Apesar de toda a liberalidade sexual que existe atualmente, sexo ainda é um assunto de que se fala entre risadinhas ou de forma eufemística. Não é um tema normal, que as pessoas abordam com tranquilidade, como culinária, por exemplo. Este exemplo vem a calhar, pois, alimentar-se, como o sexo, é uma das funções primordiais da vida. Porque, então, as pessoas conversam sobre alimentos e seu preparo com tantos pormenores, as comadres passam receitas umas para as outras, os homens dão dicas sobre o melhor modo de se fazer o churrasco, as pessoas confidenciam suas experiências gastronômicas, mas ninguém conversa de modo franco e espontâneo sobre suas experiências sexuais, não passam dicas de melhores e mais interessantes posições e nem comentam suas práticas sexuais? Principalmente em um ambiente com homens e mulheres ditas "de família". As mães ao educarem sexualmente suas filhas e os pais os seus filhos não lhes passam conselhos para melhor fruir o prazer do sexo. No máximo indicam livros que os abordem. Professores, nas aulas de educação sexual, tratam o assunto de modo asséptico, descrevendo o aparelho reprodutor e os aspectos biológicos da função reprodutiva e, mesmo, os cuidados a se ter com doenças sexualmente transmissíveis e o risco de gravidez precoce. Mas não abordam o aspecto afetivo do relacionamento amoroso e nem o edonista. Porque este tabu? Mister se faz que tal tipo de preconceito seja derrubado. Até mesmo os twitters de minha amiga Regina Navarro, sexóloga renomada, são extremamente pudicos. Não estou falando de pornografia nem de uma abordagem de temas sexuais por um prisma de "sacanagem", mas de um linguajar normal, sem baixo calão mas sem "frescuras", tratando de sexo como se fala de amor ou de outro assunto qualquer, diretamente, sem metáforas. É preciso entender que o sexo é um componente primordial da existência, mais importante que o trabalho, a arte, a ciência, a política, a educação, a prosperidade e quase tudo o mais, até a liberdade. Só não é mais importante que o alimento, o abrigo, o agasalho, a segurança, a saúde, água para beber e ar para respirar. Concito a todos que inaugurem tal prática, o que passarei a fazer em próximas postagens. Esta é só uma advertência.
Aproveito para fazer um desfio: Onde está e que fez a escultura mostrada?
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