quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Se vc concorda com Socrates que os sentidos nos confundem e não nos garantem a verdade, como então querer aferir a existencia (ou não) do sobrenatural por meio deles?

O sobrenatural não é evidente nem percebido diretamente pelos sentidos. Nem pelo critério de objetividade como subjetividades concordantes. Assim, a hipótese apriorística é de que não exista. Isto não significa que não exista, mas que só se possa garantir sua existência por comprovações indiretas, com base em raciocínios que se fundamentem em evidências sensoriais devidamente comprovadas pelo cotejo entre vários sujeitos e depuradas por uma analise criteriosa de possíveis ilusões sensoriais. É preciso buscar alguma ocorrência cuja explicação só possa ser feita considerando a existência do sobrenatural e, então, fazer o teste de sua validade. Não me consta que exista nenhum caso desse tipo. Toda e qualquer ocorrência pode ser atribuída a fatos naturais, quando não são fraudes descaradas. Mesmo que não se tenha uma explicação cabal, não se tem caso nenhum que exclua a possibilidade de explicação natural ainda não achada, isto é, que só admita explicação sobrenatural. Se houver, quero ter conhecimento para me inteirar dos relatos dos experimentos realizados para contestar sua explicação sobrenatural que foram rechaçados. Note-se que explicações fantásticas requerem comprovações fantásticas. Quando digo que os sentidos podem enganar, digo que isto se dá para cada pessoa. No cotejo de várias e na depuração criteriosa das possíveis ilusões, pode-se tirar uma validação da veritabilidade por evidência.

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