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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Minha opinião sobre quem tenta "pregar e converter" os outros é que isso é tão inadequado (pra ser educado) quanto um ateu tentando mostrar que a sua verdade é absoluta. Sou agnóstico mas não concordo nem com uma nem com outra ação. O que o senhor acha? AmarildoJúnior
Discordo de você. Acho que o agnosticismo é insustentável. Ele supõe que não se pode saber se deuses existem ou não. Mas se pode. Só que não se sabe. Todavia os indícios são muito fortes no sentido de que não existam. Especialmente no caso do modelo judaico-cristão do deus tri-personal, cuja segunda pessoa teria se encarnado no homem Jesus. Então acho que é meu dever alertar as pessoas para que não creiam no que não é plausível e não dispendam tempo, esforço, dedicação e dinheiro com isso. Se eu não fizer isso terei uma crise de consciência. Tenho todo o direito de tentar convencer as pessoas da inexistência de Deus, do mesmo modo que considero que os religiosos têm todo o direito de tentarem convencer as pessoas da existência de seu modelo de deus. Mas não proponho minha concepção como verdade absoluta, pois jamais se tem acesso a ela. O que proponho é a minha profunda convicção. Não acho que seja inadequado o proselitismo religioso de nenhuma religião. Nem do ateísmo e nem do agnosticismo. Como cada um pode e deve tentar convencer os outros de suas convicções políticas e econômicas. Para isso, inclusive, existe o horário eleitoral gratuito. O mesmo vale para crenças religiosas.
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