Não sei se a depressão provém de não se conseguir "ter" tudo o que se cobiça, ou de não se conseguir "fazer" tudo o que se pretende, ou de não se conseguir "saber" tudo o que se almeja, ou de não se conseguir "sentir" tudo o que se deseja. Há pessoas que colocam sua realização no poder, ou no fazer, ou no ter, ou no saber, ou no sentir. O homem realizado não é o que pode, o que faz, o que tem, o que sente ou o que sabe, mas o que "é". Mas, ser o que? O significado da vida também não está no prazer que se vá sempre gozar, nem na alegria que nunca vai se deixar de fruir, ou na dor que nunca vai se sentir, ou no prejuízo que nunca vai se ter. Ele está no bem estar e na satisfação de se estar vivendo a vida com significado, isto é, sabendo que, por causa dela, o mundo fica melhor do que sem ela. A percepção de que se é alguém que faz diferença para o mundo é que dá à pessoa a sensação de paz e realização que, mais do que os prazeres e alegrias, configuram a felicidade. Em suma, viver-se uma vida virtuosa, em prol da coletividade, de forma não egoística, mas não martirizada é o segredo do bem estar e da satisfação em viver e, portanto, de evitar a depressão. Não se preocupar em ter, poder, fazer, saber e sentir, mas usar isso tudo com serenidade e sem sofreguidão, curtindo o tempo que se vai vivendo a cada dia e neles espalhando a justiça e a bondade. Como brinde se será feliz, independentemente do que se tenha, se faça, se saiba, se possa e se sinta. O importante, pois, é ser bom, mais do que ser justo ou sábio, pois o bom e sempre justo e o justo nem sempre é bom. E o sábio é o que tem consciência disto.
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Um comentário:
Gostei muito do seu texto!
Acredito que a angústia dessa geração é realmente a busca pela felicidade por caminhos que não levam a ela, como você bem explicou.
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