segunda-feira, 5 de março de 2012

Por que tudo na vida gira em torno do amor?

Existem duas pulsões naturais. Caos e eros, Yin e Yang, Shiva e Vishnu, Angra Mainyu e Ahura Mazda. O princípio destruidor e o criador e mantenedor. Mas não é nada sobrenatural. São as duas formas naturais de interação: repulsão e atração. O amor é a sublimação do princípio unificador, atrativo, criador, gerador, construtor, pacificador, em oposição ao princípio desagregador, repulsivo, destruidor, mortífero, guerreiro. Assim o Universo, isto é, o cosmos, a ordem, a estrutura, surgiu do caos, da desordem, por ação de um princípio físico que é o da redução localizada da entropia, às custas da ação de interações atrativas e cumulativas, como a gravitacional e a de Van der Waals, que possibilitaram o surgimento de galáxias, estrelas e planetas, bem como da vida, que nunca teria surgido por ação da interação puramente eletromagnética. Levando a níveis cada vez mais elevados da realidade, num processo de reducionismo inverso, vamos da física para a química, desta para a biologia, daí para a psicologia e para a sociologia. E então vemos florescer o amor, a amizade, a paixão, a solidariedade como expressões requintadas desse princípio agregador da natureza. Esses sentimentos e as atitudes a ele relativas é que constroem a cultura e a civilização, a ciência e as artes. É que possibilita o crescimento populacional e faz com que, apesar do egoísmo, da ganância, da cobiça, da preguiça e outros sentimentos e atitudes negativas, o progresso social, tecnológico, ético, estético e pessoal possa acontecer na humanidade. Por isso é que o amor é a coisa mais importante da vida é o que lhe dá mais significado. Uma vida sem amor não é compensada por nenhum outro tipo de realização.

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação (formspring)

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