terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Caro E. Von Rückert, você sente orgulho ou vergonha de ser brasileiro?‎ Radioactive

Sinto mais vergonha do que orgulho. Mas não quero abandonar o Brasil. Quero lutar para melhorar isto aqui. Tenho colaborado no aspecto educacional, tendo dado mais de 20 mil aulas de física e matemática para mais de 4 mil alunos. E, em minhas aulas, eu sempre abordo os problemas sociais, políticos, éticos, filosóficos e correlatos. Não é só conhecimento e habilidades. Também educo o caráter e a personalidade. Procuro corrigir esse modo brasileiro de "dar um jeitinho", "quebrar o galho" e todo esse tipo de comportamento indolente e licencioso que abomino. Essa fobia pela dificuldade, pelo trabalho, pela complicação, que minam o poder inventivo e desenvolvimentista. Porque o que dá certo e funciona é o que é complicado, é o que dá trabalho, é o que cansa, é o que é difícil. Temo muito por nosso futuro quando essa geração de preguiçosos e medíocres se tornar a comandante da nação. Não teremos capacidade para nada e nos tornaremos reféns dos povos mais inteligentes, mais esforçados, mais cultos, mais desenvolvidos. Porque não tivemos pertinácia e obstinação para vencer as dificuldades. Por isso é que, em minhas aulas, não facilito, pelo contrário, complico e exijo, para que os alunos aprendam a enfrentar o que é difícil. Professor que afrouxa a exigência está colaborando com a bancarrota do país. Mas eu dou condições para os alunos enfrentarem as dificuldades. Só que quem for preguiçoso não passa mesmo. Outra coisa é que eu faço treinamento para ficar mais inteligente. É uma calistenia mental. Todo professor tem que aprimorar a inteligência dos alunos. E é complicando e puxando para "fundir a cuca" que se faz isso. É com um treinamento atlético.

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