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sexta-feira, 5 de setembro de 2014
A meu ver, tanto o mal como o bem são extremos relacionados ao poder e à escolha. Assim, não vejo como a existência do mal pode ser um argumento contra a existência de Deus.
A existência do mal pode admitir a existência de Deus, desde que se considere que Deus seja malvado. Porque se não for onipotente, não é Deus e se for onipotente e permitir a existência do mal não é benevolente. Note que o mal não é apenas um efeito de ações deliberadas de seres conscientes. É também efeito de ações da própria natureza e, portanto, para quem acredita em Deus, do próprio Deus. Isto é, Deus seria o malfeitor que provocaria todas as maldades que as catástrofes naturais fazem tanto a injustos quanto a justos. Quanto a isso não há escapatória.
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