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Aproxima-se novamente a Páscoa da Cristandade. Estou publicando a mesma mensagem do ano passado, pois julgo que continua válida. Apesar de não ser cristão, como é uma data comemorada por grande parte da população, inclusive muitos amigos meus, não me furto a comentá-la.
Como no Natal, alguns perguntam: se você não possui religião, porque deseja boa páscoa a alguém?
Não ser cristão, muçulmano, judeu ou budista não significa não ver ponto positivo nenhum no cristianismo, no islã, no judaísmo ou no budismo. E o valor que sempre se encontra nessas grandes religiões é a sua pregação pela fraternidade, pela paz (apesar de grande parte de seus seguidores usarem suas doutrinas como pretexto para fomentar a guerra), pela bondade, pela solidariedade, pela amizade e todos os valores que descendem do amor, em oposição à prepotência, a competição, a avareza, o egoísmo e a ganância. Essas são, na verdade, virtudes humanas, abraçadas por todos os que vêem o seu valor superior para a condução de uma vida plena, feliz e harmoniosa para toda a humanidade, mesmo que sejam ateus ou agnósticos. Assim, vejo essas datas (Natal e Páscoa), que são comemoradas pela maior parte da população, como uma excelente ocasião para reavivar esse espírito, mormente o de tolerância em relação a todas as crenças, especialmente quanto ao ateísmo e agnosticismo, visto por muitas pessoas como uma posição “do mal”, quando, na verdade, a maioria dos ateus e agnósticos são mais virtuosos e bondosos que muitos propalados fiéis que, na vida prática, comportam-se como hipócritas, falsos, aproveitadores, oportunistas e paladinos do vício e dos mais inconfessáveis comportamentos e atitudes. Além dessas virtudes outras há que serem fomentadas: aquelas ligadas à verdade, à justiça, à honestidade, à retidão. E mais: as ligadas à coragem, à fortaleza e à disposição para a luta pelo bem e o combate ao mal. Todas elas podem ser exemplarmente contempladas na pessoa do Cristo, que mesmo em sua simples humanidade, foi uma das maiores figuras históricas jamais surgidas. A imitação de seu comportamento e atitudes, mesmo discordando de sua pretensão em se considerar divino e não acreditando no fato de ter ressuscitado, pode e deve ser feita e isto, sem dúvida, trará grandes benefícios para a paz, a harmonia e a fraternidade entre os povos e na vida familiar e pessoal. Não possuir religião e não acreditar em Deus não exime ninguém da ética, da honestidade, da justiça e, principalmente, do amor e da bondade.
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