Não, porque homossexualidade não é uma ação e sim um comportamento. Não é algo que alguém decida que quer ser. É algo que a pessoa já é, em si mesma. Caso a pessoa não seja e resolva agir como se fosse, poderia ser imoral. Mas há ações que não são imorais e, nem por isso, devem ser prescritas. Por exemplo, fumar. O imperativo categórico de Kant não pode ser categórico assim. O julgamento da eticidade de uma ação é extremamente complexo. Tanto o imperativo categórico quanto o critério utilitarista e a "regra de ouro" são diretivas para a eticidade de uma ação, mas cada uma tem que ser analisada isoladamente. A deontologia não é absoluta. Daí a complexidade da ética.
Quanto à moral, esta então é que é relativa mesmo, pois reflete o que se considera admissível ou não em certo grupamento social, de certo lugar e época. A moral deveria se basear na ética, mas nem sempre o faz. Homossexualidade é considerado imoral em muitos casos, mas não pelo imperativo categórico e sim pelo costume. Esse também é o caso da poligamia, imoral mas não antiética.
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Não seria a conduta homossexual, julgada pelo imperativo categórico de Kant, imoral/antiética?
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