domingo, 11 de junho de 2017

Aproveitando que citaram o método de Piazzi, a alteração estrutural da composição textual, de acordo com o tipo de matéria, e as exigências lógicas delas, ajuda a exercitar a inteligência?

A interdisciplinariedade, realmente, é um fator de aprimoramento da inteligência. Por exemplo, ao se fazer uma redação de Física se tem que entender de Física, de Matemática e de Português. Da mesma forma que uma redação que envolve História, Geografia e, novamente, Português. Ou, ainda de Biologia e Química e assim por diante. Ou, melhor ainda, fazer uma redação de Filosofia em Inglês. Nisso tudo, um outro fator de excepcional relevância é a capacidade argumentativa e o desenvolvimento lógico da exposição. Isso faz parte de uma disciplina chamada "dialética" (não confundir com a dialética hegeliana), que tem que ser aprendida, da mesma forma que a lógica e a retórica (verbal e por escrito), bem como a gramática. Isso não é mais visto no nível médio, mas faz muita falta. Como, por exemplo, o aprendizado de Latim, que puxa muito o raciocínio, para saber a função sintática de cada palavra na frase, a fim de escolher sua terminação, de acordo com os casos das declinações. Cada matéria, certamente, tem suas peculiaridades e modos de argumentação próprios, que têm que ser levados em consideração. Essa adaptação do estilo de escrita para cada caso leva o cérebro a ter que se configurar de modo diferente, o que estimula a formação e o reforço das sinapses e, em decorrência, da inteligência. Muito bom para isso, também, é escrever poemas que tenham que obedecer métrica e rima, além de, certamente, serem poéticos. Outro bom exercício para a inteligência é compor músicas (o que requer o aprendizado da notação musical e tudo o mais a respeito). Ou, ainda, pintar quadro e fazer esculturas. Mas não aqueles quadros abstratos e sim os que requerem técnicas aprimoradas de pinceladas e desenho caprichoso dos temas. Tudo isso é ótimo para robustecer a inteligência de uma forma global, de modo que ela se torne apta a resolver problemas de toda ordem, não só os acadêmicos, mas os práticos da vida.

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