sábado, 10 de dezembro de 2011

Concorda que "ateísmo é ausência de crença. Somente isso."?

Crença na existência de qualquer tipo de deus ou deuses, não em outras coisas. Mas costuma incluir também a crença na inexistência de entidades sobrenaturais de qualquer tipo, como anjos, demônios, almas, gênios, elfos, e companhia. Nada além. Não é hedonista, nem niilista, nem comunista, nem marxista, nem anarquista, nem ceticista e nem vários outros istas que muitos lhe associam. Certamente que uma pessoa que seja ateísta também pode ter alguma dessas concepções ou outras. Mas isso é independente do fato de ser ateu. Tem ateus dogmáticos, até. No meu caso sou um ateu cético e anarquista. Mas não sou niilista nem marxista (meu comunismo é outro). Não sou propriamente hedonista, mas eudemonista ou, talvez uma sínteses dialética entre epicurista e estoicista. Sou cínico, na acepção filosófica primitiva da palavra, isto é, uma pessoa desligada dos bens materiais (mas não sou cínico na acepção moderna da palavra). Note há um ateísmo fraco que é a descrença na existência de deuses e um ateísmo forte que é a crença na inexistência de deuses. Não são equivalentes. O primeiro é cético, o segundo é dogmático. Pertenço ao primeiro. Nem um ateu é um devasso, libertino, imoral, cretino, desonesto, perverso, malévolo ou outras ruidades que muita gente lhe atribui. Um ateu pode ser bom ou mal, da mesma forma que um crente. No entanto, a maioria dos ateus que conheço, em média, são mais virtuosos do que os cretes. Costumam ser sinceros, honestos, justos, generosos, solidários, educados, tolerantes. E, em geral, também, mais intruidos e inteligentes. Mas isto não são requisitos para ser ateu. E também não significa que crentes sejam burros, ignorantes ou malvados.

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação (formspring)

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