Alguns pensam assim, mas isto é inviável. Se acabarmos o estado de repente, cairemos em um vazio, pois não se desenvolveu um modo orgânico de conduzir a sociedade e os fazeres humanos sem ele. A queda do estado tem que vir de modo espontâneo, isto é, ele deixará de existir por absoluta falta de necessidade. O mesmo se dará com o dinheiro, a propriedade, a família, as fronteiras, os exércitos, a polícia, o judiciário, as penitenciárias. Para se chegar a esse ponto é preciso um processo educativo gradual e persistente, mas muito demorado, da ordem de várias centenas de anos. Mas é preciso começar e, cada vez mais, ampliar. Como? Trabalhando de graça, parte do tempo, para benefício comunitário, disponibilizando os bens para proveito de todos, fazendo por conta própria o que seria função do poder público, sem pedir licença, desenvolvento o espírito comunitarista, falando muito a respeito das vantagens do anarquismo. Mostrando que não é nada bagunçado, pelo contrário, extremamente organizado, senão não se mantém sem governo. Assim, aos poucos, a necessidade do dinheiro vai diminuindo, a propriedade vai desaparecendo, pois tudo passa a ser de todos, mas de ninguém em particular. É preciso cultivar a tolerância para com as diferenças de todas as ordens, e uma grande disposição de dedicação ao trabalho sem esperar retorno, abolindo de todo a preguiça e a cobiça. Se o estado e seus controles forem abolidos sem que essas concepções estejam arraigadas no seio da sociedade, poderá haver, e certamente haverá, grande desordem, com a ocorrência de crimes, como se vê em catástrofes em que o aparato coercivo do estado se torna ausente. Ele só pode desaparecer depois que a sociedade se autoconduzir de forma que o dispense, isto é, quando não houver mais crime nenhum por muito tempo, nem desonestidade e nada disso. Então se poderá dispensar isso tudo e a humanidade viverá em paz e harmonia.
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