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sábado, 20 de abril de 2013
Uma pessoa que faz psicoterapia há muito tempo, pode desenvolver muito amor próprio(de sim mesmo) devido ao processo de autoconhecimento que faz parte da terapia?
Certamente que sim. E isso é uma coisa boa. Quem não se ama, antes de tudo o mais, não é capaz de amar os outros, as coisas, a natureza. Mas é preciso que esse amor não seja egoísta, isto é, que não se revele como uma compulsão de querer que tudo se volte para si e que se tenham todos os desejos atendidos, mesmo em detrimento dos outros. O amor verdadeiro é altruísta. Não é possessivo e nem exclusivista. É bom que a pessoa tenha um grande auto-conhecimento e se admire, sem presunção nem pernosticismo. De uma forma assertiva, isto é modesta sem humilhar-se, mas sem ostentação nem jactância. Serenamente gostar de si mesmo e se afirmar. Orgulhar-se de ser o que se é, no que tem de bom e reconhecer, com sinceridade, as próprias deficiências, defeitos e falhas. Não supor que se é melhor do que todo mundo e nem que se seja a pior pessoa da Terra. Ver-se na própria medida. Colocar-se fora de si, como um outro, para se observar. E amar o que contempla, sem narcisismo.
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