Vou responder esta questão mais uma vez, com outros acréscimos.
A mulher capaz de preencher minha vida como companheira, para mim, tem que ter várias características imprescindíveis. Certamente que precisa ser bonita, sensual e atraente, mas isso não basta. Tem que ser inteligente e muito, culta, instruída, educada, elegante, com traquejo social, alegre, independente, assertiva, senhora de si, uma mulher de personalidade forte, que se afirme, uma pessoa de iniciativa, atuante, destemida, valorosa. Mas também teria que compartilhar comigo os meus interesses, nem todos, decerto, como também poderia ter os seus próprios que eu não compartilhasse. Mas é importante que tivéssemos assunto para conversar, coisar para curtir juntos. Isso inclui música clássica e música popular de qualidade, física, matemática, ciências, astronomia, cosmologia, filosofia, psicologia, neurociências, filosofia política, informática, literatura, poesia, artes plásticas, educação. Que apreciasse a beleza do mundo: paisagens, cidades, monumentos. Que gostasse de museus, de concertos, de teatro e de cinema, mas dos bons filmes, dos clássicos, dos românticos, dos dramas, dos históricos, dos musicais, de ficção científica.
Que seja uma pessoa doce e capaz de se emocionar com uma cena tocante, de se enternecer com um filme de amor, com uma foto romântica. Isto é, tem que ser muito romântica, além de erótica e sensual. Uma mulher sem falsos pudores que considere que, numa relação amorosa, tudo é permitido, desde que consentido. Realmente ardente mas carinhosa.
Que fosse politicamente de esquerda, comunista, socialista ou anarquista, que fosse cética e, de preferência ateia ou agnóstica. Se tivesse alguma crença, que fosse de mentalidade suficientemente aberta para admitir outras crenças e o ateísmo como posições válidas e sinceras. E, principalmente, que tivesse um caráter ilibado acima de qualquer suspeita, que fosse de uma honestidade sem jaça, que tivesse um coração bondoso, generoso, que não medisse esforço nem tivesse a mínima preguiça para agir e lutar pelo bem do próximo e do mundo. Que desse de si sem pensar em si pelo bem dos outros. Que agisse para acabar com a vilania. Que me amasse livremente, mesmo que não exclusivamente, pois não tenho o menor ciúme e que curtisse a minha companhia e, principalmente, que tivéssemos aquela "química", aquele contato de pele, aquele desejo ardente completamente satisfeito com a máxima satisfação e prazer, de forma a que nos completássemos em todos os planos: mental, físico, sentimental e espiritual.
Outra coisa é que minha mulher ideal tem que ser meio maluca como eu. Isto é, uma pessoa que não se preocupa tanto com si mesma mas com o ideal de consertar o mundo. Que não seja pragmática, mas inteiramente cronópia. Que esteja a fim de fazer de tudo para deixar a sua contribuição para o bem da humanidade, para que o mundo se torne um lugar melhor, mais aprazível, mais harmônico, mais justo, mais fraterno, mais feliz, enfim. Ao lado dessa pessoa eu quero viver minha vida até que fiquemos velhinhos. E, enquanto uma chama de vida nos mantiver acesos, estaremos nos doando aos outros, lutando pelo prevalicimento do bem e pela erradicação do mal, difundindo o conhecimento, a ciência, a arte, a cultura, o saber, levantando o véu de ignorância que tolda a visão das pessoas, arejando o mundo com a brisa fresca do livre pensamento e do ceticismo, inculcando na juventude valores éticos superiores e, principalmente, espargindo muito amor, para que contagie o mundo e a felicidade se torne lugar comum.
Essa mulher existe e é por isso tudo que eu a amo de paixão e não concebo minha vida sem a sua companhia. E é por não ter essa companhia que eu não me sinto realizado nesta vida. Mas... tudo a seu tempo.
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terça-feira, 24 de abril de 2012
Qual o seu tipo de garota preferida?
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