domingo, 21 de fevereiro de 2010

Professores de Castigo


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Em sua edição número 614, de 22 de fevereiro de 2010, à página 92, a revista Época (  http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI122910-15228,00.html ) Comenta a providência que o Secretário de Educação de Nova York, Joel Klein, tomou para evitar que professores incompetentes, mas com estabilidade no emprego, permanecessem em sala de aula, prejudicando os alunos. Colocou-os de castigo! Isso mesmo! Ganham o salário mas ficam o tempo todo do serviço fechados em uma sala sem livros, revistas, computadores, telefones, celulares e nenhum outro contato exterior. Enquanto isto, uma arbitragem do Sindicato dos Professores apura a procedência da acusação. Se for improcedente ele retorna ao trabalho mas se for procedente ele é demitido por justa causa (incompetência). Isto é o que está fazendo falta em nosso país, mesmo nas Universidades e até em nossa UFV. Quantos professores passam nos concursos e depois se revelam um tragédia didática e, até mesmo, de conhecimentos? Muitos até consideram que não é preciso ter didática para lecionar na Pós-graduação. Zombam da Pedagogia. Em parte têm razão, pois há muita incompetência pedagógica. Mas isto não desmerece a pedagogia, como padres pedófilos não desmerecem o clero e comunistas oportunistas não desmerecem o comunismo. É preciso resgatar o mérito no Serviço Público, com bônus ou outras formas de premiar a dedicação e a competência e desestimular a isonomia idiotizante, que iguala preguiçosos e diligentes, burros e inteligentes, folgados e dedicados, desonestos e honestos, incompetentes e competentes, tudo em benefício de um corporativismo malsão e em prejuízo dos contribuintes, que usufruem dos serviços públicos, especialmente da educação. É preciso dar autonomia aos diretores das escolas, mas com uma cobrança séria, por meio de uma avaliação constante, correta, imparcial, conclusiva e consequente, isto é, capaz de tirar-lhe o cargo ou promover-lhe. Esta avaliação tem que ser feita pela Superintendência de Ensino, pelos professores, pelos alunos, pelos egressos, e pelos pais, de alguma forma muito bem estudada para garantir a lisura, a imparcialidade e a impossibilidade de manifestações de desforra ou inveja. Este tipo de avaliação precisa ser sempre aplicado, não só aos diretores e coordenadores, mas a todo professor e funcionário, e o ideal é que não haja estabilidade, para que sempre o servidor público precise demonstrar sua capacidade, diligência, dedicação, criatividade, despreendimento, inteligência, boa vontade, honestidade, compromisso, Não que seja um cordeiro incapaz de idéias próprias e de contestar ordens despropositadas, nem que seja um bajulador de chefias, mas uma pessoa íntegra, digna e defensora dos direitos, principalmente do povo ao qual serve. Certamente que ainda estamos longe disto, mas é preciso que associações de pais façam pressão nesse sentido e que, nas eleições, sejam escolhidos candidatos comprometidos com a erradicação da corrupção no serviço público e com sua qualidade, especialmente na educação.

Um comentário:

Daniel F. Gontijo disse...

Assino embaixo! Devia haver meios eficientes de rastrear/avaliar/intervir sobre certos comportamentos dos professores. Os métodos tradicionais, como as avaliações institucionais, quase raramente (pelo conhecimento que pude ter) servem de base para que procedimentos mais diretivos sejam efetuados. Outro exemplo estéril é quando o coordenador, ao ouvir reclamações de alguns alunos sobre um compto. inadequado de um professor, simplesmente dá um alerta geral aos docentes esperando que a carapuça sirva para um ou outro.

Mas o que carece? Poder ao coordenador ou às instituições? Falta de mobilização dos estudantes? Eu não sei.

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