Singularidade é algo sem existência física. Aparece como resultado das soluções das equações de Einstein para o Universo, mas, em suas condições, as próprias suposições de validade das equações não se dão. Logo, não pode ser admitida. O mesmo ocorre com a Teoria Quântica de Campos. O que se pode dizer é que, muito próximo da hipotética singularidade, haveria uma condição de extrema densidade, mas não infinita. Acima de certa densidade não se tem teoria para descrever o estado do Universo. Parte-se, assim, para conjecturas plausíveis. Se o espaço e o tempo estão a expandir-se desde as proximidades dessa singularidade, então, extrapolando-se para trás, pode-se considerar que ali se deu o início de sua existência, bem como do conteúdo que preenche o espaço e evolui no tempo. Não há espaço sem conteúdo e nem tempo sem evolução. Contudo, pode ser que tal conteúdo não tenha surgido naquele instante zero, para o qual não havia "antes", mas lá apareceu como produto de uma contração de um Universo anterior, em que corria um tempo que lá teve a sua terminalidade, dando ensejo ao início de uma nova sequência de momentos. Pode-se considerar, pois, um "meta-tempo", um "meta-espaço" e um "meta-Universo" que seriam o conjunto dos ciclos de universos que se sucederiam. Há também a possibilidade de que hajam Universos paralelos, inteiramente disjuntos deste e, então, haveria um "Multiverso", como o conjunto de todos os Universos. Nenhuma dessas considerações passam de meras conjecturas, sem a menor possibilidade de comprovação fática, pelo menos, por enquanto. Considero que nada disso existe e que este Universo é único tanto ao longo dos tempos quanto às possibilidades de outros espaços, incomunicáveis com este (tanto em tempo quanto em espaço). Isto, de fato, é uma crença, mas tem por base a ausência de indícios observacionais que sustentem as outras possibilidades.
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