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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Ernesto... você acha que o ateísmo é desculpa para um homem trair e não demonstrar tanto afeto pela pessoa que diz amar, a ponto de não querer se casar pelo menos no civil?
De modo nenhum. Não há nenhuma desculpa para a traição quer do homem quer da mulher. O ateísmo não abole a ética e traição é a maior falta de ética. O que eu não acho correto é a exigência de exclusividade gâmica nos relacionamentos amorosos. Mas essa falta de exclusividade monogâmica não é nenhuma traição, pois é uma atitude conhecida e consentida pelos envolvidos nas relações amorosas plurívocas. Quanto ao fato de considerar que o matrimônio formal seja algo desnecessário, não tem nada a ver com ateísmo e sim com anarquismo, que é uma condição em que as pessoas prescindem de contratos formais para tudo na vida. Se duas ou mais pessoas de um mesmo ou de mais de um sexo resolvem se unir para formar uma família, ter filhos e criá-los, isso é um compromisso a ser honrado pela decência que todo mundo tem que ter. Não há necessidade de nenhuma formalização legal. Inclusive porque os relacionamentos gâmicos não implicam em nenhuma dependência econômica de ninguém por parte de ninguém. Todo ser humano adulto tem a obrigação de prover seu próprio sustento e não depender de outro para isso. Da mesma forma que herança é algo inteiramente descabido. Portanto, as pessoas que se unirem para formar uma família são economicamente independentes mas vão unir seus esforços para o bem comum do grupo familiar, não só economicamente mas, principalmente, pelo apoio mútuo em todos os aspectos da vida, pelo convívio, pelo amor recíproco de todos, pelo prazer da companhia, pela fruição do prazer sexual e tudo o mais. Essa é que é a verdadeira noção de família, que pode ser monogâmica ou poligâmica, hetero, homo ou bissexual, podendo, inclusive, incluir membros assexuais. E isso não tem nada a ver com ateísmo. As pessoas que se unem para formar uma família, nesse conceito estendido considerado, podem ter, cada uma, a crença religiosa que quiserem, ou nenhuma.
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