O substantivo "mal" não se refere a algo palpável, mas apenas a uma espécie de categoria de ações que gozem da propriedade de causar dor, sofrimento, prejuízo, tristeza, infelicidade, dano, e tudo de ruim que puder ser imaginado. Como advérbio é o modo de ser de alguma ação com esse tipo de propósito ou que o seja de forma imperfeita, desleixada, descuidada. O adjetivo "mau", qualifica algo que seja ruim, perverso, causador de qualquer mal, ou que seja imperfeito, malfeito, incorreto. Esta é a semântica. Resta saber se, ontologicamente, o mal é uma categoria real. Agostinho de Hipona considera o mal como a ausência do bem, este sim, uma categoria real. Errado! O mal é positivamente uma qualidade, efetivamente causadora de sofrimento, prejuízo e tudo o que se disse acima. Do ponto de vista de quem sofre a ação, o mal pode ser oriundo de entes inanimados da natureza, de animais irracionais, de atos humanos sem a intenção de causá-lo ou de atos deliberadamente urdidos para assim o serem. Do ponto de vista de quem o pratica, para efeitos de imputação de uma qualidade ética, o mal tem que ser uma ação deliberada, livre e consciente. Assim, atualmente, aqui na Terra, só seres humanos livres e mentalmente capazes podem praticar uma ação eticamente qualificada de má. As ações más feitas por entes inanimados, sem consciência, mentalmente incapazes ou por coação, não podem ser qualificadas eticamente de más, apesar de assim o serem do ponto de vista de quem as sofre. Portanto o mal existe, positivamente falando.
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