quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Olhando por uma lógica evolucionista, o comunismo continua sendo uma utopia? ou ele está tão próximo que quase podemos o tocar?

O Marxismo-Leninismo não é utopia, tanto que já se realizou em muitos lugares, mas faliu e só existe em Cuba e na Coréia do Norte, pois nem a China o é mais. Para mim o comunismo autêntico é o de Bakunin e Kropotkin e não o de Marx, Engels, Lênin e Trotsky, É o anarco-comunismo, sem governo nem ditadura do proletariado. Este parece uma utopia, mas é possível e a evolução da sociedade indica que ele será atingido. Só que muito lentamente, em milhares de anos, se não se fizer nada a respeito. E o que se pode fazer para abreviar apena para alguns séculos esta situação? Muita coisa. Primeiro um trabalho educativo permanente, mostrando esse ideal, fazendo ver como é melhor e tentando mudar o paradigma social da competição e da vitória pelo da cooperação e da solidariedade. Estes são os valores que podem levar o mundo a atingir um estágio de justiça, prosperidade, harmonia, fraternidade e felicidade para todos. Sem revolução. Segundo tomando medidas práticas cotidianas que conduzam à abolição do dinheiro, da propriedade, do governo, das fronteiras. Quais? Trabalhando de graça uma parte do tempo para atender a comunidade em tudo. Fazendo por conta própria serviços que seriam atribuição das prefeituras, dos estados e da nação, como consertar escolar, tapar buracos nas ruas e assim por diante. Instituindo centros comunitários de lazer, de assistência médica e odontológica, refeitórios comunitários, alojamentos comunitários, lavanderias comunitárias. Tudo isso, de preferência, por meio de contribuições em espécie e não dinheiro, de trabalho voluntário, sempre de forma a evitar qualquer tipo de legalização de posse, contabilidade, em suma, de forma anárquica, mas inteiramente séria, dedicada e responsável. Desistindo de ter carro particular e só usando transporte público. À medida que tudo isso for acontecendo, chegará um momento, em poucos séculos, em que o dinheiro, o governo, a propriedade e, até, a família, as nações, vão deixar de existir por inteira falta de necessidade. É assim que o anarquismo tem que acontecer. Isto não é Utopia. Quando chegar lá não haverá mais crime, nem prisões, nem judiciário, nem advogados, nem polícia, nem exércitos, nem estados soberanos e muitas outras coisas inteiramente desnecessárias que só existem porque pessoas são desonestas, trapaceiras, preguiçosas, invejosas, gananciosas, ladras, egoístas, malvadas, criminosas. O objetivo é que ninguém seja assim e todos sejam honestos, leais, generosos, solidários, bondosos, diligentes, desprendidos e altruístas. Isto é possível, mas não é fácil convencer um rico a distribuir sua riqueza ou alguém a deixar de levar vantagem em benefício de todos. Mas isto não pode ser alcançado à força, pois, então, não será algo assumido e desejado por todos, mas imposto. Deste modo haverá descontentamento que gera revolta, que precisa ser contida e esse enfrentamento contraria toda a filosofia anarquista.

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