sábado, 11 de setembro de 2010

http://blogdasciam.blog.uol.com.br/ Particularmente, eu discordo do Capozzoli. Acho que a discussão sobre a ideia de Deus é importante e passível de opiniões tanto científicas quanto religiosas. Mas, e o senhor, o que acha do texto dele? :D

A idéia de que o surgimento do Universo dispensa a interveniência de algum Deus não é uma discussão sem sentido, pelo contrário, este tema é de capital importância quer para cientistas, filósofos e intelectuais, quer para o público em geral. Um dos papéis do cientista é, justamente, contribuir para esclarecer a questão, de forma acessível. Abordar questão de tal magnitude faz parte do arcabouço da ciência sim! Para tal é preciso conhecimento vasto, eclético e profundo, bem como capacidade de traduzí-lo em linguagem compreensível. Isto Hawking e Dawkins têm feito com sucesso em seus livros. A ciência não existe para diminuir o sofrimento humano, mas para explicar o mundo. As aplicações práticas são um subproduto. A ciência veio da curiosidade e do espanto e não da necessidade, esta mãe da técnica, que só depois se valeu da ciência. O relato inteligível que a ciência faz tem relação a ver com a existência ou não de Deus sim, e as conversas daí advindas têm uma finalidade válida e útil.
Os escritos de Schrödinger, como os de Einstein, Bohm, Penrose e outros cientistas que abordaram uma temática tanscedental não se validam pela contribuição deles à ciência. Muitos cometeram grandes equívocos, como Fritjof Kapra, Amit Goswami e Derek Chopra. Hawking, Sagan e Dawkins, por seguirem linhas opostas àqueles, não devem ser considerados menores por isto, e não o são em outros aspectos. A "mania de grandeza" de Dawkins não é menor que a de Einstein. A consideração de que a ciência e a filosofia sejam as únicas capazes de dar respostas satisfatórias às questões básicas não é nenhum "fundamentalismo científico", pois não é dogmática, mas fruto de um sensato ceticismo. Deixar de acreditar em Deus não leva a crer em "qualquer besteira", como disse com infelicidade Chesterton, pelo contrário, leva a descrer de outras besteiras também. E a discussão sobre esse tema, quando travada entre mentes brilhantes, como Dawkins e Craig, por exemplo, é muito inteligente.

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