sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

(tendo em vista a maneira que a Psicologia Evolucionista explica o comportamento altruísta... lembrando-se de autores como Dawkins e Pinker)... Pensar em anarco-comunismo, não seria apenas um resquício de nosso comportamento altruísta?

Mas é claro que é. E isto é que é bom. O altruísmo precisa ser incentivado enquanto o egoísmo coibido. É assim que se poderá construir uma sociedade justa, harmônica e fraterna. E próspera também. O espírito de colaboração, ao invés do de competição é que possibilitou a construção da civilização. Não foram os generais que fizeram a história. Foram as mães. Foram os homens solidários que, das ruinas de uma conquista militar, reergueram as cidades e os campos por seu trabalho cooperativo. É preciso garra e grande disposição para vencer os embates cotidianos e garantir não só o pão, mas o vinho também. Ou seja, produzir excedentes para se fruir o conforto. A construção de um civilização culturalmente requintada não se faz com competição e sim com colaboração. Esta é a mudança de paradigma que precisa ocorrer para se chegar ao anarquismo. Não é verdade que o homem seja naturalmente egoísta e belicoso. Ele é tanto isto quanto altruista e pacificador. É preciso fazer prevalecer estas últimas características. E isto é o que tem acontecido. Como a espécie humana é muito jovem, ainda não se pode falar de uma "evolução" nesse sentido, biologicamente. Somos o mesmo homem de Cro-Magnon". Mas, se outrora o caráter guerreiro pode ter sido o fator determinante do sucesso para a sobrevivência, hoje, nas nações civilizadas, não mais o é. Mas não precisarremos esperar algumas dezenas de milhões de anos para que surja uma nova espécie trans-humana que seja anarquista. Podemos fazer isto com a espécie humana mesmo. E uma questão de educação. Utopia? Só 90%. Os 10% de possibilidades reais poderão levar a se chegar lá em algumas centenas ou poucos milhares de anos.

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