Existe, mas não é o que se diz. Ou seja, o homem não é intrinsecamente mau nem bom. Ele é capaz de ser uma coisa e a outra. O que ele busca é o que ditam os instintos primários, de sobrevivência e procriação. Para isso o sistema de recompensa do cérebro o induz a agir de forma que se sinta satisfeito e feliz e o que satisfaz é comer, nos dois sentidos. Mas o homem possui inteligência e isso o levou a construir uma civilização e um sistema de valores. Então, ele não é puramente animal. Pode-se inferir, sem muita dificuldade, que o bem estar coletivo é o que propicia o bem estar individual. Gozar benesses em detrimento da sociedade leva ao constante sobressalto de ser alvo de represália e, daí, não lava à paz e à felicidade. Assim, por um trabalho educativo, pode-se formar a consciência da humanidade em ter um comportamento altruísta, tolerante, generoso, honesto, solidário, justo, compassivo, sincero e colaborativo, em vez de competitivo, voraz, ganancioso, egoísta e, com isso, obter um mundo aprazível, harmônico e fraterno que leve a felicidade a todos. Quem tiver esse esclarecimento precisa difundi-lo e agir em conformidade com ele para arrastar cada vez mais pessoas a agirem assim também. Isso é, principalmente, uma atribuição dos professores que precisam contrariar, geralmente, a lição que os alunos trazem de casa, de que o que importa é se dar bem, levar vantagem, vencer, conquistar, passar a perna nos outros e atitudes desse tipo. O que é preciso vencer não são os outros, mas as próprias limitações e as dificuldades da vida.
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