sábado, 10 de dezembro de 2011

Concordo com as definições do senhor sobre "verdade", só estou divagando mesmo. É possível que todas verdades verificadas em nossas concepções sejam inválidadas se o universo for infinitamente mais complexo do que a mente humana consegue assimilar?

Possivelmente ele é, realmente muito mais complexo do que já se conseguiu explicitar. Não digo infinitamente. Bertrand Russell, em seu livro "O nosso conhecimento do mundo exterior" discute a relação entre a percepção mental da realidade e a realidade em si mesma, cuja apreensão, na totalidade, é impossível. Mas, à medida que a ciência aprofunda sua investigação, vão sendo percebidos extratos cada vez mais básicos da realidade, que aparentam não ter nada a ver com nossas percepções. A existência de átomos é um caso típico. Bem como as interações básicas da natureza. Compreender que um sentimento, como o amor, é o resultado de atrações e repulsões elétricas entre átomos de moléculas de neurotransmissores nas sinapses parece tirar todo o romantismo e a poesia do amor. Mas é uma descrição da realidade em um nível maior de profundidade. Assim também a economia e a política. O que é a realidade em si? As próprias partículas subatômicas são quantizações de campos fermiônicos, enquanto as interações são trocas de partículas bosônicas. Quer dizer todo o conteúdo do Universo é só campo e todos os fenômenos nada mais são do que alterações espaço-temporais das densidades de campo. O próprio espaço e o tempo só existem porque algo os preenche e neles se altera. Esse algo é campo. E que é o campo? Não é feito de nada mais primitivo do que ele. É, simplesmente, a substância do Universo. Será?

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação (formspring)

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