segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O que acha daqueles religiosos que cometem atrocidades? Você acha que eles poderiam ter interpretado de forma errada seus livro sagrados ou há algo nos livros para estimular a violência?

Há algo nos livros para estimular a violência sim, porque esses livros ditos "Sagrados" são incoerentes e passíveis de várias interpretações, segundo a concepção do leitor. Quer os livros do judaísmo quanto os do cristianismo e do islamismo tanto possuem trechos de louvor à paz, ao amor e à concórdia quanto texto de incitação ao enfrentamento belicoso dos que não sejam partidários de sua considerada fé verdadeira. A verdadeira paz não será encontrada no mundo enquanto as religiões não forem consideradas como um fenômeno puramente antropológico e sociológico e percebidas da mesma forma como percebemos a religiosidade dos aborígenes australianos, dos indígenas sul-americanos ou dos selvícolas africanos. De fato, elas, fundamentalmente, todas são isso mesmo. Então é preciso que a humanidade se irmane em outro tipo de consideração. Mesmo que considere a existência de algum Deus, que essa consideração não seja faccionária e que admita que a humanidade toda possa reverenciar e louvar esse Deus, cada um a seu modo, sem que isso signifique para uns em relação aos outros, nenhum tipo de blasfêmia. Claro que o ideal é se libertar totalmente dessa noção, mas mesmo não o fazendo é possível se encontrar uma forma de conciliação calcada nas convergências que todas essas crenças possuem em relação a certos pontos de justiça, de solidariedade, de compaixão, de amor, de honestidade. Só que não restritas à comunidade interna de cada uma, mas à totalidade da humanidade.

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