Considero que sejam duas as principais motivações para as crenças religiosas e uma para a filiação a uma religião. As pessoas creem principalmente que possuem uma alma imortal que poderá ir para o céu ou para o inferno, conforme suas ações ou sua fé. O medo do inferno é a principal motivação para a fé e para a manutenção da moralidade. O segundo fator da crença é achar que milagres possam acontecer por interveniência divina, em atendimento às orações e penitências e, como isso, resolverem as vicissitudes econômicas, amorosas e de saúde da vida. A filiação às religiões se dá mais por uma questão de aceitação social perante o grupo a que se pertence. Note que uma pessoa pode ser filiada a uma religião sem crer no que ela prega, como crer sem ser filiada. São coisas independentes, mesmo que aconteça muito ao mesmo tempo. É muito difícil alguém ter um comportamento moral elevado apenas por iniciativa pessoal. O ateísmo é muito mais exigente, em termos psicológicos, do que uma crença, porque não transfere responsabilidade nenhuma para ninguém. Cada um é responsável por tudo que lhe diz respeito e, também, por vigiar a sociedade para que o mal não venha a prevalecer, em detrimento do bem comum. Realmente, o desperdício de energia, tempo e dinheiro com as religiões e as crenças é formidável. Talvez maior do que com as guerras. Se essas duas coisas se extinguissem completamente do mundo, religiões e guerras, veja o quanto se poderia ganhar em qualidade de vida, educação, prosperidade, saúde, conforto e felicidade. E se, junto com o ateísmo, se adotar o anarquismo comunitarista, então é que a economia de recursos de toda ordem será maior ainda.
Crenças e religiões não são doenças. É só falta de esclarecimento, isto é, ignorância sobre o assunto. Por isso é que me empenho em difundir e divulgar o ateísmo e o anarquismo. Mas é preciso chegar no povão também. E convencer os ricos a repartir sua riqueza, criando oportunidades para que pobres deixem de o ser. Financiando escolas particulares gratuitas, planos de saúde para pobres, subsidiados por ricos, criando bibliotecas e museus, que poderiam usar o espaço dos templos. Escolas de artes e ofícios, algo como o SENAC e o SENAI. Mas não governamental, pois acaba sendo um ralo de dinheiro público, cujo encanamento de esgoto vai para os bolsos dos políticos corruptos.
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domingo, 11 de dezembro de 2011
Ernesto, há tanto a se aproveitar na vida, tantas coisas prazerosas, desde o sexo até a comer algo de que se goste, ou mesmo assistir um bom vídeo, científico mesmo. Então... Por que será que tanta gente desperdiça suas vidas com a religião? Seria doença?
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