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sexta-feira, 24 de abril de 2015
Atualmente não leciono mais. Mas, quando o fazia, na UFV, havia, como ainda há, liberdade para o professor adotar o método que quisesse. Sempre gostei de usar o método da redescoberta, isto é, de fazer o aluno ser um cientista e ele mesmo descobrir e deduzir o conteúdo a ser aprendido. O professor fica como um indutor do processo. Os alunos é que trabalham e não apenas assimilam passivamente os conteúdos. Isso faz uma bagunça na turma, mas é ótimo. As avaliações são todas com consulta livre (exceto aos colegas) e sempre verificam a capacidade de raciocinar, especialmente em situações inéditas, apresentadas no momento da prova. O importante não é saber, mas saber descobrir. Claro que, depois de descoberto, é preciso saber e, principalmente, saber usar o conhecimento na solução de problemas reais e não fictícios. Ou seja, os problemas propostos envolvem medições de grandezas em sistemas reais e não dados inventados para facilitar as contas. Os alunos têm que "meter a mão na massa", isto é, medir comprimentos, tempos, velocidades, massas, correntes elétricas, temperaturas, intensidades luminosas e assim por diante. Esses dados é que vão ser usados na solução dos problemas. Além do mais eles têm que saber deduzir fórmulas. Não apenas as que foram apresentadas, mas outras, inéditas. Em suma. é preciso "fundir a cuca".
Sim, desde que não nos importemos que o que dissermos seja contado para o mundo todo.
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