quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Então quer dizer que a medida que o universo foi se expandindo, as antipartículas decaíram e sobrou as partículas [léptons e quarks] que posteriormente pelas forças da natureza se '' uniram '' e formaram os núcleos atômicos e depois finalmente os atómos?‎

Não. No começo, a partir da quantização dos campos, se formaram tanto partículas quanto antipartículas que se aniquilavam emitindo fótons que, por sua vez, ao colidirem, formavam novos pares de partículas e antipartículas. Esse estado de equilíbrio dinâmico entre matéria, antimatéria e radiação perdurou até que a expansão permitiu que partículas e antipartículas decaíssem antes de se aniquilarem. Acontece que as meias vidas das partículas e suas correspondentes antipartículas não são iguais. Isso permitiu que sobrassem partículas sem ter as antipartículas para se aniquilarem. Essa sobra foi de uma para cada bilhão. As que se aniquilaram formaram os fótons da radiação de fundo, detectáveis até hoje e o resto é a matéria ordinária do universo atual, em que há um bárion para cada bilhão de fótons. Esse momento ficou conhecido como "desacoplamento" e foi quando o universo ficou transparente, pois antes, ele todo, era opaco como o interior de uma única estrela. Sobre a matéria escura, não se sabe como ocorreu sua evolução. Os bários já haviam se formado no desacoplamento, mas não átomos, estrelas e galáxias que se formaram apenas de matéria e não de antimatéria.

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