domingo, 28 de julho de 2013

Você concorda que aos poucos estamos nos tornando escravos de nossa própria tecnologia?

De fato, há pessoas que se escravizam à tecnologia. Mas isso é um problema das pessoas e não da tecnologia. Não pode ser usado como argumento contra a tecnologia, pois ela, em princípio, pelo contrário, é libertadora do homem, ampliando seus horizontes e liberando-o de trabalhos menos criativos. O que é preciso é que o processo educacional evolua tão rapidamente quanto a tecnologia e prepare as pessoas para fazer uso inteligente e libertário da tecnologia. Para mim, quanto mais tecnologia, melhor. E quanto mais difundida e acessível, melhor. Precisamos, contudo, agir no sentido de pressionar o sistema educacional para dar suporte às tecnologias, alfabetizando tecnologicamente seus usuários, para que façam uso consciente dela. Lembro-me de quando começaram a aparecer as calculadoras eletrônicas de bolso e meus alunos de Física, ainda na década de 60, começaram a usá-la e faziam contas erradas por desconhecer a hierarquia matemática entre as operações, ou seja, para calcular 5 x (4 + 3) = 35, premiam as teclas 5 x 4 + 3 e achavam 23 e depois reclamavam que eu considerava errado. Analfabetismo tecnológico.

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