sexta-feira, 20 de maio de 2016

O seu argumento a favor do Estado quanto ao monopólio da educação e da saúde não pode ser repetido em respeito a qualquer outra coisa? Pelo seu raciocínio, é também injusto que apenas algumas pessoas possam comprar um carro mais seguro, ou uma vestimenta mais protetora, ou um alimento mais saudável. 24/09/2015

Acontece que a saúde e a educação são os requisitos básicos para a obtenção de tudo o mais. Seria ótimo que se pudesse fornecer a todo mundo tudo o que necessitasse. Aliás isso é o que pretende a anarquia. Mas, enquanto não existe anarquia e existe estado, este, para propiciar os seus serviços, precisa contar com os impostos que são originários dos lucros das demais atividades econômicas. Não é possível que tudo seja estatal, pois, então, não se terá de onde tirar o dinheiro para os impostos. No caso da anarquia isso é bem diferente, pois não existe nem dinheiro nem estado. Uma vez que, por enquanto, existem, há que se separar o que deixar para a iniciativa privada e o que ficar por conta do estado. Há atribuições precípuas do estado, que a iniciativa privada não pode exercer, como justiça, defesa, segurança, administração pública, fiscalização. Outras não são necessariamente de âmbito estatal, como educação e saúde. Mas é bom que o sejam, como já mostrei. O resto é preciso que fique por conta da iniciativa privada para poder geral recursos que sejam taxados para manter o que fica por conta do estado. Nesse caso se encontra a habitação, a alimentação, os transportes e a maior parte das atividades humanas. Todavia, com a educação e a saúde por conta do estado e igualmente disponível com a mesma qualidade para todos, as oportunidades para que todos possam atingir o nível sócio-econômico que lhes permita fruir das outras benesses ficam muito mais acessíveis. Até que seja abolido o estado.

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