segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Qual o critério da evolução? E qual é o objetivo máximo dela?

A evolução não tem objetivo nenhum. Seu critério é o da seleção do organismo mais apto ao ambiente do lugar e do momento. Isto inclui o ambiente interno dos parasitas, principalmente. Ao se reproduzir, sexualmente ou não, um organismo pode produzir transcrições imperfeitas dos gens por vários motivos, o que se chama "mutação". Elas são aleatórias e não seguem nenhuma programação. Podem ocorrer em porções não gênicas do DNA ou em gens. Quando isto se dá, a maioria impede o nascimento do ser. Se não for o caso, o descendente diferirá dos pais em algum aspecto, que poderá vir a ser prejudicial ou favorável ao melhor sucesso adaptativo ao ambiente e, portanto, favorecerá o prolongamento da vida e a geração de maior prole. Com o tempo esses mutantes serão os predominantes. Normalmente uma mutação, seguida de seleção, não caracteriza outra espécie, mas evoluções sequenciais, ao longo de gerações, podem vir a constituir em nova espécie. Às vezes uma só mutação pode definir outra espécie. Evolução não significa progresso, mas apenas mudança que melhor se adapta ao local e ao momento. Todos os seres hoje existentes na Terra são igualmente evoluídos, pois estão bem adaptados a seus ambientes hoje. Assim o homem não é mais evoluído do que uma formiga ou uma bactéria. Só é diferente. E nem é o melhor adaptado, além de, é claro, não ser o ápice da evolução, pois ela prosseguirá além dele para vários outros, do mesmo modo que muitas outras espécies também evoluirão no futuro. Isto tudo se dá de forma inteiramente imprevisível e não planejada, sem nenhum objetivo nem razão de ser alguma. A própria existência da vida e do Universo não possuem razão nem propósito.

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