O único conceito de mal que temos é o nosso e, para todos os efeitos, é ele que importa. Se Deus, caso exista, tenha outro conceito de mal, não sabemos qual é. Mas o paradoxo de Euclides se baseia em nosso conceito de mal. Note-se que o paradoxo não mostra que Deus não existe, mas apenas que a existência do mal torna incompatíveis suas propriedades de ser, ao mesmo tempo, bom e onipotente. Ora, se não for onipotente, não pode ser chamado de Deus. Então caso exista, certamente que não é bom. Isto é, é impossível haver um Deus que seja bom.
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