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sexta-feira, 10 de abril de 2015
Ainda sobre ser de esquerda.
É preciso entender que, ao me identificar como uma pessoa de esquerda, absolutamente não concordo com o socialismo e nem com regimes totalitários restritivos de liberdade, de partido único e o que aconteceu na extinta União Soviética. Não sou marxista. Sou anarco-comunista. Sou a favor da abolição do estado, das classes sociais, da propriedade, do dinheiro. Mas não da estatização da economia, tornando o estado o único proprietário e o único patrão. Não quero acabar com a burguesia. Quero acabar é com o proletariado, tornando todos os proletários burgueses. Ou seja, que a posse dos meios de produção não seja do governo e sim das pessoas. Que não haja trabalhador assalariado. Enquanto não se acabar com o dinheiro, que os trabalhadores sejam todos capitalistas, isto é, sócios das empresas em que trabalham, vivendo de lucros e não de salários. Acabar com o capitaismo não é acabar com o capital e sim com a sua posse por parte de uns e não de todos. Com o fim do dinheiro não se acaba com o capital, mas apenas com sua expressão monetária. O capital continua como sendo os bens em si mesmos, o que inclui as próprias pessoas, em razão de sua capacidade de trabalho. Ou seja, o trabalho se torna, também, capital.
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