. Sua detecção é feita por vários métodos usando enormes recipientes de água ou água pesada, no interior de minas profundas, com detectores de radiação Cherenkov ou de cintilação, ou ainda de traços de reações químicas. Para um apanhado leia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Neutrino_detector
Doce Sonho
Vc sabe de algum livro que proponha vários breves e distinos temas para reflexões filosóficas?
Leia "O Mundo de Sophia". Ótimo para iniciantes. Depois leia "Filosofia", de Stephen Law e, finalmente, "Convite à Filosofia" de Marilena Chauí. Para começar.
Qual sua opinião sobre o sujeito que afirma ser o maior filosofo do brasil, Olavo de Carvalho, que fez esse vídeo falando sobre ateísmo ser uma ideologia assassina: http://www.youtube.com/watch?v=pPEGIPJEopQ
Só se for em estatura física. Além do mais não tem compostura e é desbocado. O problema do Olavo é como o de Tomás de Aquino. Ele parte do pressuposto de que a doutrina católica seja verdadeira e busca meios de corroborá-la. O ateísmo não prega assassinado nenhum. Os comunistas é que mataram muita gente, mas não só porque eram religiosas, por outras razões também. Da mesma forma que quase todas as religiões condenam o homicídio mas matam. Ainda vou fazer esse levantamento das chacinas, pois estou curioso. Depois publico aqui. O ateísmo é pacífico. Não tem inquisição, não obriga ninguém a ser ateu, não faz cruzadas. No máximo, de vez em quando, faz um debochezinho dos crentes (o que não concordo). É tolerante com todas as crenças, menos com a ignorância. O mundo seria muito mais feliz se todos fossem ateus, isso seria. Se pessoas matarem em nome do ateismo faz dele uma ideologia assassina, então as religiões também são, pois muito se matou em nome delas.
Prof, pode me ajudar por favor? As lâmpadas de um escritório têm funcionamento independente umas das outras. Se há três lâmpadas e, se suas respectivas probabilidades de falha são 2%, 0,5% e 7% em determinado período de tempo, calcule as probabilidades...
(continuação da pergunta) (a) de todas falharem no mesmo período de tempo. e (b) de nenhuma falhar nesse período de tempo. Tenho dúvidas quanto a formulação e resultado destas questões, tive problemas. Muito Obrigado Ernesto.
Resposta: Seja T o tempo em que a probabilidade foi definida.
Pa(T) = 0,02; Pb(T) = 0,005 e Pc(T) = 0,07.
Pabc(T) = Pa(T) * Pb(T) * Pc(T) = 0.02 * 0,005 * 0,07 = 0,000007
P¬a(T) = 1 - 0,02 = 0,98
P¬b(T) = 1 - 0.005 = 0,995
P¬c(T) = 1 - 0,07 = 0,93
P¬a¬b¬c(T) = 0,98 * 0,995 * 0,93 = 0,906843.
Edler, sobre tua última resposta... E o modelo de Penrose-Hameroff?
Ainda estou para estudá-lo em abrangência e profundidade para poder emitir um parecer. Coletei vários artigos a respeito e montei uma apostila, mas ainda não tive oportunidade de iniciar o estudo. Penrose é um cientista sério e eu já estudei vários artigos e livros dele sobre cosmologia. Mas cientistas sérios também se enganam, a começar pelo próprio Einstein, passando pelo Bohm, Wigner, Everett, Hoyle e outros, sem contar os picaretas, como Fritjof Capra, Amit Goswami, Deepak Chopra. Nadeau, Kafatos, Talbot, James Gardner e outros. Também não confio muito nas propostas de Smolin, Deutsch, Arp, Magueijo, Greene e Kaku. As próprias propostas de Pinker, Skinner e Dennett eu tenho minhas ressalvas. Gostei dos livros do Damásio, Searle e do Steven Rose. Estou para ler o Maturana. Mas tenho a mente aberta para todas as possibilidades e as estudo. Voltarei a comentar sobre isso dentro de algumas semanas, depois que ler a papelada toda. Meu problema é tempo, mesmo dormindo pouco e não vendo televisão, ainda trabalho umas 10 horas por dia e, agora, dei para ficar escrevendo na internet. Cada época eu me dedico a estudar alguma coisa e leio de tudo a respeito. Atualmente estou estudando relacionamentos amorosos e comportamento sexual. Há uns meses atrás estava estudando neurociências e antes história da pintura. Não consigo me fixar em um único assunto. Mas minha área de especialização é cosmologia.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Mas talvez eu não tenha deixado minha dúvida clara: o fato não é que o cérebro é um ente material, e sim que seu comportamento pode ser previsto por leis naturais. Sendo assim, a minha dúvida é se isso implica que está tudo determinado. Continua.
(continuação da pergunta) Porque ainda que opere o princípio da Incerteza, isso só trocaria a escolha e o livre arbítrio por golpes de sorte e acaso. Ou seja, ou seríamos máquinas pré-programadas a responder estímulos externos, ou agiriamos de maneira aleatória.
Resposta:
O cérebro não é só material. Ele é natural, mas, além da matéria contém campos de interações (talvez mais relevantes para o seu funcionamento do que a matéria), além da estrutura e da dinâmica. E contém a mente que é uma ocorrência advinda da composição, estrutura e fucionamento do cérebro. Muito bem. Isso não implica na dicotomia que você falou: determinismo versus aleatoriedade total. Porque os eventos mentais são complexíssimos. Esta é a questão que dá a resposta: a complexidade. Um cérebro simples seria ou deterministico ou aleatório. Um complexo não. Quanto mais complexo maior a margem de liberdade decisória. Um sistema complexo, mesmo que seja constituido por células elementares probabilísticas, no conjunto, quando se considera um evento que é uma cadeia de inúmeros eventos elementares, as próprias probabilidades tendem a se centrar em certos valores. E esses valores dependem das entradas que são colocadas e de suas probabilidades. Vou elaborar um exemplo com um circuito elétrico só com meia dúzia de células elementares (neurônios) para você ver o que acontece. E no cérebro tem trilhões de neurônios. O livre arbítrio tem sua origem no princípio da incerteza de Heisemberg, com a liberdade de decisão e o não determinismo garantidos pela complexidade do cérebro. Voltarei ao assunto. Agora tenho que sair.
Qual sua opinião sobre o sujeito que afirma ser o maior filosofo do brasil, Olavo de Carvalho, que fez esse vídeo falando sobre ateísmo ser uma ideologia assassina: http://www.youtube.com/watch?v=pPEGIPJEopQ
Só se for em estatura física. Além do mais não tem compostura e é desbocado. O problema do Olavo é como o de Tomás de Aquino. Ele parte do pressuposto de que a doutrina católica seja verdadeira e busca meios de corroborá-la. O ateísmo não prega assassinado nenhum. Os comunistas é que mataram muita gente, mas não só porque eram religiosas, por outras razões também. Da mesma forma que quase todas as religiões condenam o homicídio mas matam. Ainda vou fazer esse levantamento das chacinas, pois estou curioso. Depois publico aqui. O ateísmo é pacífico. Não tem inquisição, não obriga ninguém a ser ateu, não faz cruzadas. No máximo, de vez em quando, faz um debochezinho dos crentes (o que não concordo). É tolerante com todas as crenças, menos com a ignorância. O mundo seria muito mais feliz se todos fossem ateus, isso seria. Se pessoas matarem em nome do ateismo faz dele uma ideologia assassina, então as religiões também são, pois muito se matou em nome delas.
Ernesto, o senhor incomodaria-se de falar mais a respeito do seu grande amor? Quem o que ele(a) é? O que aconteceu para esse atual arrependimento?
Nossa existência é uma preciosidade imensa face sua altíssima raridade. Não há como desperdiçar a vida com preocupações menores. De tudo o que a vida oferece, uma vez garantida a sobrevivência, é o amor o que mais significância pode ter e a mais gratificante atividade a que pode se dedicar. Assim, encontrar uma pessoa com a qual se possa viver em plenitude esse complexo de fatos que é o amor é mais valioso do que ser sorteado na loteria, tal o número e a complexidade dos fatores envolvidos. A vida toda é uma busca pela realização plena da existência, em que o amor desempenha o papel mais destacado. Como heterossexual, para mim, o maior presente que a vida pode dar é encontrar a mulher ideal, segundo a concepção de Aristófanes, a metade "Gynos" que completa a metade "Andros" do ser Androgyno primitivo cuja partição deu origem, mitologicamente, à humanidade heterossexual.
E que característica teria essa pessoa? O fato de ser do outro sexo já é diferença bastante para garantir a atração dos opostos. No restante, isto é, na personalidade, temperamento, caráter, preferências, ideologia, cosmovisão, ideais e outros aspectos, cada metade do mesmo original é a mais próxima possível da outra. A vida toda busquei essa pessoa e, nos amores que tive, nunca a encontrei. Mas tive poucos amores, pois não sou volúvel e quando estou amando dispo-me de toda prudência e dedico-me ao amor por completo, sem restrições. Mesmo admitindo o poliamorismo, nunca o pratiquei e nunca fui infiel a nenhum dos meus amores. Há tempos atrás conheci, virtualmente, a pessoa que entrava em sintonia com todo o meu modo de pensar e conceber a vida e o mundo, além de minhas preferências artísticas, científicas, políticas e filosóficas. Com o adicional de ser também uma mulher lindíssima, charmosíssima, sensualíssima, educadíssima, cultíssima. Tornei-me um grande amigo dela e nossa troca de mensagens virtuais se tornou motivo de grande alegria para nós. Até que um dia reconhecemos que nos amávamos, de uma forma platônica, certamente. Cada um de nós tínhamos outros relacionamentos a quem também amávamos e amamos. Esses relacionamentos são importantes em nossas vidas e se vinculam a vários outros fatores e amarrações extra-amorosas. Além do mais não possuem a abertura mental de admitir essa multiplicidade, mesmo que platônica. Esse é o grande problema das estruturas sociais estabelecidas, que vinculam todos os aspectos da vida a uma única relação: sexuais, afetivos, econômicos, familiares, sociais e tudo o mais. Resultado: o que poderia ter sido uma realização existencial maravilhosa não aconteceu e até a amizade mais pura e intensa que experimentei na vida feneceu. O que me resta? Veja as poesias que escrevi:
http://www.ruckert.pro.br/blog/?p=4349 ;
http://www.ruckert.pro.br/blog/?p=4355 ;
http://www.ruckert.pro.br/blog/?p=4382 ;
http://www.ruckert.pro.br/blog/?p=4387 .
A racionalidade seria apenas um repertório de comportamentos a partir do qual organismos/dispositivos adquiririam a possibilidade de variar o curso de suas ações diante de diferentes situações? (flexibilidade)
Não. Dispositivos podem ter comportamentos disponíveis variados e optar por eles sem racionalidade nenhuma. Mesmo seres humanos. Racionalidade requer flexibilidade para se expressar, mas vai muito além. Racionalidade é a capacidade de decisão ponderada, isto é, baseada no exame dos prós e contras das várias opções, feito de uma forma que o cérebro faz projeções de consequências futuras de cada caso e analisa seu caráter bom ou mau para o próprio agente, mas também para a coletividade, momento em que as noções éticas se manifestam. Racionalidade é um encaminhamento de juízos, cada qual com sua conseqüência que é o alimento (imput) de um novo juizo. Tal cadeia é, justamente, um "raciocínio", que é a essência da racionalidade. Um raciocínio é uma teia de juizos elementares que conduzirão a uma proposta de decisão a ser tomada levando em conta os aspectos emocionais, éticos, estéticos e os sentimentos envolvidos. É algo de extrema complexidade mental e, certamente, não é "apenas" coisa nenhuma, mas um processo que envolve muitas atividades psíquicas. Note-se que, ao fim do processo, não é apenas a racionalidade que deve ser levada em conta para a decisão. Nem sempre uma decisão racional é a melhor. A melhor decisão é aquela que maximizará a felicidade do maior número de seres. A razão é um ótimo recurso para buscar a melhor decisão, mas não é o único que deve ser considerado. Sentimentos e emoções também precisam ser levados em conta. E, por último, quero falar da "intuição", que nada mais é do que um tipos de raciocínio procedido pelo cérebro de forma inconsciente, mas que pondera todas as vivências do indivíduo em termos do que elas já lhe propiciaram de satisfação e felicidade. Ao se debruçar prolongada e intensamente na consideração de um problema, o cérebro, captura para o inconsciente a questão e trabalha nela até que encontre uma proposta que, então, envia à consciência e a pessoa tem a "intuição".
A Filosofia nos mostra que raramente podemos ter certeza absoluta de alguma coisa. Sendo Deus onisciente, como ele poderia ultrapassar todas as barreiras epistemológicas que as demais mentes possuem? Como Deus sabe que não há um ser mais poderoso que ele?
A existência de um ser onisciente é contraditória com outros atributos que se considera em Deus. Não é possível haver tal tipo de ser. Se se define Deus com todos os atributos de onipotência, onisciência, benevolência e tudo o mais, chega-se a um conceito impossível de ser realizado. A haver algum deus, ele não poderá ser assim. O mais razoável é considerar que não existe deus nenhum.
Existe energia no vácuo? E em caso afirmativo, de onde vem essa energia? E ela possui alguma relação com a conservação de massa - energia ou ela contraria essa lei de certo modo? Sempre quis entender isso.
Sim, por dois motivos. Primeiro que o vácuo e um espaço completamente permeado de radiação que o atravessa para todos os lados. E radiação contém energia em seus fótons. Segundo que o vácuo é totalmente preenchido por campos estáticos de várias modalidades, dos quais sobressai o campo da matéria, do qual podem eclodir pares de partícula e antipartícula, cuja massa tem origem na energia armazenada nesse campo. Mas podem haver campos elétricos e magnéticos estáticos também, que têm energia. A energia do vácuo, que é um espaço não preenchido por matéria, provém dos campos que o preenchem. O que não existe no Universo é espaço vazio, sem matéria nem campos nem radiação. Todo espaço existente é preenchido por algo. Ou então não tem nem o espaço, e, daí, não tem nada. Note que "nada" não é algo que possua alguma propriedade. Nada não existe, isto é, não existe "o nada". Simplesmente não existe nada. Nem espaço vazio. Ao se afastar a matéria para que surja o vácuo, automaticamente o espaço fica preenchido pelo campo da matéria que permeia tudo, além de outros possíveis campos, todos com conteúdo energético na forma potencial.
Apenas um questionamento, Sr. A fidelidade, exclusividade e lealdade não realçam o amor? O poliamorismo não faz-se perder tais características?
Fidelidade e lealdade são qualidades nobres e requisitos essenciais para que um relacionamento amoroso possa ser construído sobre bases sólidas. Exclusividade não. Os conceitos são muito diferentes. Ser fiel e leal significa que se tem um compromisso de sempre agir com o conhecimento e o consentimento do parceiro da relação. Exclusividade significa que só se relaciona amorosamente com aquela única pessoa. Pode-se perfeitamente não se relacionar exclusivamente com uma única pessoa sem deixar de ser leal e fiel, desde que esse outro relacionamento seja conhecido e consentido. Isso é que é poliamorismo. Relacionamentos múltiplos conhecidos e consentidos, por todos os envolvidos, que, inclusive, podem ser muito bons amigos. Tantos os maridos (ou namorados) da mulher quanto as mulheres (ou namoradas) do homem. Note que não estou preconizando que se aja dessa maneira, mas sim considerando que esta seja uma situação possível, caso aconteça de alguém se apaixonar por mais de uma outra pessoa. É uma forma de relacionamento madura, honesta, decente, sem possessividade, sem ciúme, mas com compromisso de dedicação, cuidado, afeto, doação, interesse, companheirismo e tudo o que faz um relacionamento monogâmico gratificante e significativo, só que dirigido a mais de uma outra pessoa. De forma completamente tranquila e sem nenhuma conotação de libertinagem ou devassidão.
Outra coisa que também não compromete a lealdade e a fidelidade é um acordo que pode haver entre o casal, de que cada membro possa ter relacionamentos puramente sexuais, sem envolvimento amoroso, com quem quiser, sem necessidade de dar conhecimento. Isto é, cada um concede ao outro a liberdade de transar com quem quiser, sem compromisso nenhum. É outra situação que pode existir num relacionamento livre e aberto. Mas que tem que ser estabelecida previamente como uma possibilidade. Isto não compromete, em absoluto, a firmeza da relação e é muito mais honesto do que as escapadas escondidas que muitos que defendem a monogamia praticam. Poliamorismo é um comportamento muito mais digno e nobre do que uma monogamia hipócrita, burlada a todo momento pelos envolvidos. A sociedade precisa admitir isso como uma coisa normal e legítima. Se as religiões não admitem, que se descartem as opiniões das religiões. O poliamorismo não faz perder a intensidade do amor que se tem por cada pessoa e nenhuma outra característica, exceto as nocivas, como o ciúme e a possessividade. Em um relacionamento erótico-romântico cada um dos envolvidos tem que ser uma pessoa completamente livre e independente, que não dependa da outra para nada (especialmente financeiramente) de modo que a relação só existe pela satisfação, prazer e felicidade mútua que propicia, além do apoio psicológico, logístico e até, material que pode propiciar, desde que não seja uma dependência irremovível.
Sim, eu não precisava divulgar. Peço desculpas por isso. Como disse, achei que estava ajudando e não atrapalhando.
Desculpas aceitas e obrigado pela outra informação.
Quem te acusa é um fake, não eu. Fiz uma piada em cima da acusação. Não acho que o sr. seja nada daquilo que ele disse. Se quer "justiça", vá atrás do fake. Não tenho culpa se fazem piada com seu nome por aí. Abraços.
Esse rapaz (ou velho, não sei) já me fez muitas perguntas que respondi com paciência até que a perdi e o bloquei. Mas ele surge em outros perfis. É uma pessoa inteligente, mas não compartilho das idéias dele, de modo que o debate com ele é muito desgastante. Preciso dormir, pois acordo cedo para trabalhar. Boa noite.
E outra, o sr. deu a ideia de que EU o acusei dessas baixarias. Acho que mereço uma retratação, já que o sr. preza tanto a justiça.
OK, Mudra. Fica aqui expressa minha retratação de que a acusação não é sua mas do Hans. Mas eu acho que você não precisava ter dado divulgação.
Apaguei porque vi que o sr. ficou ofendido. De qualquer forma, me desculpe por publicar. Achei que estava ajudando e não atrapalhando.
Fazer uma acusação falsa de tal gravidade certamente é motivo de se sentir ofendido. Sou um filósofo e defendo o poliamorismo, mesmo que não o pratique, como o comportamento mais adequado para a maximização da felicidade. Nem tampouco o preconizo, mas o admito e considero muito mais decente do que a manutenção de amantes que algumas pessoas usam fazer. Se amar é algo que não se pode evitar, porque não realizar todo amor que aparecer?
O autor das coisas ditas sobre o sr: http://www.formspring.me/hanselcrazy88 Boa sorte.
Agora que você apagou a postagem não há como eu denunciá-lo. De qualquer forma, obrigado pela indicação.
O que me diz disto: www.formspring.me/mudra/q/252960358648518198
Vou tomar providências contra essa mudra por difamação de minha pessoa. Primeiro que o fato de eu defender o poliamorismo como uma possibilidade de vida capaz de propiciar a maximização da felicidade das pessoas não significa que eu o preconize nem que o adote, como, de fato, não adoto e isto pode ser testemunhado por todas as pessoas que me conhecem pessoalmente. Segundo que a acusação de pedófilo, além de falsa, é gravíssima, além das outras condições mencionadas que são inteiramente falsas, como também pode ser testemunhado por quem me conhece pessoalmente. Estou avisando que tomarei providências. Sou uma pessoa conhecida por minha conduta ética muito exigente e por minha dedicação ao trabalho e a todas as causas que abraço, especialmente o ateísmo e o anarquismo, além da educação. Faço isso porque estou firmemente convencido da enorme vantagem para o bem das pessoas e do mundo. Quem quiser ter um conhecimento maior de minha pessoa, com base não no que digo, mas no que dizem de mim, pode entrar em contato com o Colégio em que sou o Vice-Diretor, pelo site www.anglovicosa.com.br, que tem o endereço e o telefone. Além do mais a maioria dos meus amigos do Facebook e do Orkut (vejam no meu site www.ruckert.pro.br) são conhecidos pessoais e podem testemunhar a meu favor.
Do que você se arrepende?
De não ter cuidado mais da minha saúde e de minha aptidão física. De não ter ido fazer meu mestrado na Inglaterra, De não ter feito doutorado em Filosofia da CIência, Do meu primeiro casamento. De ter aceitado cargos administrativos na Universidade em vez de ter me dedicado só ao Ensino e à Pesquisa, De não ter me metido na política para acabar com essa bandalheira. De não ter me tornado ateu e anarquista mais jovem ainda. De não ter rompido com as convenções sociais desde cedo e vivido todos os (poucos, mas intensos) amores de minha vida sem me importar com as críticas dos hipócritas. De não ter me tornado um despossuído (sem bens materiais) desde a juventude. De já não ter criado uma biblioteca e um centro de estudos céticos, anarquistas, ateístas e poliamoristas há tempos. De não ter me dedicado mais a trabalhos humanistas seculares de resgate da ignorância do povo. De não ter empreendido trabalhos de comunitarização das pessoas para se livrarem da tutela do estado e da dependência do mercado para sobreviverem. De não ter já escrito uma porção de livros de ensaios sobre esses assuntos. De não ter escrito muito mais poesias e composto mais músicas. De não ter pintado mais quadros para expô-los ao povo para que apreciem a arte ao vivo e de graça. De não ter dado muito mais abraços e beijos. De não ter feito muito mais palestras de graça para incentivar as pessoas a filosofar, a ficarem mais inteligentes e a largarem suas religiões e se dedicarem ao bem da humanidade de modo secular. De não ter mandado tudo às favas e saído correndo para conquistar o grande amor da minha vida.
Gosta de fantasia, em livros ou filmes? Se sim, o que mais gosta nesse gênero?
Gosto muito, tanto de fantasia quanto de ficção científica e já li muitos livros e assisti a vários filmes. O que não gosto é de carnificinas. Gosto especialmente de histórias que abordem estruturas sociais, modos de vida, concepções políticas, filosóficas, econômicas, tecnológicas, científicas, estéticas e até éticas completamente diferentes. E gosto do aspecto poético, do devaneio, da utopia, que os grandes autores conseguem colocar em suas obras. Meus preferidos são Arthur Clarke, Isaac Asimov, Ray Bradbury, Júlio Verne, Frank Herbert, Doris Lessing, Ursula LeGuin, Marion Zimmer Bradley, Arthur Conan Doyle, Robert Heinlein, Ron Hubbard, Aldous Huxley, C. S. Lewis, Stanislaw Lem, George Orwell, Edgar Allan Poe, Carl Sagan, Jonathan Swift, A. van Vogt, Ian Wallace, H. G. Wells, Tolkien.
Mas os teístas rapidamente dirão que deus é atemporal, não é físico e está no plano metafísico, no qual a ciência n pode verificar. Honestidade passa longe não é?
Metafísico não significa sobrenatural, mas apenas que não se refere a entidades objetivas, mas às abstrações. Se Deus e espíritos, como anjos, demônios, almas e outros seres espirituais existirem eles não seriam abstrações, mas realidades objetivas, fora das mentes. Só não pertenceriam à natureza física, estando colocados em um tipo de realidade denominada sobrenatural. O problema com a existência desse tipo de realidade é que ela interagiria com a realidade natural e, assim o fazendo, participaria das ocorrências da natureza, do modo como se dão. Por exemplo, como algo seria capaz de exercer força sobre um sistema natural sem receber a reação por parte dele? E se um fenômeno natural for provocado por um agente sobrenatural, como esse fenômeno decorre no tempo, o agente sobrenatural também estaria sujeito à passagem do tempo. De fato, a existência de uma realidade objetiva (não metafísica) paralela à realidade natural envolve uma serie de paradoxos incontornáveis, o que leva a considerar a total improcedência da existência de um tal tipo de coisa. De fato, qualquer pessoa que se dedique a estudar com profundidade física e filosofia (e biologia, é bom também) não consegue admitir a possibilidade da existência do sobrenatural, tal o número de problemas que ele suscita.
Profesor, tenho um trabalho sobre a cris econômica mundial e não sei por onde começar. O senhor poderia me passar boas matérias ou sites para pesquisa? Grata, desde já.
Infelizmente economia é uma das áreas a que não me dedico a estudar, ao lado de finanças, administração, política, direito, contabilidade e temas correlatos. Meu interesse por economia e política é num nível puramente filosófico. Realmente não tenho condições de te ajudar nesse aspecto.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
O que é algo atemporal? E faria sentido dizer que existe um criador atemporal?
Um ser seria atemporal se ele existisse sem estar mergulhado no fluxo do tempo. Note que isto é muito diferente de ser eterno. Eterno é aquilo que existe ilimitadamente ao longo do tempo, que também teria que ser ilimitado. Atemporal não existe dentro do tempo. As entidades físicas não podem ser atemporais, pois, estando no espaço e o espaço fluindo no tempo com todo o Universo, tal ser necessariamente existirá ao longo do tempo. Em verdade um ser não é aquilo que é, mas aquilo que está sendo, no fluxo do tempo. Para existir fora do tempo também não pode existir no espaço. Todavia, mesmo o que não existe no espaço, como as abstrações, conceitos e idéias, existem no tempo ao longo do qual são pensadas, pois só existem enquanto concebidas por mentes que as mantêm capturadas pela consciência durante um tempo em que os circuitos neurais delas se ocupam. Para que algo exista fora do tempo seria preciso que o próprio tempo cessasse o seu fluxo. Isto poderia acontecer, uma vez que o fluxo do tempo decorre das alterações do estado global do Universo. Se tal estado se estabilizar, como poderá ocorrer na "morte térmica", não haverá mais fluxo de tempo, mesmo que continue a haver espaço. Mas isto só pode ocorrer globalmente, no Universo inteiro. Então todos os sistemas estarão em seu nível mais baixo de energia e a entropia terá atingido seu máximo valor, tendo cessado a expansão cósmica. Nada ocorrendo, não há tempo.
E esse tal de criador? O que seria isso? Há grandes incoerências nesse conceito. Se ele atuou para fazer o surgimento do Universo a partir de nada, não poderia fazer parte do Universo. Mas se o Universo é o conjunto de tudo, não há o que não faça parte dele. E se ele faz parte do Universo, o Universo já existia, ele apenas o transformou. Isso é como o panteísmo: uma possibilidade. A questão é que chamar de Deus o Universo implica em atribuir a ele uma mente com inteligência, vontade e sensibilidade. Não se observam tais coisas no Universo, que age às cegas, pelas injunções e coincidências que afluem para um mesmo evento em cada lugar. Assim é o modo como o Universo evolve. Nada de planos nem de propósitos, nem de motivos. Em suma, a suposição de um criador é muito mais problemática e complicada de ser aceita do que a de um surgimento meramente aleatório.
Quando questiono teistas sobre paradoxos sobre a onipotência de deus, como "Deus pode criar uma pedra que não possa levantar" eles na maioria das vezes alegam que deus se encontra em um plano acima da lógica humana, que acha desse argumento? é honesto?
Claro que não. É um modo de fugir da discussão dizendo que o assunto é indiscutível. E a lógica, apesar de ser um construto humano, como toda a ciência, fundamenta-se no comportamento da natureza, e, inclusive, vai sendo modificada à medida que novos conhecimentos são introduzidos. O conceito de Deus ou de qualquer ser onipotente envolve paradoxos e contradições incontornáveis. É impossível haver um ser assim. Além dessas contradições ontológicas, outras características atribuídas a Deus conflitam com a realidade óbvia do Universo. Por exemplo a bondade e a perfeição. A quantidade de maldade e de imperfeições existentes no Universo derrubam sem a menor piedade essas noções. Mesmo que não provem a inexistência de Deus, garantem que, se existir, ele é um sujeito sumamente incompetente e perverso.
"Why is it that when a black man shaves his head he looks like a super hero, but when a white man does it he looks like a serial killer?" —Chris Rock
Não acho que Yul Brinner ou Telly Savalas pareçam serial killers.
Sou ateu. Uma questão que me veio a mente p perguntar aos teístas. Deus estudou física quântica, relatividade, gravidade, eletromagnetismo, forças nucleares? Como ele aprendeu isso e colocou em prática? Teve treino, professor? Como funcionaria isso?
Se Deus existisse, certamente ele teria ciência de tudo sem precisar estudar nada. Toda ciência é uma descrição humana do comportamento da natureza ou da sociedade. Todavia esse comportamento dá-se por si mesmo, independentemente da ciência. Assim Deus teria a noção do funcionamento do mundo direta, sem necessidade de descrição nenhuma. Além do mais, como teria sido ele que fez tudo o que existe, já o fez funcionando do modo que funciona, portanto saberia como é. O único problema a respeito é, simplesmente, que Deus não existe.
Considerando que o ser humano tenha 6000 anos de existência e todos os mortos de todas as gerações e todos os povos ressucitássem ao mesmo tempo, para o julgamento, qual seria a estimativa da pessoas para julgar? Caberia todo mundo na terra?
O ser humano não tem 6.000 anos, mas 200.000 anos. Ao que se pensa, apenas um vigésimo dos que já nasceram ainda não morreram, logo teriam nascido 140 bilhões de humanos nesse tempo. É interessante que isto indica que temos a probabilidade de um vigésimo de sermos imortais, pois só podemos dizer que todo homem é mortal depois que todos estiverem mortos. Como um vigésimo dos que nasceram ainda não morreram...
Instinto e o Querer, se diferem?
Claro, e muito. Instinto é um procedimento programado previamente no cérebro para conduzir ações que correspondam a algum comportamento essencial para a sobrevivência do indivíduo e da espécie, que não possam depender de um processo de aprendizagem. Assim os processos de respiração, sucção do leite, digestão, choro e outros similares são instintivos. Muitos processos que em outros animais são instintivos, no homem são aprendidos, como o controle dos esfincteres para urinar e defecar, a locomoção, a busca de alimento, a conquista do par sexual, o coito e vários outros. O querer é um processo elaborado que envolve uma sequência de fatos inconscientes e conscientes. Mas inconsciente não é necessariamente instintivo. O querer brota do desejo, este de origem inconsciente, suscitado por algum estimulo sensorial. Levado à consciência o desejo pode ser rejeitado ou assumido como um querer, que é um desejo consentido conscientemente. Esse querer não é nada instintivo. É uma decisão pautada pela vivência do indivíduo. Do querer pode-se passar a uma vontade, que já é uma decisão de agir e, então, para a ação (que pode ser abortada pelo censor interno que avalia as consequências favoráveis e desfavoráveis do ato). Isso não é, absolutamente, instintivo.
ola, estou fazendo um trabalho de astronomia/astrofisica e gostaria de saber uma situaçao problema comum no dia a dia de um astronomo.
Não sou astrônomo profissional, mas um físico que se interessa por astronomia. Um astronomo pode ser observacional ou teórico. O observacional trabalha com telescópios e, principalmente, com a análise dos dados obtidos por eles, para tirar várias conclusões, sobre composição, evolução e movimento de planetas, estrelas, nebulosas, galáxias e qualquer objeto cósmico. Os teóricos formulam e resolvem equações que preveem o comportamento desses objetos e as testam comparando com os resultados observados. Caso confirmadas elas podem fazer previsões além do alcance dos valores observados. Além dos astrônomos e astrofísicos, há os cosmologistas, que é o meu caso (sou teórico) que estudam a origem, a estrutura, o comportamento e a evolução do Universo como um todo, também por meio de equações que são comparadas com dados fornecidos pelas observações. Todos eles mantêm uma grande interação com os físicos, especialmente nucleares, de partículas elementares e de teorias de campo.
Fale-me sobre o Budismo e como se deu sua propagação... Obrigada (:
É muita coisa para uma resposta aqui. Vou te passar umas referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Budismo
http://www.sepoangol.org/buda.htm
Suponha que vivessemos em um mundo que não fosse perfeito, o que isso poderia provar? Provaria que houve um design estupido (um projetista estupido), ou que não houve design (não houve projetista)?
Nós vivemos exatamente em um mundo completamente imperfeito. Se fosse perfeito não haveria doenças, desastres, catástrofes, feiura, maldade, e uma porção de coisas ruins. Se por acaso foi um deus quem fez isto, então ele é tremendamente incompetente. Mas isto não prova nem disprova que houve um projetista. Pode ter havido um projetista incompetente mesmo. Mas o mais provável é que não tenha havido projetista nenhum e que as coisas foram surgindo por acaso de modo que deu no que deu, porque não há compromisso nenhum em que seja perfeito.
"Física é a ciência que estuda o movimento". Concorda ou discorda dessa definição?
A física estuda dois tipos de fenômenos apenas: movimento e interação. Ambos dão conta de tudo o que acontece no Universo.
Conhece esse livro professor? http://motionmountain.net/ É uma obra muito bonita (e extensa!), e embora o autor tenha umas opiniões MUITO polêmicas sobre vários assuntos, é de uma simplicidade e beleza assustadora. Se puder de uma olhada!
Muito interessante. Vou examinar com cuidado. Obrigado pela dica.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Chico Xavier foi mais um caso de charlatanismo. E sobre Allan Kardec?? Era um médium de verdade?? Era honesto?? O que você pensa do conteúdo de seus livros "psicografados"?? A tal "doutrina espírita" foi mesmo formulada com ajuda de espíritos??
No meu entendimento não existem espíritos e nem livros psicografados. Todos são escritos pela própria pessoa. Pode ser que ela até esteja convencida, num transe de alucinação mística, que algum espírito a oriente, mas ela, de fato, escreve o que está na sua cabeça. Não tenho informações sobre a honestidade ou não do Chico Xavier e do Allan Kardec. Uma pessoa pode não estar falando mentira nem estar falando a verdade, pois a mentira é a inadequação entre o que se diz e o que se considera que seja a verdade, mas a pessoa pode estar enganada a respeito do que seja a verdade. A Doutrina Espírita é uma invenção do Allan Kardec, com base no que ele estudou sobre o assunto, especialmente em obras orientalistas. Não conheço comprovações objetivas, submetidas a uma rigorosa fiscalização cética, de que fenômenos mediúnicos ou espiritualistas de qualquer ordem aconteçam. Pelo contrário, conheço muitas comprovações no sentido contrário, como Houdini, Penn e Teller, Shermer, Kurtz e Randi, Premanand e outros.
Um louco amarrou 5 pessoas inocentes num trilho de um trem fora de controle. Vc tem a oportunidade de puxar uma alavanca e desviar o trem para outra faixa. O único problema é q o louco tb amarrou uma única pessoa nesse trilho, vc deve puxar a alavanca?
Se eu não souber quem são as pessoas, eu puxaria a alavanca. Mas se a pessoa que estiver sozinha for o meu filho, não sei o que eu faria.
Porque esses relacionamentos "entre tapas e beijos" dão certo? As pessoas gostam de brigar e de se amar ao mesmo tempo? Tem tratamento para isso?
Não dão certo nada. Amor e briga não combinam. No fim a briga prevalece e o amor acaba. Amor requer sintonia, afinidades, admiração, dedicação, compreensão, tolerância, cuidado, carinho, desejo, amizade, afeto. Nada de ciúme, inveja, desconfiança, controle. Ama-se e deixa-se o(a) amado(a) livre. Inclusive sexualmente. Não precisa ser uma juntidade só. Cada um pode ter interesses pessoais independentes, amigos independentes e fazer coisas separadas. Mas tem que haver convergência de vários interesses, de modos de viver, de concepções de mundo, de temperamentos, mesmo que as personalidades seja diferentes. Respeito e admiração pelas qualidades de caráter é essencial. E uma paixão sempre renovada por meio de surpresas. Há que se ter confiança e lealdade totais. Mas não precisa ter exclusividade. Cada um pode ter outros amores também, platônicos ou realizados, desde que conhecidos e consentidos.
Olá Professor. Qual seu gosto musical? E o que anda ouvindo ultimamente? E finalizando, o que poderia recomendar para nós? Abraços.
Gosto mais de música clássica, tanto que produzo e apresento um programa de música clássica às quartas-feiras, das 20 às 22 noras, na rádio FM da UFV, em 100,7 MHz (em Viçosa), acessado pelo site www.rtv.ufv.br . Mas gosto também de popular: MPB, Bossa Nova, Samba, Jazz, Blues, Easy Music, Canções francesas e italianas, Tango, Boleros, New Age, Rock mais romântico e até Heavy Metal melódico. Recomendo Enya, Yanni, Scorpions, Épica, Tom Jobim, Chico Buarque, Pixinguinha, Frank Sinatra, Nat King Cole, Brahms, Beethoven, Dvorjak. Depois faço uma lista mais completa.
Qual a diferença entre orquestra sinfônica e orquestra filarmônica? ♪
Uma orquestra sinfônica é um conjunto de instrumentistas que toca, especialmente, peças eruditas. Difere das bandas por incluir, necessariamente, as cordas, isto é, violinos, violas, violoncelos e contrabaixos, além dos instrumentos de sopro de madeira e de metal e os de percussão. A filarmônica é a mesma coisa. Ambas têm mais de 80 músicos, até 120 ou mais. A diferença da denominação se refere ao custeio. Enquanto nas sinfônicas os músicos são contratados com salário pago pelo governo ou alguma firma particular, nas filarmônicas eles não são assalariados e recebem subsídios da contribuição de admiradores, que podem formar uma sociedade de amigos para sustentá-la. Mas isto costuma se referir à origem da orquestra. Muitas filarmônicas atuais são subsidiadas pelo governo e os músicos têm salários. O nome, contudo, permaneceu por tradição.
O que acha de provas que rompem com a tradicional decoreba dos vestibulares como o Enem? Já era tempo do Brasil se modernizar nesse aspecto não acha?
Veja esta resposta:
http://www.formspring.me/wolfedler/q/252241318070199311
Ao longo de todos os meus 44 anos de vida de professor de Física e Matemática no Ensino Médio e Superior tenho lutado pela mudança de concepção do processo educativo e lecionado de acordo com o meu entendimento de que o professor não ensina, mas orienta e estimula o aluno a aprender, não apenas conhecimentos (mas também), como, principalmente, habilidades em usá-los na solução de problemas reais. Isso é que estimula a inteligência, outro fator que precisa ser um dos objetos mais considerados para aprimoramento no processo. Uso o método da redescoberta, pelo qual o aluno se torna um cientista e, ele mesmo, descobre de novo as leis e demonstra os teoremas, sem que eu passe a demonstração feita. Meus exercícios são, na maioria, puramente literais e de dedução de novas fórmulas. Os numéricos são para realização de projetos de artefatos, mesmo que idealizados (isto é, não fabricados na prática, por falta de material e tempo). Os dados não são fornecidos, mas deixados para os alunos obterem por medidas em objetos reais. Isso é muito mais impactante e permite uma assimilação significativamente maior do que os problemas que os livros trazem. Faço muito uso de gráficos. Em suma, minha aula é completamente diferente e, no fim, os alunos aprendem muito mais, apesar da anarquia. Minhas provas são sempre com consulta (pode preparar a cola e levar) exceto ao colega. Mas não passo nenhuma questão já resolvida, nem parecida. Tudo inédito e muita dedução. Para que o aluno use o conhecimento e as habilidades em novas situações. Mas eu faço um "ensaio de prova" não valendo nota, para o pessoal ver como é. De uma olhada na avaliação que os alunos do Curso de Física da UFV fizeram de mim (veja as duas disciplinas):
http://www.ruckert.pro.br/blog/?page_id=2379 .
O ENEM vem, justamente, ao encontro desse meu modo de pensar. Acho que ele precisa de alguns aperfeiçoamentos, mas, em princípio, está corretíssimo.
Sabe, talvez a geração de 80 e 90 tenha sido pior do que a minha está sendo. O implante de filosofia e sociologia está mexendo com a cabeça de muitos jovens, digo por experiência no Coluni. Embora a maioria dos alunos ainda despreze tais matérias +
(continuação da pergunta)
+ por não renderem carros esporte nem cerveja, há sinais de melhora sim. É verdade que a política está "fora de moda", mas o estudo desta em filosofia tem contribuído para os alunos desconstruírem aquela imagem satânica da política passada a nós pela midia.
Resposta:
Concordo com você de que a introdução de Filosofia e Sociologia veio para quebrar o pragmatismo da juventude em só pensar no que é preciso para conseguir um diploma de uma profissão que dê um bom dinheiro. Mas o efeito disso ainda demora um pouco. Acho que só no fim desta década é que teremos uma juventude que se disponha a ganhar menos dinheiro para dedicar-se a consertar o mundo. Aquela opressão dos anos 60 e 70 está hoje substituída pela corrupção de políticos, empresários, policiais e juízes e pela criminalidade dos cartéis de drogas, do tráfico de armas, de gente e outras barbaridades. Talvez lutar contra isso seja mais duro do que enfrentar o DOI-CODI, porque a conivência da imprensa e até da população faz a vida dos mocinhos muito mais arriscada do que a dos bandidos. É preciso que surjam novos "Abraham Lincolns" que voltem a glorificar a política como uma das mais dignas e importantes atividades humanas. Que surjam partidos comprometidos, antes de tudo com a ética e deixem de lado essa questão ultrapassada de direita e esquerda, e se lancem para frente, para cima e para fora, deixando os lados esquerdo, direito, para trás, para baixo e para dentro cairem de podres e se proponham a lançar projetos relevantes para a solução dos problemas da humanidade e do planeta (note que não estou falando do Brasil) de forma corajosa, eficiente e eficaz, não importa a quem vá prejudicar, desses que há muito tempo estão vivendo às custas do suor e do sangue do povo. Não quero saber de revoluções cruentas. Quero saber de trabalho cotidiano, insistente, persistente, paciente, perseverante, não por um mandato, mas por dezenas de dezenas da mandatos até que os mandatos também se extingam por absoluta falta de necessidade, como acontecerá com o dinheiro e a propriedade, espero eu, dentro de não muitos séculos.
domingo, 23 de outubro de 2011
O senhor concorda quando dizem que esta é a juventude mais sem graça, insossa e apática dos últimos 50 anos?
Sim, concordo. Sou saudosista mesmo dos anos 60 e 70 do século passado em que a juventude, de que eu participava, arregaçava as mangas e se embrenhava em lutas idealistas pelo bem do povo, com o risco até da própria vida. Tudo o que se tem como normal atualmente foi fruto daquele luta pela derrubada do autoritarismo, das certezas inquestionáveis, da moralidade hipócrita, do conformismo servil das massas aos projetos das elites plutocratas, respaldado pelas baionetas e tanques das forças armadas a serviço de interesses alheios aos legítimos do povo. Não digo que muitos que lutavam do lado do povo contra a opressão também não se aproveitaram para locupletarem-se e desonrarem os ideais mais nobres, como hoje que a esquerda alcançou o poder, muitos agem exatamente do modo como antes condenavam na direita. Vejo a juventude atual extremamente pragmatista e eu tenho asco de pragmatismo. Além disso, quase todos nem sequer batalham por seus interesses pragmáticos, de tanta lassidão e apatia. A maioria quer continuar a viver das benesses dos pais até a velhice. Que pena eu tenho de ver esses jovens de olhares mortiços, sem aquele brilho esfuziante de uma espada de aço e sem a ternura pelos desvalidos e o coração desprendido e generoso para com o outro, qualquer que seja ele. Quão longe de Lancelot ou de um Rolando estão os jovens de hoje. Aos 62 anos, sinto-me como "El ingenioso hidalgo don Quijote de la Mancha", brandindo minha lança contra moinhos de vento, mas, como diz a canção de Chico Buarque, em emu sonho impossivel, quero beijar o inacessivel chão.
http://www.youtube.com/watch?v=agXqzYVEeGM
"O campo elétrico é que está em torno dele, dentro e fora do horizonte de eventos." Mas a interação eletromagnética não se dá por fótons? Se a carga elétrica está no centro do buraco negro, como os fótons consegue sair do horizonte de eventos?
Os fótons são os mediadores das alterações dos campos elétricos (os magnéticos são apenas uma questão de referencial). Um campo elétrico estático, permanece no espaço sem a necessidade de fótons. Uma vez estabelecido um campo elétrico radial, de uma estrela puntiforme, sua compactação radial não produz alteração nenhuma no campo externo e, logo, não enseja a emissão de fóton nenhum.
O que você acha sobre o ensino de Música nas escolas? Para você ter uma idéia, algumas escolas que incluíram a Música em seus currículos registraram um aumento no desenvolvimento do raciocínio,já imaginou assuntos musicais no Enem ? ♪
Sou completamente a favor. Acho que música é um tema que une muitos aspectos cognitivos e habilidades sensoriais e motoras, sendo excelente para desenvolver a inteligência. O interessante é aprender vários instrumentos, além da teoria musical e do canto. E, hoje em dia, pode-se aprender a compor pelo computador, fazendo arranjo e orquestração. Trata-se de uma atividade extremamente lúdica ao tempo que estimula a formação de conexões neurais, treina habilidades matemáticas e linguísticas. Para mim, que estudei "Canto Orfeônico", nos idos anos 60 do século passado, acho que a retirada da música foi um retrocesso, do mesmo modo que os "Trabalhos Manuais" e o "Desenho Artístico e Geométrico". Vale a pena voltar com isso, mesmo que não caia em vestibulares e nem no ENEM, apenas para o treinamento de habilidades para a vida, que, afinal, é a missão da escola. Além do mais a música e as artes plásticas propiciam uma ampliação do horizonte cultural extremamente benéfica para a construção da visão de mundo que a pessoa deve ter: a mais aberta, abrangente e tolerante possível.
Cinquenta milhões de jogadores da mega-sena, poderiam realizar por coincidência o mesmo jogo? Qual a chance deste jogo ser o premiado?
Podem, é claro, mas a probabilidade é muito pequena. Como na mega-sena existem 60 números e se jogam 6, o número de combinações é 60!/54!/6!, o que dá 50.063.860.Isto significa que a probabilidade de ocorrer certa combinação qualquer é de (50.063.860)^(-1). Um segundo jogo feito ao acaso, para coincidir com o primeiro, teria o quadrado dessa probabilidade. Mas como não se especificou que combinação seria, e existem aquele número de combinações, há que se multiplicar por ele, ficando o mesmo valor, novamente. Um terceiro jogo leva ao mesmo raciocínio, uma vez que dois já são iguais, de modo que a probabilidade se mantém para qualquer número de jogos, desde que não se fixe qual combinação se pretenda. A chance desse jogo ser o premiado é a mesma de um jogo só com aquela combinação ser premiada, isto é, (50.063.860)^(-1). Assim penso, salvo melhor juízo. Isto não significa que se tenha que esperar 50.063.860 jogadas para acertar. Pode acertar da primeira vez ou nunca.
O que você procura no formspring e como descobriu o site?
Descobri há 20 meses e nem me lembro como. Achei nele uma oportunidade ímpar de me colocar a serviço das pessoas para esclarecer muitas dúvidas e aproveitar para disseminar meu pensamento ateísta, anarquista e poliamorista, além de minhas convicções éticas e estéticas. Levantar o véu da ignorância e descortinar a maravilha que é o Universo, a natureza, a ciência, a filosofia, as artes e a cultura em geral. Quase não faço perguntas, só respondo. Já respondi 4261 e tem 990 por responder, fora as que descarto por irrelevância ou irreverência. Estou compilando-as para lançar como livro. Já tem cerca de 2000 paginas em formato A5. As primeiras 600 já estão prontas e revisadas para publicar. Aguardem.
Professor, o senhor aceitaria o conceito de raças? E por quê?
Sim, aceito, mas não com as implicações que os racistas lhe conferem. Para mim, raça é apenas uma variedade dentro da espécie que apresenta características somáticas capazes de exibir alguma distinção identificável. Sem dúvida é possível identificar diferenças no formato mais ou menos amendoado dos olhos, no afilamento ou achatamento do nariz, no grau de lisura ou encaracolamento dos cabelos, ou ainda a sua coloração, na pigmentação da íris dos olhos, na cor da epiderme, na estatura e outros fatores. Além disso essas características são geneticamente transmitidas e apresentam grande uniformidade em populações que mantêm isolamento genético. Assim eu vejo que a noção de raça, encontrada em muitos mamíferos superiores, como cães, gatos, cavalos, bois, cabras, ovelhas, e muitas outras, inclusive em aves, como galinhas, também se apresenta na espécie humana. Inferir daí que outras características também sejam ligadas a esta ou aquela raça não procede, como inteligência ou outras ligadas ao caráter, ao temperamento e à personalidade. As variações dessas características dentro de uma mesma raça são muito maiores do que a diferença nas médias de cada uma. Além do mais a humanidade é bastante miscigenada, sendo rara a ocorrência de populações geneticamente uniformes. Mas há, e todo mundo pode perceber diferenças somáticas entre um lapão e um japonês, por exemplo. O fato de eu aceitar a existência de raça não me faz um racista, pois não vejo razão para se dar preferência a nenhuma delas em nenhum aspecto. Pelo contrário, sou uma pessoa extremamente igualitária quanto a esse aspecto bem como a vários outros que os seres humanos exibem.
A espécie humana parece ter perdido um pouco do interesse por visitar outros lugares no espaço, ou mandar apenas robôs e satélites é um sinal de maturidade?
Sim: maturidade, prudência e economia. Viagens espaciais tripuladas são muito caras e arriscadas. É preciso se ter um bom conhecimento prévio das condições do destino antes de se aventurar a ir pessoalmente. No caso da Lua, realmente demos sorte, já que ela é bem próxima. Mas foi um ato de certa imaturidade, sem dúvida. Premido, é claro, pela corrida espacial EUA x URSS. De qualquer modo, valeu a pena. Lamentável foi a perda de vidas nos desastres ocorridos, inclusive nos ônibus espaciais. Agora as prioridades de investimentos estão mudadas, mas a pesquisa espacial continuará, num ritmo mais moderado. O interesse continua, mas não sei dizer se ele é da "espécie humana", como um todo, ou apenas de um grupo de visionários, entre os quais me incluo. O que se percebe é que os problemas locais de guerras, pobreza, doenças, fome, degradação ambiental e outros, realmente são mais prementes do que a conquista espacial, de modo que a alocação de recursos precisa ser reestudada, como, de fato, foi.
Todos os seres vivos que conhecemos possuem mesma a estrutura biológica pois evoluiram a partir de uma forma de vida surgida nos primóridos da Terra. Depois de bilhoes de anos, porque outros tipos de estruturas diferentes de vida não surgiram?
Pelo que se sabe, porque, depois daquela época, as condições ambientais da Terra deixaram de ser propícias para o surgimento de vida a partir da matéria inanimada, pois isto requer situações bem específicas. Todavia está se estudando a possibilidade de, atualmente, estar havendo fenômeno de abiogênese nas fumarolas submarinas. Mas os resultados ainda não são conclusivos. Ao que parece o tipo de vida que surgiria nessa situação seria baseada em enxofre e não em carbono, como a nossa. Pode ser algo totalmente diferente. Vamos esperar uns quatro bilhões de anos para ver.
Ernesto, tenho algumas perguntas ainda não respondidas por você, como as sobre Ayn Rand, por exemplo? Porque ainda não as respondeu, precisa de tempo para pesquisar, ou outro motivo?
Recebo mais perguntas por dia do que sou capaz de responder, de modo que a fila de espera só vai crescendo, estando com 982, fora as 4256 que já respondi em 20 meses que estou no Formspring, o que dá uma média de sete respondidas por dia, enquanto a média de recebidas é nove por dia. É que tenho outras ocupações e, mesmo, outros interesses na internet. Muitas vezes as novas vão empurrando as antigas para baixo e eu só consigo acessá-las se responder as de cima. Muitas eu descarto por sua irrelevância ou irreverência. Respondo primeiro as que já tenho a resposta pronta e deixo para depois as que requerem consulta e pesquisa, ou, até mesmo, um estudo em vários livros. Por isso algumas demoram mais. É só ter paciência, pois não tem outro jeito. Amanhã, domingo, por exemplo, nem vou poder entrar na internet, pois vou ter que elaborar o convite da formatura do meu colégio no Corel Draw e fazer mais uma reforma no horário em razão de ter havido o ENEM e o pré-vestibular se organizar em novas turmas para quem vai fazer prova nas faculdades que ainda têm vestibular.
Ernesto, conhece ou já leu o livro do Marcelo Gleiser - "Criação Imperfeita"? Caso tenha lido ou conheça as idéias do livro, gostaria que comentasse a respeito e se concorda com a visão do Gleiser. Obrigado
Sim, já li e concordo com a posição dele. Não acho que será possível construir uma teoria unificada completa. A gravitação, para mim, não é uma interação mas uma propriedade do espaço-tempo. Que o Universo seja imperfeito isto é mais do que óbvio. Algumas hipóteses que penso que não levarão a nada: Teoria das Supercordas, Branas e a teoria M; Universos Paralelos, Loop Gravitacional, Universo Vermelho de Arp. O Universo de João Magueijo, O Universo Pluralístico de Smolin, O Universo Holográfico e varias outras propostas.