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sexta-feira, 20 de maio de 2016
“Minha mãe sempre diz: Não há dor que dure para sempre! Tudo é vário. Temporário. Efêmero. Nunca somos, sempre estamos! E apesar de saber de tudo isso. Porque algumas dores duram tanto?” 24/09/2015
Certamente que qualquer dor não perdura além da morte de quem a sente. Mas, em geral, acaba bem antes. De fato nenhum ser "É", mas "ESTÁ SENDO". Mesmo que as lembranças não se apaguem, com o tempo elas ficam esmaecidas. Às vezes ficamos tristes ao lembrar algo doloroso, todavia, se a vida nos brinda com alegrias, as dores ficam suportáveis. Contudo podemos intervir para minorar nossas dores, por meio da reflexão filosófica sobre o significado do fato que as provoca. Isso é muito importante. Para tal a pessoa precisa ter uma familiaridade com o ato de pensar. Por incrível que parece, é pensar naquilo que nos provoca dor que nos alivia dela e não tentar esquecer tal fato. Esse esquecimento é impossível e, quanto mais se tenta esquecer, mais a lembrança fica marcada. E, como tentar esquecer não é uma atitude positiva, o aspecto doloroso do fato continua nos entristecendo. Isso será revogado se pensarmos positivamente no assunto, analisando as razões do sofrimento, sopesando a validade de estar sofrendo por aquilo, buscando uma nova forma de encarar o fato perante a vida e nos abrindo para refazer a vida e as considerações de forma a poder, sem esquecer (o que é impossível), conviver com a lembrança de modo tranquilo, sem mágoas, sem ressentimentos, sem traumas. Se necessário, recorrer a uma ajuda psicológica. O importante, contudo, é a forma filosófica de encarar a vida, dando importância à própria vida e não a seus episódios. Leia o livro "Consolações da Filosofia", de Alain de Botton.
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