quarta-feira, 25 de abril de 2012

Os estudantes deveriam escolher quais matérias querem aprender ou não? Por quê?

Em parte sim. O currículo do Ensino Médio deveria ter um núcleo obrigatório e uma parte optativa, como nas universidades. Há, certamente, conhecimentos e habilidades que precisam ser do domínio de todos, independentemente da área em que forem atuar profissionalmente, porque são necessários para a vida. Não se pode desculpar um engenheiro ou um médico de não saber português, história e geografia e inglês e nem um advogado de ter as noções fundamentais de ciências e matemática. Mas pode haver um núcleo básico e complementos, de acordo com a preferência do aluno. Para que isso funcione o ideal é que o ensino não se estruture em séries e nem haja turmas. O esquema que funciona na Escola da Ponte de Portugal é excelente. O aluno não tem turma nem série. Não tem sala de aula. Todos os professores são contratados em dedicação exclusiva. A escola funciona em tempo integral, O aluno chega e sai à hora que quer. Não tem uniforme. Mas não é totalmente anárquica. Para obter o certificado de conclusão do nível é preciso que o estudante vença certo número de projetos encadeados, alguns com pré-requisitos outros não, à escolha dele, sob orientação, a ser desenvolvido em equipe de dois ou três alunos, não necessariamente no mesmo estágio. Multidisciplinares e que serão defendidos como uma micro-tese. Se não passar, tenta de novo e nem precisa ser logo a seguir. Vencidos todos os projetos necessários, cada um no seu ritmo, o certificado é dado. É uma maravilha e TODOS os alunos de lá entram para as melhores universidades. E a admissão é por sorteio. Trata-se de uma escola pública experimental. Seu idealizador, José Pacheco, já esteve várias vezes no Brasil. Sou fã desse projeto.
http://www.escoladaponte.com.pt/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_da_Ponte

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação (formspring)

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