quarta-feira, 3 de abril de 2013

Você acredita naquele ditado que diz, que os opostos se atraem para relacionamento afetivo?

Não. A experiência mostra o contrário. O que atrai e mantém o vínculo são as afinidades. Não é preciso que haja concordância em tudo, mas é necessário que haja uma razoável interseção de interesses, convicções, projetos, visões de mundo, idéias políticas, religiosas, gosto musical, preferências sobre o laser. De tal forma que se possa ter um vínculo forte que aceite as divergências em questões não essenciais. Se as pessoas forem opostas em suas convicções, gostos, interesses, e tudo o que eu disse, cedo ou tarde surgirão os impasses e os conflitos. Um ponto importantíssimo é a escolha de em que se deve economizar para se ter dinheiro para gastar em quê. A orientação sexual que leve à atração erótica mútua já é uma diferença suficientemente grande. Temperamentos e modos de ser também devem ser próximos. Uma pessoa fleumática não vai combinar com uma nervosa ou colérica. Uma pessoa prática não vai combinar com outra teórica. Uma pessoa preguiçosa não vai combinar com outra muito diligente e operosa. Uma pessoa ateia não vai combinar com outra extremamente crente. Um pessoa comunista não vai combinar com uma capitalista. Uma feminista não vai combinar com um machista, nem um masculinista com uma femista. Quem gosta de ópera não vai combinar com quem gosta de funk. Uma pessoa muito elegante e de fino trato, que converse em bom português, não vai combinar com outra largada, que fale gíria e palavrão, que se veste mal, que não tem educação. Uma pessoa de vasta e profunda cultura não vai combinar com uma muito bronca e ignorante. Uma pessoa corrupta não vai combinar com outra estritamente honesta. Uma pessoa do mal não vai combinar com uma pessoa do bem. De fato, os opostos podem até se atrair num primeiro momento, mas a convivência vai minar a relação em pouco tempo. É possível superar umas divergências se houver outras que a compensem em maior número e maior grau. Mas se as divergências forem muitas e grandes, não dá certo.

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