sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Você poderia discorrer sobre efeitos distintos de uma mesma causa?

O exemplo mais notável é a difração de elétrons, em que um feixe de elétrons passa por um orifício e provoca um padrão de interferência no anteparo. Este padrão é formado pela incidência de elétrons que passam pelo mesmo orifício, nas mesmas condições e se dirigem a locais diferentes. Em física quântica, aliás, não existe o determinismo. O estado de um sistema é dado por probabilidades e qualquer situação, dentro do espectro de possibilidades, pode ser obtida quando se provoca o sistema a exibir seu estado. Isto é um fato fundamental da natureza, expresso magnificamente pelo princípio da incerteza de Heisenberg. O aparente determinismo dos fenômenos macroscópicos é uma decorrência da lei dos grandes números, quando um sistema é formado por um número muito grande de partículas, o que já ocorre, inclusive, com um vírus. O caráter probabilistico da natureza é, inclusive, o fundamento da possibilidade de se tomar decisões, isto é, do livre arbítrio. Se a natureza fosse determinista, como o entendia Laplace, o estado atual de tudo no mundo seria o resultado de um estado anterior e das leis dinâmicas do movimento, não havendo possibilidade nenhuma de escolhas. Isto não é o que ocorre. Até na vida cotidiana de pessoas, estímulos idênticos podem levar a respostas diferentes, senão a psicologia, a sociologia e a economia seria ciências exatas. E não é por desconhecimento de fatores, como o pretendia David Bohm com sua teoria das "Variáveis Ocultas", que se revelou incorreta. É uma situação intrínseca da natureza.

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