domingo, 27 de julho de 2008

Filosofia Científica

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Apresento minha proposta de uma nova abordagem da Filosofia, que denomino "Filosofia Científica". Em que consiste? A Filosofia é uma disciplina que se dedica à busca do saber e à obtenção da sabedoria. A Ciência é uma busca do conhecimento e conhecimento, calcado em informação, é base para o saber. Os métodos e os objetos das duas disciplinas não são os mesmos. A Ciência busca o conhecimento das entidades e fenômenos de modo sistematizado e fundamentado em evidências e comprovações, pela formulação e testes de hipóteses, com o uso de metodologias que aferem seus modelos explicativos com a realidade objetiva do mundo, tanto natural quanto cultural e das idéias. Mas se atém aos níveis imediato e mediato das relações entre seus objetos de estudo. A Filosofia, por sua vez, procura as razões fundamentais, as causas primeiras, as últimas conseqüências. Não só "como", mas, principalmente, "porque" e “para que”. Nesta busca, principalmente voltada para tirar lições de vida, a Filosofia se vale principalmente da especulação, que consiste na aplicação do raciocínio ao objeto de estudo, para tirar conclusões racionais. É um processo de reflexão sobre a realidade em suas múltiplas facetas, que conduz à formulação de esquemas interpretativos e explicativos. Neste mister, muito valiosos são os conhecimentos de lógica e lingüística (no sentido mais amplo de uma ciência dos signos), pois qualquer explicação é uma representação simbólica da realidade. A Filosofia dita analítica, corrente predominante no mundo anglo-saxão do século XX, envereda por uma abordagem diferente da especulativa, justamente por fazer uso maior dos métodos lógicos e lingüísticos. O que eu proponho vai além.

“Filosofia Científica" é uma abordagem dos objetos pertinentes à Filosofia por uma perspectiva científica. Isto evita a existência de "escolas de pensamento", colocando as explicações num patamar superior ao de "opiniões" ou "modos de ver", permitindo que se chegue a um consenso da comunidade filosófica. Desta maneira, qualquer tema filosófico é analisado não só pela reflexão e cotejo de tudo o que já foi dito a respeito com os dados da realidade, mas que as propostas de explicação sejam consideradas com o status de "hipóteses" a serem testadas em suas conseqüências com o uso de toda a metodologia científica existente. Este tipo de procedimento permite convergir as explicações para uma explicação única, evitando-se "interpretações" segundo as diferentes escolas. É o tipo de coisa que falta, por exemplo, na Psicologia. A Psicanálise é uma interpretação, de acordo com uma escola de pensamento. Não é o que ocorre na Medicina, por exemplo. Quando se descobre uma nova e melhor explicação para certa doença, por exemplo, as anteriores são abandonadas (o que ocorreu, recentemente, com a questão da úlcera gástrica). O mesmo se dá na Física. É esta forma de ser científica que estou propondo para a Filosofia. Que sejam apresentadas ponderações e argumentos favoráveis e contrários, para que a questão possa ser vista de uma modo mais iluminado. De que modo isto poderia (ou não poderia) ser feito no domínio da Metafísica, da Ética, da Estética, da Epistemologia, da Política, da Lógica, da Psicologia e dos outros temas abordados pela Filosofia? Isto é o que pretendo discutir.

Seria possível uma abordagem científica da Ética? Distinguindo a Ética da Moral eu diria que enquanto a Moral é uma disciplina normativa, isto é, trata das prescrições que devem ser seguidas nas ações humanas para que sejam conformes aos costumes estabelecidos por certa sociedade, a fim de preservar a convivência, a Ética é o estabelecimento dos princípios a que devem se ajustar as prescrições morais e em que devem eles ser baseados. Assim a Moral não seria científica (nem mesmo filosófica), mesmo que se leve em conta que as razões para o comportamento moral não estão em nenhuma punição, recompensa ou manutenção da reputação, mas no próprio imperativo do dever, sem recompensa, policiado apenas pela própria consciência. A Ética, por outro lado, é filosófica, e inquire a razão e o propósito da conduta moral, o estabelecimento das noções de bem (ou bom) e mal (ou mau), bem como o escalonamento dos valores das ações humanas. A Ética, pois, cuida do fazer humano (ou de outro ser consciente) e não das coisas e dos seres. Assim caracterizada, pode a Ética ser abordada sob uma perspectiva científica e, eu diria até, quantitativa (matemática). Os conceitos de felicidade e prazer, por exemplo, podem ser perfeitamente quantificados e eles possuem relevante papel na definição do valor de uma ação. Não estou fechando questão sobre isto, mas considero possível tal tipo de abordagem. Acho que se pode, inclusive, atribuir o caráter matemático de um "funcional" (próprio do cálculo variacional) e, portanto, considerar como grandeza, o nível de felicidade, cientificamente estabelecido em alguma espécie de escala, como se faz na quantificação da percepção do som, da cor, do cheiro, do sabor, da temperatura, da pressão etc. Tudo medido em termos de níveis de serotonina ou outros neurotransmissores que se mostrem relevantes na questão. Mais ou menos como a proposta da Meta-Ética científica do Genismo, exceto que faço atribuir a quantificação a um funcional e não a uma função. O mesmo pode ser desenvolvido com relação à quantificação da dor (tanto física como emocional ou moral). Um aparelho medidor de dor, tipo de pressão arterial ou de glicose poderia ser desenvolvido.

Em função desta medida é possível atribuir um valor quantitativo ao caráter ético de uma ação pela capacidade de maximização da felicidade para o maior número de seres (não apenas pessoas). Este é um dos critérios de valor para a eticidade de uma ação. Outros dois não seriam passíveis de quantificação, quais sejam a possibilidade de se erigir tal ação como norma universal de conduta e a que seja o tipo de ação que se deseja que seja praticada sobre si mesmo.

O positivismo exclui a metafísica e considera inacessível a busca dos "porquês", centrando-se na pesquisa científica dos "comos". O positivismo é uma anti-Filosofia. Não estou propondo que a Metafísica e a Filosofia sejam extintas e nem que se desista da investigação das causas primeiras nem dos fins últimos. O que proponho é que, nesta investigação, mesmo que se aplique a especulação, o critério de aferição da veracidade dos juízos que forem estabelecidos seja um critério científico. As escolas podem existir na escolha das definições, pois estas são arbitrárias. O ideal é a obtenção de um consenso. No caso das ciências, existem comitês que se reúnem periodicamente e dão a chancela às definições que devem ser adotadas pela comunidade. Isto poderia ocorrer com a Filosofia. A existência de escolas na Sociologia, na Psicologia, na Filosofia, na Economia e em outras ciências, principalmente nas sociais, no meu modo de pensar, enfraquece essas ciências, pois revela insegurança no conhecimento. Nas ciências naturais, especialmente nas exatas, a existências de mais de uma explicação alternativa é sempre uma condição provisória, até que uma delas se estabeleça como o padrão. Novas explicações sempre surgem para novos fenômenos, mas elas permanecem como hipóteses até que o consenso geral da comunidade científica as eleve ao estágio de teorias, no qual permanecem até que novos fatos venham requerer sua revisão. Este modelo de estrutura de ciência, mais nitidamente observado na Física, para mim, é um padrão ideal, ao qual devem aspirar as demais ciências, para que tenham um grau maior de confiabilidade.

Na Física e na Química, quando uma teoria é contestada e substituída por outra, a anterior passa a ser considerada errada ou, no máximo, uma aproximação. Assim ocorreu quando a teoria cinética da matéria sepultou a teoria do calórico, quando a teoria atômica explicou a estrutura da matéria, quando a teoria da relatividade substituiu a mecânica newtoniana, quando a física quântica suplantou a física clássica, quando a teoria eletromagnética soterrou a teoria corpuscular da luz e em várias outras situações. Hoje em dia, a cromodinâmica quântica e a relatividade geral são as teorias estabelecidas para o micro e o macro-cosmo. Mas estão sendo contestadas pelas hipóteses (impropriamente denominadas teorias) das super-cordas e das p-branas. Estas, contudo, ainda não estão estabelecidas (e pode ser que nem o sejam). Mesmo reconhecendo o grande valor de Newton, nenhum físico é adepto de suas teorias. Não é o que ocorre na Filosofia. Novas correntes surgem, mas não substituem as antigas. Ainda existem platônicos, tomistas e kantianos, ao lado de existencialistas, estruturalistas, fenomenologistas e outros "istas". Ora, se uma nova visão da realidade for proposta, penso que deva mostrar cabalmente que as anteriores estavam erradas, de modo que ninguém mais as adote, exceto como objeto de estudo histórico. Este também é o problema da Psicologia, que admite a coexistência de escolas mutuamente exclusivas. Não é possível que a explicação dos fatos psíquicos possa ser igualmente dada por teorias antagônicas. Ou uma, ou outra, ou nenhuma delas. Por isto é que acho que a Psicologia tem que ser integrada à Medicina, como parte da Neurologia. É este tipo de problema que vejo existir na Economia e na Sociologia, que me fazem desacreditar de todas as explicações econômicas. Trata-se da falta de "cientificidade".

O fato das ciências terem para objeto aspectos particulares da realidade enquanto a Filosofia cuida do todo, no meu entendimento, não impede a aplicação do método científico à Filosofia. A questão é que, em Filosofia, não se admite o corte epistemológico, segundo o qual as novas explicações superam as anteriores (no sentido de Bachelar). A aplicação do método científico sempre levaria a decidir por esta ou aquela concepção. É isto que desejo ver ocorrer na Filosofia, sem renunciar à sua abrangência. A Filosofia Analítica é uma concepção que se aproxima dessa vertente científica. Outra é a "Filosofia Concreta " de Mário Ferreira dos Santos que, confesso, não conheço em detalhes.

Não gostaria de adjetivar a Filosofia de modo algum. Considero que filosofia é apenas "Filosofia". Mas gostaria de ver esta rainha estabelecida de uma forma inequívoca e independente de concepções particulares. Neste sentido é que faço esta proposta, não para encarcerar a Filosofia ou podar qualquer abertura, mas sim para que as discussões sejam levadas a cabo, no debate entre várias correntes, a fim de que se chegue à aceitação generalizada de tal ou qual concepção a respeito de cada tema. Esta também é a maneira como gostaria que fosse a Psicologia, a Sociologia e a Economia, por exemplo.

No meu entendimento, o método científico não é uma camisa de força para a Filosofia, como pode parecer. Inclusive porque é preciso entender bem o que seja "Metodo Científico". Nos compêndios sobre Metodologia da Ciência descarta-se como não científico qualquer trabalho que não siga um rígido esquema que, nas teses de doutorado, incluem: "revisão bibliográfica", "materiais e métodos", "procedimento experimental", "análise e discussão" e " conclusões". Nisto tudo está embutida uma "hipótese" a ser testada. Não se menciona em lugar nenhum o "metodo de formulação da hipótese". Mas é aí que reside o segredo da ciência e o gênio do cientista. Contudo é importante que se frise que qualquer hipótese, seja como for formulada, só terá aceitação como explicação científica da realidade, se passar pelo crivo da comprovação, mediante os mais variados e rigorosos testes. Por exemplo, consideremos a questão realismo versus idealismo. Seriam as idéias uma realidade que precede o mundo exterior (que seria por elas construído, como o queria Platão) ou o mundo exterior é uma realidade básica e independente de qualquer sujeito consciente que o observe. Não é possível que algo tão relevante seja deixado como um posicionamento individual, uma "opinião". Se uma dessas concepções for verdadeira a outra será falsa e vice-versa. Então, para mim, a Filosofia Científica iria buscar algum procedimento que permita decidir entre as duas concepções de tal modo que não reste a menor dúvida sobre qual é a correta, para quem quer que tenha raciocínio suficiente para entender. Assim também deve ocorrer a respeito de qualquer outro assunto, evidentemente dentro dos conhecimentos disponíveis, de tal sorte que a conclusão possa ser revista, sempre que novos dados venham surgir.

A colocação de que a Ciência se constrói a partir do teste de hipóteses a serem verificadas e que elas precisam ser falseáveis para serem científicas é apenas metade da história (ou, até mesmo, menos da metade). O mais importante da Ciência não é o teste das hipóteses mas sua formulação. E para isto não há método estabelecido. Existem procedimentos, os mais variados, tanto experimentais quanto mentais, para se elaborar uma hipótese. Isto os cientistas não publicam em seus trabalhos de pesquisa. Eles não contam o “pulo do gato”. Não relatam seus palpites frustados. Sim, palpites, opiniões. É assim que eles elaboram as hipóteses e as testam. Mas só publicam as que passam nos testes. As outras vão para o lixo, mas constituem uma importante etapa da construção do conhecimento. O treinamento de um cientista, nos cursos de doutorado, não aborda essas coisas. Na formulação da hipótese entra mais a intuição que a razão. Entra o inconsciente. Como se sabe, muitos cientistas obtiveram a solução de seus problemas em sonhos. Há que se aplicar a lógica e o método no trabalho científico, mas eles padecem de um grande defeito: não são criativos. O verdadeiro progresso da ciência se dá sem método. É sem método que as grandes revoluções de mudança de paradigmas ocorrem. São os “insights” do inconsciente que levaram Planck a trocar uma integral por um somatório e criar a Mecânica Quântica no estudo da radiação de corpo negro ou Einstein a postular a constância da velocidade da luz ao tentar justificar o sucesso das transformações de Lorentz em explicar o resultado negativo da experiência de Michelson-Morley.

A coexistência de várias posições filosóficas, muitas vezes antagônicas, ainda em pauta como conhecimento vivo (e não apenas como objeto de estudo histórico), revela uma grande fraqueza da Filosofia, que é não possuir um critério de aferição da veracidade de suas proposições, de tal modo que, a cada momento, em razão dos conhecimentos até então disponíveis, uma única linha mestra prevaleça e seja aceita pela comunidade filosófica "in totum" como a correta interpretação da realidade. Tal situação não ocorre apenas na Filosofia, mas também na Sociologia, na Economia e ainda, mas cada vez menos, na Psicologia. Não que na Física, na Química, na Biologia, na Geologia não existam propostas alternativas às linhas mestras de cada época. Mas estas propostas permanecem marginais até que algum fato inqüestionável as coloque como o paradigma, que passa a ser aceito pela comunidade como um todo. Os cientistas estão sempre considerando possibilidades alternativas (eu mesmo, em meu mestrado, estudei as conseqüências cosmológicas da admissão de uma possível massa de repouso não nula para o fóton, que pudesse ser observacionalmente verificada, já que os experimentos impõem um valor limítrofe inferior a a ela, mas um valor menor poderia ter conseqüências cosmológicas). No entanto, a cada momento, uma só explicação é admitida na comunidade como um todo.

Considerar a Matemática como ciência ou não, depende do que se está entendendo por ciência. Numa acepção mais ampla, como conhecimento comprovado e sistematizado, certamente que é, mesmo que seu objeto seja abstrato. A questão se prende às categorias de realidades. Existem realidades naturais bem como outras, de ordem lógica, estrutural, normativa ou outras. Daí termos ciências naturais, sociais, normativas, lógicas etc. Restringir o status científico apenas ao tipo de conhecimento que trata das realidades palpáveis não me parece razoável. Mas, como grande parte das discussões filosóficas é semântica e semântica é uma questão de convenção, basta que se declare, a priori, com que acepção tal ou qual termo está sendo empregado. Assim eu pergunto se são ciência a Lingüística, a Sociologia, a Política, o Direito, a História e outras. Poder-se-ia dizer que ciência tem por objeto o estudo de entidades que estão no mundo, mesmo que não sejam naturais, como as leis. Assim, como os objetos da Matemática (números, figuras, relações) são puramente mentais, ela não seria ciência, como a Lógica. A concepção de Matemática como uma linguagem apenas, não diz toda a verdade acerca dela. Sem contar que a Matemática surgiu de problemas concretos. Na verdade há uma relação mais profunda entre a capacidade da Matemática em descrever e prever o comportamento do mundo do que se pensa. O que parece é que a Matemática e a Lógica são como são, não por uma questão puramente concernente ao mundo das idéias, mas que este mundo é um reflexo da realidade natural ser como é. Se fossem diferentes, outras seriam a Lógica e a Matemática. O princípio do terceiro excluído da lógica dicotômica é consoante com uma interpretação determinista (ou mecanicista) do Universo. A interpretação probabilística (que Popper e Einstein rejeitavam) leva a uma "lógica difusa" que parece ser a que, de fato, prevalece. Portanto, a asserção de Laplace é inteiramente irrealizável, por um indeterminismo intrínseco da natureza (que não deve ser confundido com a aleatoriedade estatística dos fenômenos complexos, advinda do desconhecimento de todos os fatores envolvidos).

O critério de falseabilidade, de Popper, é um fortíssimo instrumento de verificação do caráter científico de uma teoria mas, no meu entendimento, sua inaplicabilidade não descarta liminarmente algum conhecimento como não científico. A Matemática e a Filosofia, por este critério, não poderiam ser ciência. No entanto, numa concepção não tão restrita de ciência, elas o são. Outras que não atendem ao critério de Popper são a História, a Economia e a Sociologia, por exemplo.

A técnica, apesar de envolver conhecimento não científico, tem sua validade estabelecida pelo critério de utilidade, eficiência e eficácia. Mas, a cada dia, as tecnologias (Engenharia, Medicina) se valem mais da Ciência para cumprirem seus objetivos. Quanto à Arte, em si, não é um conhecimento, mesmo que tenha que se valer de técnicas para se expressar.

A proposta de uma "Filosofia Científica" consiste justamente em tirar da Filosofia todo e qualquer adjetivo. Não é matematizar, linguistificar, nem cientificar (de modo estrito) a Filosofia, mas levar às suas proposições um critério de validação, de forma tal que se possa aceitá-las ou rejeitá-las como sendo verdadeiras ou falsas, de um modo objetivo. Não só um critério de validação, mas também um método de abordagem, que não seja apenas especulativo ou reflexivo mas, de certa forma, semelhante ao que usa o cientista, não para testar suas hipóteses, mas para formulá-las.

João Carlos Holland de Barcelos, o Jocax, criador do Genismo, tem uma proposta bastante semelhante de uma "Ciência Expandida" que abrigaria a Filosofia. No sítio do Genismo da Teia da Rede Mundial pode ser achada esta proposta. Acredito que é possível se estabelecer uma convergência desses objetivos, justamente cientificando a Filosofia e considerando-a como uma das ciências, bem como a Matemática.

3 comentários:

BARBOSA, Gustavo S. disse...

Muito bom! É exatamente o tipo de propósta que pretendo, um dia, levar à filosofia. Essa reforma cientificista. Concordo plenamente que a filosofia é demasiado aberta, aceitando mesmo as correntes mais obsoletas; a filosofia passou a ser, não um estudo que busca o conhecimento, a sabedoria e a verdade, mas sim, uma "História da Filosofia" onde seus preciósos filósofos do passado permanecem "intocáveis", impassíveis à crítica! Particularmene, sou apaixonado pela filosofia de Nietzsche, mas admito que entre os admiradores de Nietzsche, não se pode criticá-lo; Descartes e Kant, com sua que são históricamente importantíssimos para a filosofia (divisores de águas - este, dando início à "Filosofia Contemporânea" e aquele, dando início à "Filosofia Moderna"), são como deuses na filosofia - não se pode criticá-los! É óbvio que se deve analisar suas idéias dentro de um contexto histórico - a época em que viveram - mas isso não faz deles "intocáveis", não os faz menos passíveis à crítica que qualquer outra pessoa, ideologia e/ou conceito filosófico.


Forte Abraço, vô!...rs

Lord Vøn Chrøiÿth

Folhas soltas disse...

"Assim caracterizada, pode a Ética ser abordada sob uma perspectiva científica e, eu diria até, quantitativa (matemática). Os conceitos de felicidade e prazer, por exemplo, podem ser perfeitamente quantificados e eles possuem relevante papel na definição do valor de uma ação. Não estou fechando questão sobre isto, mas considero possível tal tipo de abordagem. Acho que se pode, inclusive, atribuir o(...)" Fessor , não me leve a mal, mas essa parte tá idêntica a Meta Ética Científica, M.E.C, do Jocax http://www.genismo.com/metatexto44.htm
Acho que vc deveria citá-lo...

Ernesto von Ruckert disse...

Folhas Soltas. A proposta que faço de quantificação da felicidade é na linha da meta-ética científica do Genismo sim. Vou lhe creditar a primazia.

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