Nós, que guiamos nossos pensamentos, somos parte da natureza. O livre arbítrio não contraria as leis da natureza, porque a natureza não é determinista. Uma mente natural tem todos os recursos para julgar e decidir o que fazer, em função da incrível complexidade do sistema nervoso. Isto não requer alma espiritual e pode, até mesmo, ser implantado em um artefato robótico com suficiente sofisticação, ainda não disponível com a tecnologia atual. Por outro lado, considerar que tudo o que ocorre no Universo o seja pela vontade de um ser onipotente e onisciente, extrínseco a ele, é que não permite a existência do livre arbítrio. Dizer que Deus concedeu o livre arbítrio ao homem para que ele possa ter o mérito da escolha entre o bem e o mal não procede, pois Deus, tendo conhecimento de tudo em todos os lugares e momentos, inclusive futuros, funciona como o Universo mecanicista de Laplace, isto é: Maktub! Aí não há livre arbítrio nenhum. Outra característica que mostra que o livre arbítrio é natural é a sua presença nos animais, que, segundo as doutrinas religiosas, não têm alma. Só que eles não agem apenas por instinto: eles pensam e decidem também. Até uma formiga, de uma forma bem incipiente, faz escolhas.
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