domingo, 5 de fevereiro de 2012

existe especismo?

Sim, mas eu não concordo, como também com o Antropocentrismo. O especismo é como um racismo inter espécies. Não acho que a espécia humana seja especial, exceto por ser aquela de que eu faço parte. Mas, na natureza, todas são equivalentes. Não acho que o homem seja a medida de tudo e que o Universo tenha surgido para fazer aparecer o homem (princípio antrópico). O homem é um acidente, como qualquer outra espécie que existe, existiu ou venha a existir, aqui na Terra ou em outro lugar qualquer. Isso significa que não é melhor nem pior do que nenhuma e que todas as demais existem para lhe servir. Nem muito menos que tenha sido "criado à imagem e semelhança de Deus". Primeiro que não foi criado: surgiu. Segundo que Deus é que foi concebido à imagem e semelhança do homem. Porque o foi pelo homem. Se a espécie mais inteligente e que tenha desenvolvido a cultura na Terra fossem os elefantes, Deus teria tromba e grandes orelhas. Assim é preciso se ter, por todas as espécies, uma atitude de respeito. Não se pode fazer mal a outro ser não humano, como não se pode a outro humano. Mas também não sou radical a ponto de considerar que não se pode criar animais para o abate. Isso acontece normalmente na natureza, entre os animais. Há predadores e presas. O homem não é vegetariano, é onívoro. Ele pode digerir carne e foi a dieta carnívora que lhe deu chance de evoluir mais rapidamente, pois quem come carne pode ficar mais tempo sem comer. Os herbívoros comem quase o tempo todo. O rendimento proteico e energético da carne é muito maior do que do vegetal. Mas não se pode infligir dor a um animal senciente, propositalmente. É anti-ético. A ética se estende a toda a natureza, não apenas aos outros seres humanos. Isso se aplica, até, a seres vegetais e minerais, mas, especialmente, a animais. Pessoalmente não gosto de matar nem barata. Acho que tem direito à vida. Mas mato, se preciso, quando aparece dentro de casa, pois tenho que me defender das doenças que transmite. Aqui em casa sempre acolhemos cães e gatos da rua que achamos abandonados, cuidamos e arranjamos donos. Agora estamos criando uma ninhada de gambás achados mamando na mãe morta em frente de nossa casa. Depois os soltaremos no mato, bem longe da estrada. É preciso se respeitar e se dedicar à preservação da natureza, sem frescuras nem comportamento xiita. Mas sem admitir crueldades e barbaridades.

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação (formspring)

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails